Em um daqueles dias preguiçosos,
Em que o próprio Sol se esconde,
A brincar por entre as nuvens,
Com um vagar lânguido de olhos,
Me deparei com o bem mais precioso,
Feito um verso retirado da página de um livro,
Encontrei o amor verdadeiro,
E feito uma moça que tira a sorte
Ao contar as pétalas da flor bem me quer,
Senti sua fala ressoar na parte mais profunda do meu
coração,
E ao cruzar com seu olhar, senti os pés fora do chão,
Um sorriso moldou seus lábios
E um brilho metálico tocou seus olhos,
Com a confiança de uma mulher apaixonada,
Segui ao seu encontro como se estivesse hipnotizada,
E feito um prenúncio proveniente do céu,
O Sol apareceu se despindo do seu véu,
E o dia iluminou,
Irradiando um calor como o do seu corpo acolhedor,
Se eu conseguisse desviar o olhar,
Talvez até pudesse me encantar,
Mas naquele instante não havia nada mais perfeito,
Que o homem másculo que eu tinha diante dos meus olhos,
Com um gesto resoluto esbarrei em seu braço,
E senti os lábios trêmulos pela intensidade do contato,
Sem desviar o olhar, com um gesto instintivo,
Acariciei minha pele onde havia lhe encostado,
Em uma atitude para manter o calor,
E que denunciava a intensidade do meu amor,
Com um passo a frente, ele acariciou minha face,
E moldou meus lábios com seus beijos apaixonados.