quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Amor Verdadeiro

Em um daqueles dias preguiçosos,
Em que o próprio Sol se esconde,
A brincar por entre as nuvens,
Com um vagar lânguido de olhos,

Me deparei com o bem mais precioso,
Feito um verso retirado da página de um livro,
Encontrei o amor verdadeiro,
E feito uma moça que tira a sorte
Ao contar as pétalas da flor bem me quer,

Senti sua fala ressoar na parte mais profunda do meu coração,
E ao cruzar com seu olhar, senti os pés fora do chão,
Um sorriso moldou seus lábios
E um brilho metálico tocou seus olhos,

Com a confiança de uma mulher apaixonada,
Segui ao seu encontro como se estivesse hipnotizada,
E feito um prenúncio proveniente do céu,
O Sol apareceu se despindo do seu véu,

E o dia iluminou,
Irradiando um calor como o do seu corpo acolhedor,
Se eu conseguisse desviar o olhar,
Talvez até pudesse me encantar,

Mas naquele instante não havia nada mais perfeito,
Que o homem másculo que eu tinha diante dos meus olhos,
Com um gesto resoluto esbarrei em seu braço,
E senti os lábios trêmulos pela intensidade do contato,

Sem desviar o olhar, com um gesto instintivo,
Acariciei minha pele onde havia lhe encostado,
Em uma atitude para manter o calor,
E que denunciava a intensidade do meu amor,
Com um passo a frente, ele acariciou minha face,
E moldou meus lábios com seus beijos apaixonados.

Para Sempre

Espectros sussurrantes, rostos sem face,
Camuflados na escuridão,
Acorrentados ao reflexo das luzes,
Sobrevivendo da sucção de almas e corações,

Fantasmas sem vida, perambulantes na noite,
Derramando lágrimas por viver de açoite,
Vozes perdidas, vontades corrompidas,
Procurando uma lacuna em minha mente,
Para edificar o inseguro,
Cedendo suas vidas as vozes mórbidas do cemitério,

Neste desalento, perdida no vazio frio do sofrimento,
Reconheci um cheiro que acelerou minha pulsação,
E vi as vozes fantasmagóricas se calarem aos meus ouvidos,
Emudecidas pelas batidas vigorosas do seu coração,

Assustadas com seus passos fortes,
Momentos antes de você se posicionar a minha frente,
Com seus traços tão perfeitos e estonteantes,
Irradiando chamas de ternura sobre minha pele,

Trazia um sorriso terno a iluminar dos olhos aos lábios,
E ao receber meu sorriso de contento,
Estendeu seus braços afetuosos e me puxou para o seu peito,
Fazendo meus medos se dissolverem,
No amor dos seus lábios ao tocar minha face,

Como um escudo metálico a proteger meu corpo,
E acalentar minha alma,
Mas mesmo agora, porém, um pouco mais distante,
Ainda podia sentir as falas fantasmagóricas a nos vigiar,
A espreita, buscando um meio de nos separar,
Feito um conto de fadas em que o sofrimento antecede o para sempre,

Prendi a respiração, em uma atitude infrutífera de acalmar o coração,
E sem conseguir resistir, olhei intensamente em seus olhos,
E suavemente acariciei da sua face direita
Até a linha que contorna seus lábios,
E delicadamente me entreguei ao sabor dos seus beijos,
E com o desejo mais pulsante, avistei em seus olhos o para sempre.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Um Anjo

Estava escuro e frio e nada respondia ao meu peito vazio,
Com medo da ameaça que se aproximava,
Me sentia acuada, feito uma presa indefesa,
Sem defensor ou testemunha, nada afora da agonia,

Me sentia impotente e lágrimas quentes cobriam minha face,
Instante em que minhas pernas oscilaram,
E me fizeram sentar abraçando meus joelhos dobrados,
E a raiva desarmada percorria por minhas veias,
Em uma atitude intolerante a infâmia que me cercava,

Nem mesmo um único sussurro ousava rasgar
O manto escuro que teimava em me assombrar,
De súbito, fagulhas de luz preencheram o ar,
Com pequenos estilhaços dilacerando as sombras,

Com um piscar de olhos assustados,
Me deparei com o anjo mais perfeito
Que meus olhos já contemplaram,

Ele vinha ao meu amparo com as mãos formando garras,
O filho da lua, feito um anjo a romper as trevas,
Com traços tão divinos, quanto se fossem desenhados,
Seus olhos magníficos hesitavam entre o escuro da noite sem luar
E o azul de um dia ensolarado,
Com lábios carnudos que guardavam um sorriso acolhedor,
E um brilho metálico sugestivo à força de seu corpo másculo,

Tão logo se aproximou,
Com os dedos tocou meu queixo e levantou meu rosto,
E fitando o castanho-terra do meu olhar,
Ele disse: - Baby, Eu te Amo minha menina,

E um sorriso tocou meus lábios e emocionou meu pulsar,
Com um beijo apaixonado,
Ele se agachou e envolveu meu corpo em seus braços,
Formando um escudo metálico e impérvio no contorno do meu corpo,

Um escudo magnético que enquanto me protegia preenchia meus vazios.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Último Suspiro

Eu já estava dormindo,
Quando você chegou sorrindo,
Se deitou silencioso na cama,
Com uma mão envolveu minha cintura

E com a outra tocou meu peito,
Como se não bastasse saber que o amo,
Desejasse ouvir seu nome em meu coração,
Sentir que o amo em cada palpitar da minha pulsação,

Com a fala metálica aveludada,
Ele disse: - Eu te amo minha menina.
Eu sorri, ainda sonolenta,
E conforme respondia que também o amava,

Tirei sua camisa com uma carícia sedutora,
Saboreando em minha pele,
O contato com seu corpo quente,
Admirando seus contornos másculos,
Me detive no brilho metálico dos seus olhos,

E no mesmo instante em que um sorriso roçou seus lábios,
Acariciei seu peito, subindo ao ombro,
Contornando o pescoço e envolvendo com força a nuca
Para, então, lhe puxar em direção a minha boca,

Cedendo a um beijo apaixonado,
Em que nossas línguas penetravam os lábios,
E invadiam a alma,
Com a outra mão lhe acariciei as costas,
Me embriagando ao sentir sua pele macia,

Me rendendo aos desejos mais íntimos do meu corpo,
Com a mesma busca de quem se encontra a um último suspiro,
E pede mais um segundo apenas para aproveitar o beijo.

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Um Assopro Metálico Para a Vida

Palavras não saberiam traduzir,
A importância da sua pulsação,
Um segundo além do existir,
Um passo adiante do último hiato de respiração,

Um assopro de vida a romper o silêncio,
O rosto de um anjo a enternecer meu peito,
Força propulsora apta a erguer minhas defesas,
Precisão militar própria para estrategiar minha batalha,

Força motora que faz estremecer,
À menor lembrança de seu contato em minha pele,
Capaz de transformar minha fala gélida e maquinada,
Em algo vital, próximo ao celestial,

Luz que ilumina meus olhos,
E me capacita para vencer o inimigo,
Calor que embala sem queimar,
Amor que alicerça sem machucar,

No instante em que cruzei com seu olhar,
Vi todas as forças que me prendiam a vida,
Prostrarem-se aos seus pés até desfalecer,
Feito um ato de fé, de quem cruza a linha do horizonte,

Há um segundo de uma última batida de um coração,
Vi tudo que eu era cair em contradição,
Meio segundo antes de me sentir a deriva,
Meu corpo foi reforçado por cabos metálicos,

Feito um assopro certeiro para a vida,
E a gravidade da Terra já não me alcançava,
Porque agora braços de ferro protegiam meu peito,
Soltando um rosnado metálico que rompeu o silêncio,
O único ruído com expressão capaz de me alcançar,
O pulsar de um coração que se transformava.

domingo, 30 de julho de 2017

A Luz dos Seus Olhos

Ante as súplicas silenciosas em minha alma,
Lágrimas sanguinárias escorriam pelo meu rosto,
Assustada por me encontrar na penumbra,
Como se houvessem roubado a luz dos meus olhos,

Fazia frio naquele lugar vazio,
Sem conseguir distinguir a realidade do imaginário,
Sentia o peito embriago pelo meu pranto,
Enquanto minha fala emudecia na garganta,
Acuada, feito uma presa entregue a ira do desconhecido,
Me agarrei a uma força silenciosa,
Venci o pânico e clamei por socorro,

E um uivo metálico respondeu nas sombras,
No mesmo instante em que uma forma indistinta vencia a névoa,
Movido por uma fúria incontida,
Conforme rompia as trevas com seu ódio letal,
Sua silhueta foi tomando a forma
De um cavalheiro ao estilo medieval,

Um príncipe a moda antiga,
Vencendo a morte pelo amparo de sua amada,
Tão corrosivo quanto o ácido,
Caminhava ao meu amparo com seus olhos de gelo,

E suas mãos, então reconhecidas, sabidamente tão carinhosas,
Agora fechavam-se em punhos nocivos,
Com a ferocidade de uma fera
Suas garras afiadas envolveram meu corpo em um abraço,

No tempo de duas batidas do coração,
Vi suas garras metálicas estilhaçarem a escuridão,
E avistei o abismo escuro do meu medo,
Tornar-se ínfimo sob a luz dos seus olhos.

sábado, 29 de julho de 2017

O Privilégio de Ser Sua

Estávamos os dois deitados de lado,
Um de frente para o outro,
Quando acariciei seu rosto
E um brilho metálico irradiou dos seus olhos,
E um sorriso iluminou seus lábios,

Ao sentir o calor dos seus dedos
Afagar suavemente meu corpo,
Senti uma corrente elétrica
Percorrer minhas veias,

Foi como se possuísse um dispositivo incendiário
Que desenhava sobre a minha pele um caminho de fogo,
E ao passar seu braço direito pela minha cintura,
E me puxar carinhosamente de encontro a sua musculatura,

Não tenho como explicar o quanto me senti segura,
Ao ser amada além das palavras,
Na eletricidade e termicidade de suas carícias sedutoras
Senti meu corpo se moldar ao seu,
Como se fossemos uma única pessoa,
Até seu coração pulsava na batida do meu,

Feito uma escrava deste sentimento,
Quanto mais te amo, mais quero te amar,
Pois o brilho metálico que encontro em seu olhar,
Se compara à luz solar a iluminar meu caminho,

Vital como o ar que eu respiro,
Quanto mais te amo, mais me vejo te amar,
E nada mais me interessa além do privilégio de ser sua amada.

Maldito destino

Dias e dias de tormentas, E logo após, Um sol escaldante. Representava que nunca Houve chuva, E nem mais haveria. Havia r...