domingo, 13 de abril de 2025

Namorado Fake

Lá da rede
Eu levei tanto fake,
Marquei encontros
Saí no sufoco.

O rapaz morava
Em outro país,
Pra eu chegar até ele
Precisei financiar
Com o banco.

O banco me deu um golpe,
Precisei de cinco
Ele me fez pagar quinze,
Cheguei lá no país,
Nem era o de origem,
Ele foi visitar os pais,
Eu fiquei na vertigem.

O garoto tinha tamanho ideal,
Contudo até isto a vizinha negou.
O rapaz era maduro,
Bem sucedido,
Ela me informou
Que foi a morte do avô.

O cabelo do rapaz
Era farto e bem negro,
Ocorre que aquilo
Se referia a toca de uso,
Os cabelos permaneceram
Lá presos,
Sabe-se de quantos anos
Haviam sido perdidos.

Os beijos prometidos,
Todos foram entregues,
O sorriso proibido,
Não era pudor,
Era a falta dos dentes.

A fala aveludada,
As frases perfeitas,
Tudo questão de experiência,
O rapaz conversava
Com bem mais de mil pessoas,
Sabe-se Deus se foi visitar a família.
A vizinha sorriu
E disse que nem parecia
Coincidência.

Tudo bem,
Eu retornei com a conta,
Há tantas que ficam
E nem se dão conta.

O banco que dê seus pulos
Se acredita que irei
Pagar tudo,
Vou procurar advogado
Não vou arcar
Com juros absurdos.

A rede social
Eu dei um tempo
Quem quiser que me procure,
Já estou farta de tudo,
Me apaixonar assim tão simples
E perdidamente,
O rapaz me amou,
Até que nisto deu certo,
Ocorre que apenas
Ele achou que eu era outra.

Alemão da porra,
Só não sei pôr quê
Eu fui parear nas Arábias,
Se os seus olhos azuis
Não eram lentes,
Eu não tive certeza,
Se aquele rosto moreno
Eu achei que valia o dinheiro
Fazer o quê?

Cliquei em você,
Cai nas lábios de um homem,
Agora resta a conta,
E um perfil fake,
Você me deixou na mão,
Ele me deixou na atenção,
Não valeu meu tempo,
Mas eu concerto.

Feliz Páscoa da Chácara Ahmed

-Feliz páscoa,
Mamãe e papais.
Cacarejou a galinha
De baixo da janela.

Pitelmario,
Chegou ali e bicou
A parede.
- acorda papais,
Acorda mamãe.
E continuou bicando.

A mamãezinha se empreguiçou:
- ah, quem vai?
Ela indagou
Retirando os cobertores.
-Mohamed se escondeu
No cobertor.

- ahh.
Ele disse.
Rahat nem ouviu.
Aline abriu a janela,
-buuuuhhh.

E bateu os braços
Fingindo que eram asas.
-cheguei turminha.
Se agachou da janela,
Se empurrou para baixo.

Mohamed a segurou
Pelos pés
E ela beijou um por um
Dos bichinhos.
E eram muitos.
- uhammm.
Ela fez com os lábios.

- beijo um,
Beijo dois,
Beijo três.
Ela se lançava
Para a frente
Se embalando
Da janela
E buscava as galinhas
E os patinhos
E os beijava
E abraçava forte.

-beijo quatro,
Beijo cinco,
Beijo seis.
E assim seguiu:
-beijo sete,
Beijo oito,
Beijo nove...

Depois de beijar a todos.
Mohamed levantou,
Pegou Aline pela cintura
E a abraçou.

Rahat se levantou
E abraçou ambos
Então, os bichinhos
Se reuniram em frente a horta,
Levantaram suas asinhas
E gritaram:
- feliz páscoa!
-feliz páscoa.

Os pais responderam juntos.
Jogando beijinhos
Com as mãos para
Os bichinhos.

Aí saíram para fora de casa,
Com o Bruce Wayne no colo,
Mohamed pegou Wolverine
E foram dar milho
Aos pombos.

No caminho
Foram encontrando
Pequenos ovinhos
Escondidos.

E a cada moita de flor
Onde havia um ovo
Escondeu-se uma galinha
Que gritava ao ser encontrada:
- feliz páscoa!

Mais para baixo
Esconderam-se
Os patinhos:
- feliz páscoa!

Aline, Rahat e Mohamed
Encheram seus chapéus
Com os ovos das crianças.

Depois disso,
Distribuíram em
Dois ninhos os ovos,
E puseram uma galinha
E uma patinha chocar.
- Feliz Páscoa!
Gritaram todos.

Feliz Páscoa

Feliz Páscoa,
Hoje termina o jejum,
Edificado seja
Este que fez suas orações
Porquê Allah irá atender.

Ainda se inicia o ano,
Muitos dias e meses
Pela frente,
Pra quem foi feliz
E forte nestes dias,
Agora se renova
Para buscar tudo que quis.

Porquê a vida é feita assim:
De coisas que a gente não entende
E daquelas que são compreensíveis,
Busca-se o que se quer,
Foram-se quarenta dias.

Dias dedicados a leitura
Da palavra de Allah,
Dias para repensar
Cada atitude, fala e outras coisas,
Comparar as escrituras sagradas,
Ver o que foi perfeito
E o que pode ser mudado.

A cada vez de estar fraco,
Ver que também lá
Houve quem tenha errado,
Errar não é imutável,
Passo a partir de agora.

Aos agradecimentos:
Obrigada Allah
Nos agraciou com todas as vitórias,
São de alegrias
Os nossos dias.

sábado, 12 de abril de 2025

Garota no Sistema

Eu usei o sistema
De falas e interferência,
Levei a garota alvo lá,
E para os presentes
Eu falei dela.

Mas, ela realmente era pobre,
E não tinha todo o dinheiro
De que eu queria.
Então, para sequestrar
Eu busquei a velha idosa.

Cheguei de carro vermelho,
Parei na calçada,
Dei um tiro em sua nuca,
E retirei a pasta
Com o dinheiro da velha.
Deixei a velha lá.

Ninguém percebeu,
E ninguém soube quem o fez.
Eu coloquei imagens
Da garota alvo
No supermercado,
Escolhi a criança
Que desejei,
E usei a voz,
As imagens,
Então, invadi sua casa
E o estuprei.

A criança não aguentou
Meu pênis inteiro,
Mas eu meti valendo,
Ela morreu.
Mas, eu sempre volto
Para a garota alvo.

Agora comprei um carro,
Suaves prestações
Que nunca paguei,
Coloquei as parcelas
Em seu nome,
Assinei.

Neste exato momento,
Ela recebeu um financiamento
De uma conta antiga
Com dívida a juros,
A garota alvo
Sempre paga suas contas.

Lá vai ela
Com seus sapatos desgastados,
Usando sua velha
Camisa social branca,
Pensando que tem um emprego,
O que ela tem é minha dívida.

Em mais momentos,
Eu coloco a cabeça dela
A prêmio,
Ela gosta de amar
Outros homens,
Nunca me vê
Ou se interessa por mim.

Então, eu aciono o sistema,
E sou simples:
- quem matar ganha direito
A vaga na UTI.
Há sempre um alvoroço,
O povo se atenta a feri-la.
Semana passada,
Entrou uma moça
Parecida com ela.

Ela estava com a boca
Inflamada devido a dor
De dentes,
Foi até o hospital,
Fiz esperar,
Fiz sofrer.

Mas havia outra ordem.
A moça imediatamente
Foi morta
E passou inteira
Para transplante.

Há quem pague caro
Por moças sãs,
Ela é saudável,
Eu recebi bilhões
Por um coração pulsante,
E o dela é ridiculamente
Fugitivo de minhas mãos.

Resistiu.
Matei a errada.
Peguei outra idiota 
Em seu lugar.

A outra era uma qualquer,
Mas eu gosto de usar
Minhas câmeras da cidade,
E ver ela passar,
Viva.
Viva.
E a outra morta.

- ah, mas se ela soubesse
Me lamber como sabe
Se recusar.
Ela estaria em melhor.

Daqui do computador
Eu vejo uma das minhas vagabundas,
Seguindo ela por aí,
Tentando ferir e até matar.
As vezes, eu interfiro.
Ela sabe quanto custa.
Ah, já sabe sim.

Contudo,
Me enjoei.
Coloquei uma bomba
Em seu carro,
Ela achou estranho,
Finalmente ter um carro.
Eu não.
Esperei ela abrir a porta,
Sentar no banco 
E estourei.
Agora a matei.

Garota Alvo

Eu cuidei aquela garota,
Eu instalei um sistema
De vigilância
E onde ela ia
Eu colocava
Pessoas para cuidar dela.

Parecia simples
Conquistar ela,
Até que ela se apaixonou
Por um rapaz,
Eu tentei mata-lo.

Quando ele foi até
A casa dela,
Eu soube.
Assim que ele cruzou
A rotatória,
Eu meti um carro
Contra ele.

Ele caiu fora da pista,
Foi metros arrastado,
E sobreviveu
Sem único arranhão,
Teve coragem de
Enviar o carro para o concerto
Através de um guincho,
Alugar outro carro
E vir até ela.

Eles transaram,
Eu ouvi tudo.
Eu poderia ter ido
Até a casa dela
Mata-lo.
Seria fácil.

Mas, ela é o tipo
De apaixonadinha,
Gosta de drama,
E teimou em ama-lo.
Não posso feri-la,
Não de maneira tão óbvia.

Preciso antes disso
Convence-la a odiá-lo.
Eu usei as músicas,
Coloquei a letra certa
Para feri-lo,
E fazer ela lhe ter raiva.

Não bastou,
Eu providenciei o som.
Fiz mais,
Coloquei o pessoal falar
Através da dublagem,
Fiz falar na casa toda.

Buguei o celular,
Excluí o número dela,
Impedi todas as ligações,
Recebi casa uma delas
Por primeiro
E depois a enganei
Fazendo ela fingir
Que o número não era meu.

Eu dei a ela liberdade,
Mulher gosta disso,
Ela teima em clamar
Por direitos,
Eu dou a ela todos:
O direito de ser minha.

Eu usei imagens,
Eu dublei os filmes dela,
Eu matei seu ator favorito,
Eu transei a atriz
Que ela odiava.

Eu tentei pôr droga
No carro dela,
Quando ela marcou
Um encontro
Com um rapaz
Para dançar.

Um idiota encontrou
A droga e roubou
Antes de eu agir.
Eu o matei.
E queimei.
Eu coloquei droga
Na água dela,
Comprei a terra do vizinho,
E coloquei lá quem eu quis.

Então, desisti de ser tão
Amável e fui eu mesmo
Viver lá perto.
Foi simples invadir,
Foi fácil chegar aí quarto,
A engravidei.
Excluí o ex.

Joguei o corpo
Em mil pedaços para
O próprio cão dela.
Ele comeu tudo,
Eu lhe guardei ódio,
Então, matei o cachorro
Com um tiro na cabeça.

Ela chorou feito criança,
Eu introduzi
Meu pênis na boca dela.
Depois ela ficou grávida.
Eu a levei no médico,
Ela sonhava com o namoradinho,
Nem se imaginava comigo.
Eu a fiz abortar o filho.

Ela buscou emprego,
Eu a trouxe sob
Meus cuidados,
Ela quis exceder-se,
Olhou para um rapaz
No pátio da minha empresa.
Da minha janela
Eu mirei
E não errei.

Matei com único tiro.
Ela caiu para trás,
Eu disse
-De quem é está?
 Ninguém disse nada,
Eu respondi.
- de ninguém.

Eu canselei
Meus e-mails falsos
Que enviava para ela,
Mas guardei sua conta
Como desde o início fiz.
Mantive as suas redes sociais
Conectadas,
Marquei encontros com suas
Amigas através dela,
E até fui mulher
Por um dia.

Depois de ter transado
A noite inteira
Com a irmã dela,
Eu fui mulher logo
No amanhecer,
Fui ela.
E naquele cu eu nunca entrei.

Mash'allah

Mash’allah!
Dois destinos
Que poderiam
Se divergir,
Mas, não foi o caso.

Tentei fugir,
Remar noutro barco,
Me afogar em águas salgadas,
Não que o fosse o tipo
Perfeito de pedido de socorro,
Contudo,
Por onde busquei
Não era mesmo outro que via.

Habibi,
Pois é.
Você me faz suspirar,
Me faz eu ir louca,
Me faz voltar.

Eu tento lutar,
Mas o destino vai e te busca,
Não me resta alternativa
A não ser te esperar,
Pois é,
Me recuso a outra coisa.

Você me levou para Allah,
Me trouxe esperança,
Me fez ver que preciso de você,
Você faz meus dias bons.
Eu te amo.
Mash’allah.

Te amo.
O amor não se confunde
Nas palavras,
Ele sabe se mostrar,
Mesmo este seu diálogo
Que eu não entendo,
Mesmo ele me faz te amar.

Minha inimiga
Não gostou do rapaz
Que usou suas palavras,
Fingiu sua voz,
Atitudes e promessas,
Ela o odiou quando
Ele fingiu estar em Allah,
O matou.

Inimiga suprema.
Não nos suportou juntos
Nem mesmo para me desmoralizar,
Não me suportou em imagem
Ao seu lado,
Isso que quis dizer.
Mash’allah .

Pois é,
Ele usou o Mash'allah,
Eu não iria resistir,
Tudo em única frase.
A boca errada,
O rapaz errado...
Percebi a tempo
De encerrar tudo.
Mash'allah.

Conjugação Criança e Adolescente

-estamos casados,
Podemos, agora,
Pensar nos filhos.
Ele lhe diz baixando
A xícara de café sobre a mesa.

Ela pega a faca,
Corta o pão,
Passa a manteiga,
Derrama açúcar
Com seus dedos.
Morde um pedaço,
Entrega a ele o resto.
- sim, querido.
Responde sorrindo.

- então, troque-se, amor.
Vamos comprar nossa casa.
Eu recebi um aumento de salário.
Ela sorriu,
Levanta-se escolhe no roupeiro
Calça e camisa social.
- que bom.
Estou tão feliz por nós.
Ela grita do quarto.

- no caminho
Nós podemos passar pela
Escola onde eu trabalho,
Estão organizando
Para caber novos cursos.
Ela diz.
Sorrindo,
Sem poder conter a alegria.

- estou trabalhando mais,
Vou receber aumento.
Agora eu sou a secretária escolar.
O esposo sorri da cozinha.

- ok. Escolhida a escola,
Adquirida a casa,
O carro está ótimo.
O posto de saúde
Próximo a nossa moradia
Logo ficará pronto.
Ele fala.
- ah, já está escolhido
O bairro?
Ela indaga.

- claro,
Próximo aos nossos trabalhos.
Ela sai do quarto.
Beija-o ternamente
No rosto, na testa,
Nos cabelos,
Nos lábios
E saem para o carro
Na garagem.

- enfim, adeus ao aluguel.
Ela diz ao sentar-se.
- sim. Também iremos
Comprar a mobília.
Ela diz,
Liga o carro.
Levanta o portão
Através do controle.
- tudo novo!
Que incrível.
Ela responde chorando.
O beija no rosto,
O abraça.

Saem para a rua,
Dobram a esquerda
E vão.

#
- nosso filho bateu na vó.
Ela fala da sala.
- o quê?
Ele indaga,
Tirando o casaco
E soltando sobre o sofá.
- seu casaco está molhado.
Ela responde,
Indo em direção ao sofá
E pegando o casaco.
- eu sei, choveu...

Ela o olha,
De frente para ele.
- então, não deixa ali.
Responde,
O beija rápido nos lábios
E leva o casaco até a lavanderia
De casa.

- nosso filho bateu na vó.
Ela fala de dentro da lavanderia.
- ela derramou pão sobre a mesa,
Ele disse que ficou enojado
Do resto do café
E estapeou ela no rosto...
Ela continua.
- agora ela está com hematomas.

Ela diz,
Abrindo o cesto de roupas,
Deixando o casaco lá.
- ele bateu em um colega.
O homem diz sério,
Indo até ela.
- um menino pisou no pé dele.
Sobre o tênis branco,
Feriu o pé do garoto,
Ele não teve calma.

A mãe levou a mão na boca.
Pegou no ombro do pai.
- então, foi sério?
Ela indagou.
- sim, o garoto estava de patins,
Ele o empurrou
Na direção de um caminhão.

Olhou seriamente
Para ela.
Pegou em seu rosto.
- a criança de doze anos morreu.
Ela beijou os lábios dela.
- teve o corpo esmagado,
Não resistiu a dor.
Falou e saiu.

- meu Deus,
Nosso filho,
E agora?
Ela indagou,
Cabeça baixa,
Triste.
- irão prende-lo?
Ele é uma criança,
Tem dez anos.
É gordinho.
Mas é criança.

Ela falou saindo
Da lavanderia em prantos.
- será processado.
Nós somos responsáveis legais
Por ele.
Ele virou-se para ela.
O abraçou.
- seremos todos processados.
Ela o abraçou,
Colou-se ao seu peito.

- em que erramos?
Será que é negligência escolar?
Ela indagou
Olhando a expressão do esposo.
Ele beijou seus cabelos.

#
- estou grávida enfermeira?
Grávida?
Carrego um filho na barriga?
Indagou a moça histérica.
- sim.
O exame diz:
É gravidez.
A enfermeira responde,
Conferindo seus sinais vitais.

- o maldito era um irresponsável.
Sumiu de onde morava,
Não deixou notícias.
A enfermeira olhou para o rosto
Da moça desesperada
Sentada naquela maca.

- sinto muito pelo namorado.
Agora você tem um filho
Com que se preocupar.
Ela apertou com carinho
A barriga da moça,
Virou-se.

- vou abortar.
Jamais levarei isto adiante.
A moça respondeu chorando.
- nada poderá me impedir.
Ela disse.

- o doutor não pode ter filhos.
Ele e a esposa são casados a vinte anos.
Nunca puderam ser pais.
A enfermeira disse.
Olhou para ela.
- ele paga bem.
E você não será uma assassina.

Ela disse
Seriamente,
Olhando a moça.
Enquanto se recostava
Na mesa de trabalho.
- estamos falando de quê valor?
Ela indagou.

- muito, garota.
Muito. É o sonho deles.
Chega a compadecer o coração.


#
- caramba, Jefferson.
Você subiu na parede
E derrubou a televisão?
Indagou a mãe,
Correndo até o garoto
De oito anos.
Olhando sua mão cortada,
Jorrando sangue.

- que ódio.
Como eu posso ir trabalhar
Se você não respeita ninguém.
Foi até a cozinha,
Achou o kit de primeiros socorros
No compartimento,
Voltou até a criança
E limpou o ferimento,
Depois passou pomada cicatrizante,
E enfaixou o ferimento.

- eu odeio todo
O gasto que você me dá.
Você risca as coisas
Com seu material escolar,
Corta o sofá,
Derruba a televisão nova,
Estraga minhas maquiagens
Pelo chão...
Ela voltou-se do quarto
E olhou séria o garoto.

- você usou meu batom
Na parede?
Ela indagou irritada,
Então,
Encontrou seu kit sex
No compartimento do roupeiro.

- irei deixá-lo preso.
Ao dizer isto, o algemou
Na parede.
Através de um encaixe.
- sem as chaves querido.
Respondeu,
Retirou as chaves e guardou
Na prateleira de livros.
- tchau.
Estou indo trabalhar.

Antes do horário da escola
Eu retorno.
Saiu e trancou a porta.

#
- certo, menina.
Sou a empregada.
Não chore.
Os vizinhos não podem reclamar.
Respondeu a empregada da casa.

Foi até a criança,
Bateu em seu rosto.
Depois deu-lhe remédio
Para adormecer.
As doze chegaram os pais.

- oi, Paula.
Como ficou Larinha?
Indagou a mãe,
Beijando o rosto da garota.
- ficou bem.
Mas mosquitos a atacaram.
Ela feriu o rostinho.

- meu Deus.
Disse o pai
E correu até a criança.
Encontrou-a dormindo
Com o rosto roxo.
Pegou a bebê de um ano
No colo.

- minha vida?
Como você está?
Indagou a mãe,
Beijando o rosto da menina.
E depois beijou o braço do pai.

- tem que comprar inseticida.
A empregada disse.
A criança passou a acordar
E ser espancada.
Os pais ficavam no trabalho.
Meses correram do mesmo modo.

- sua filha está morta.
A empregada disse,
Ao abrir a porta.
- o quê?
Ambos os pais gritaram.
- dengue.
Dengue hemorrágica.

Os pais correram até a filha
Desacordada,
Ergueram-na para o céu,
Se ajoelharam e choraram,
Ambos abraçados.

A criança chorou.
Ficou vermelha,
E abriu os olhos.
- um milagre, meu Deus?!
Gritaram aos prantos.

A moça correu até o quarto
Do casal,
Encontrou a enorme aranha
Que ela mesma trouxe na bolsa,
Retirou o sapato
E a matou.
- Veja só?!
Encontrei uma aranha enorme
No quarto de vocês.
Precisamos de mais inseticida.

Ela disse
E trouxe a aranha morta
Para a sala,
Onde estavam.
A criança a viu.

Chorou ainda mais.
A mãe não pode mais deixar
A filha com ela.


#
- condenado.
Você está condenado.
Três anos de interdição de direitos,
Irá ficar trancado em
Unidade de recuperação
De menor infrator.
Disse o juiz.

- você estuprou uma colega
De aula no banheiro escolar.
O garoto tinha quatorze anos.
Teve seu cabelo raspado,
Ganhou uniforme de preso,
Foi para a unidade para adolescentes.

Lá dividia a cela com treze
Outros garotos de idade similar.
A cama de cimento
Colada no chão,
Colchão ruim,
Cobertor fino de lã.

Banheiro que mal cabia 
Uma pessoa magra,
Ele precisava fazer
Suas necessidades fora
Do banheiro na própria mão,
E jogar lá dentro,
Depois pedir para um amigo
Puxar a descarga.

Lavava as mãos ali mesmo
Com a água da torneira 
Que usacam para beber água.

Logo emagreceu,
E coube lá dentro.
Foi muito melhor.

A privada de cimento 
Era colada no chão,
Um quadrado onde mal coube.

Aprendeu a beber,
Aprendeu a comprar drogas,
Usar e vender.
- garoto, você está usando
Drogas aí dentro?
Indagou o carcerário.

- sai pra fora moleque!
Juntou as chaves,
Abriu a cela,
O retirou pelo braço.
Levou ele até próximo
A mangueira de água da rua,
Ligou a água fria
E jogou contra ele
Colado na parede.

Depois o pegou pelo braço
E o jogou lá dentro
Da cela.
Sem toalha.
Molhado.
- crie vergonha na cara!
Gritou e fechou.

- cara, estou com muito frio.
O garoto disse.
Passaram as horas,
O frio aumentou significativamente.
- preciso me secar.
O garoto disse,
Chorando e tossindo,
Roxo de tanto frio.

- vira a bunda.
Houve uma voz
Que falou.
Ele não olhou
Para ver quem disse.
Baixou a cabeça.
Virou o corpo para o lado,
Baixou o rosto
Para as mãos,
Puxou a calça molhada
E a cueca.
-ah ah ah.

Ouviram os gemidos.
Ninguém disse nada.
Ele ganhou a toalha
E ganhou um cobertor
Mais grosso.

Ele viu um envelope de preservativo masculino
Ser aberto
Por mãos
Que estavam na frente de seu rosto,
Contudo,
Passaram uma espécie de pó
Em sua bunda,
Ele não reconheceu isto.

De cobertor no corpo,
Ele dormiu tranquilo.
A noite,
No escuro.
Um alguém cheirou
Seu bumbum
E lambeu,
E fez sexo com ele
Por muitas horas.

Com um antebraço
Dentro de sua boca
Ele não disse nada,
Apenas chorou até
O dia clarear.

Amor Pro-fun-do

Ellah tinha dezesseis anos, Rob tinha dezessete, Na noite de festa Quando todos comemoravam, Ambos decidiram beber champanhe...