Nos primeiros dias do mês de julho deste mesmo ano,
Quase uma hora antes do por do sol,
Ouço três batidas na porta,
Nem bem chego para abri-la,
E fico a um átimo de distância
De quem mais amo na vida,
Escondia-lhe parte do rosto,
Bronzeado pelo sol de inverno,
Um boné jeans de cor escura,
A camisa, de um belo tecido listrado,
Adornada no pescoço por uma corrente de prata,
Deixava-lhe os músculos do peito sobressalientes,
Usava calça jeans escura desbotada,
Nos pés calçava sapatos escuros combinando,
O cabelo castanho era curto e bem cuidado,
Em estilo próprio que já começava a crescer,
Como se não fosse cortado a algum tempo,
Uma franja do seu cabelo,
Caía-lhe a esquerda dos olhos castanhos,
Dando um charme especial ao moço,
Um contraste estonteante com os lábios carnudos,
E o nariz bem definido,
Não usava barba,
Às suas costas estava uma moto escura,
Bem cuidada e ainda nova,
Na mão, um buquê de violetas,
Assim entrava pela mesma porta que havia saído,
Sete dias depois de ter me pedido para esquecê-lo,
O homem que parecia ter sentido minha falta,
Haviam lágrimas a molhar seu olhar,
O céu crepuscular unia nossas sombras no chão,
Como se entendesse a voz dos nossos corações,
Sua chegada iluminou minha vida,
Uma luz se acendeu em minha alma,
Meu olhar o iluminava de um lado,
E o sol do ocaso do outro,
Ele sorriu e abriu os braços,
Eu me perdi em seu abraço,
Aconchegada em seu peito,
Repousando meu rosto em seu ombro,
Eu te amo ele sussurrou em meu ouvido,
Também te amo pelo tempo do infinito,
Disse-lhe no mesmo tom amoroso,
Eu estava errada, obrigada por me perdoar,
Como não perdoaria,
Se te amo além das palavras meninazinha,
Disse ele em voz aguda aveludada.
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