Meu querido Valdez,
Se não conseguiu
Dormir noite passada,
A culpa é minha,
Faz três noites
Que não durmo
E o chamo.
Desculpa, eu decorei
Seu nome para as noites insones,
Mas, um dia você desistiu
De dar atenção a este fato,
Me perdoa,
Para as noites de medo
Eu decorei seu telefone,
Mas, sei,
Você já não atende.
Eu recordei seu corte
De cabelo,
Então, para espantar o medo
Eu cortei o meu bem curto,
Se você me ver por aí
Nem saberá que sou eu,
Afinal, você já me esqueceu?
Quando rememoro
Seu rosto
Meu peito sente dor
E medo,
São tantas pessoas
Que se espelham em você
Para os instantes de medo
Que eu sou agora
Só mais uma delas?
Algumas dizem:
“Morreu”,
Eu fujo do meu reflexo
E penso:
“feito eu?”
Foram 365 dias de espera
E escrita,
Talvez menos,
Talvez, mais tempo,
Que importa?
O chamo agora.
Sinto dor,
Sinto medo,
Não queria dormir
Se isto lhe trouxesse,
Você desistiu de mim?
Eu fiquei na saudade,
Ah, por favor,
“Nada de gozadas fortes.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário