domingo, 24 de julho de 2022

Uma Moça na Janela

 


Que chegue a ti minha súplica,

Que alcance seus ouvidos nossas juras,

Que não sejam necessárias testemunhas,

Desta saudade que o busca,


E que inflama por sua volta,

Livrai-me de todas as promessas,

Que de suas palavras não restem uma,

Quero apenas você com suas carícias,


Não, não me importa nada que foi um dia,

Nos resta o agora,

Meu amor, por favor: retorna.

Meus lábios buscam por sua boca,


Meu abraço precisa de suas súplicas,

Sim, me recordo de cada uma das calenturas,

A minha língua não busca outra,

Por favor, me entenda: busca a sua.


Com tua mão me aninha,

Com teu amor abrace minha cintura,

Que apenas você me acompanhe à cama,

E que a manhã, não me traga outra notícia:


A sua voz, a sua boca, a sua companhia;

Eu clamo que chegue a você minha súplica,

Que entenda nela a minha angústia,

E qual seja a sua resposta?


Que em sua mente não reste outra,

Então, meu amor, retorna,

O que esta distância lhe dará?

Óh, triste saudade traiçoeira,


Não me deixa te esquecer nem permite te buscar,

Como lhe atribuirá esta língua enganadora?

Sim, lhe disse adeus em outrora,

Não acreditei que esqueceria,


Mesmo assim, permaneci passiva,

Saudade que o traz com lembranças afiadas,

Não penso em esquece-lo sei que não sou capaz,

Levanto o olhar...


Em algum lugar hei de te encontrar;

A causa de todas as horas mal dormidas,

Você, suas juras, sua fala, sua boca...

A primeira luz do dia?


Seu olhar a afagar a minha alma,

Que Deus abençoe sua beleza,

Uma mancha na solidão de almas vazias,

Ou algo que afugenta e eu não saiba explicar,


E fez desta a sua amante, amada, namorada,

Achando-se amada, quis o amar,

Ora, não há amor maior que o de agora,

Nem a distância foi capaz de apagar,


Nem sua ausência pode afugentar,

O amor que vence a distância

Não oprime, fortalece, mas aprisiona;

Poucos falariam do amor como está fala,


Aos dezoito anos contei com paixões passageiras,

Mas, no agora, conto com a sua,

Como a nenhuma outra,

Aqui, exposta, de braços abertos a espera,


Miserável diante da sua perda,

Fraca se não for capaz de o tocar,

Assim é esta que o chama,

Ah, amor, apenas retorna,

Não, não há necessidade de promessas.


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