segunda-feira, 21 de abril de 2025

Poema Letra I

Ih,
Nasceu saudade aqui,
Um sorriso que diz,
Vem ser feliz,
Riscar o chão de giz,
Fazer tudo que se quis.

Chega e vem sem pedir,
É estranho não interagir,
Te guardo em mim,
Preciso fazer assim,
Te abraçar sem fim,
Te olhar no carmesim.

Fazer o que nunca fiz,
Beijar no primeiro sim,
Te levar de patins,
Desenhar seu nome a lápis,
Me ver em sua íris,
A saudade não é álibi.

Pra quem foi meu oásis,
E agora nega o frenesi,
Isto não apaga o sentir,
Não se apegue ao fingir,
Tira meus beijos daí,
Cadê a flor que te deu daqui?

Você vem dizer esqueci?
Eu lhe digo não pedi,
Mentir não faz feliz,
Eu nem tirei o biquíni
Pra você se fazer de zumbi
E me abandonar sem constituir.

Poema Letra A

Ah,
Nossa promessa,
Me mantém viva,
Reaviva as lembranças,
Me trás
Um sorriso de orelha a orelha.

Você me faz falta,
A cada dia que passa,
Em cada chamada de espera,
Na ligação que não é feita.

Toda a promessa
Precisa ser cumprida,
Eu acreditei em sua fala,
Deixa o amor nos levar,
E aceita
Que podemos ser felizes agora.

Volta,
Vem reavivar as lembranças,
Nos sonhos de outrora,
Não coube distância,
Mas cabe muito de espera.

Retorna,
Se volta,
Estou a sua espera,
Sem assinatura,
Com todas as promessas.

Primeiro Lugar em Levar Pasto

A competição agora
É tratar camelo,
Se você não entende de alfafa,
Não tenta pôr os dedos.

Não basta um bom pasto,
Pra cuidar do pelo
Do lindo camelo,
Você precisa ser rápido.

Junta a alfafa e corre,
Trata ligeiro,
Que a água já vem,
Veja o brilho deste camelo,
Ele está lindo
Porquê o patrão cuida bem.

Desenrola ela do monte,
Vai e seja rápido,
Aqueles olhos grandes
Estão esfomeados,
Corre,
Vence o que chegar primeiro.

Assim, fez o patrão,
Vê-se no brilho do pelo,
Nas patas bem cuidadas,
Nos dentes preservados,
No olhar satisfeito,
Não venceu o acaso,
Este campeão venceu no rigor.

Foi mais rápido,
O vencedor,
Primeiro lugar em levar o pasto,
O camelo come as bocadas,
Que delícia ver ele satisfeito,
E o patrão
O vencedor da competição!

Boa alfafa,
Faz bons patrões,
Pernas ligeiras,
Faz o melhor dos campeões!

Vencedor no Trato

Hoje,
Quem corre
É o tratador,
Ele ruma até o galo,
E leva milho
Para ele,
Sim, senhor!

E o que acontece
Com ele
Depois disso?
Depois de tratar
O lindo galinho
Ele vence.

Mas, não é tão simples não.
Ele precisa ser o mais rápido,
Cuidar bem do bichinho,
Chegar bem rapidinho.

De passo a passo,
Cadarços bem amarrados,
Botinas penduradas
No curral,
Porquê quem se alimenta
Agora,
E se alimenta muito bem,
É o galinho.

Mas, veja que lindo bichinho,
Ele canta no terreiro,
E canta na gaiola fechadinho,
Suas cores vibrantes,
Fazem dele o mais lindo galinho.

Parabéns ao tratador,
Que foi rápido ao juntar o milho,
Eficiente em não cair no caminho,
Inteligente por encher o cochicho,
Vencedor porquê chegou
Em primeirinho,
Parabéns tratador rapidinho.

Vencedor da Corrida de Camelos

Segura o peão,
É peão não,
Quem chega é o vencedor,
De bandeira em mãos,
Veja bem,
Abandonou as cordas,
Mantém o controle
Por meio de seus próprios pés.

Ele não se senta,
Quem senta é a torcida,
De mãos erguidas
E queixo no chão,
Ninguém segura este campeão.

Veja como corre
Este camelo,
Bem trajado,
Incrível desvelo.

Parabéns,
Quem corre na areia
É o lindo camelo,
Vem de vermelho e negro,
Olhos seguros,
Objetivo em foco.

Lindos passos a desfilar,
Veja como é bem domado,
É incrível este camelo domesticado,
Bem ensinado,
Cuidado e amado.

Voam os pés
Sobre a areia
Do lindo camelo
De pelos sedosos.

Sorri o vencedor
Em pé sobre ele,
A desfilar seus feitos,
Domou e correu,
E foi perfeito!

Veja,
Se olhar de perto
Os olhos do camelo
Cor de areia da praia,
Eles sorriem pra torcida,
De tanto que gosta
De ser o vencedor,
O melhor das apostas.

Parabéns,
Também ao
Zeloso cuidador,
Trajado na cor areia,
Este rapaz gosta da velocidade,
De fazer voar a areia para trás,
De camuflar-se até chegar.

Camelo e domador,
São um só,
Músculos e desenvoltura,
Fé em Allah,
Que o troféu te espera.

Este camelo tem os pés na areia,
Ele não corre,
Parece voar,
A areia lhe pertence,
Vejam ela obedecer a seus pés,
E este árabe sabe de seus efeitos,
Domina os comandos,
Faz correr,
Faz vencer,
Parabéns!

A primeira corrida de camelos
Lhe concedeu o troféu
Você é o vencedor,
Zeloso domador,
Amado corredor.

E...

Encerrado o expediente,
Eu tento buscar seu nome,
Parece que você não entende,
Eu não diria que foge,
Nem se esconde,
Mas, cadê você?

Eu busco mensagem,
Uma foto com sua face,
Te vejo em partes,
Quem é este?
Bem,
Gostaria de saber.

Agora é o momento de esquecer,
Apagar a amizade,
Trocar o papo de eternidade,
Me afugentar do que houve,
Pra quê?
O que te fez sofrer?
O erro aconteceu em que fase?

Você me aquece,
E depois se arrefece,
Dentro de você,
Me conta o que acontece?

Não tem rubor na face,
Se esconde entre verdades,
Há medo em sua pele,
Ou diga a verdade,
Sem esperar meias viagens,
Quem é a outra mulher?

Duas Irmãs

Ela casou-se com um homem
Que era cineasta,
O que descobriu
Em sua noite de núpcias,
Depois do primeiro beijo,
O tirar do vestido de noiva,
É que ele foi na verdade
Um escritor há muitos anos,
Depois de seu único
E bem sucedido filme
Ele sofreu aquele bloqueio
Famoso entre os escritores,
Então, nunca mais escreveu
Única palavra
Ou até mesmo entendeu
Como conseguiu o primeiro.

Ela levantou-se
De cima do seu peito,
Ajeitou o smoking negro dele,
Reorganizou o vestido,
E não deu a ele o último beijo,
Saiu do quarto
E trancou a porta por fora,
Tudo bem até aí,
Tratava-se de um hotel
Alugado para a linda noite.

Na infância foi atriz famosa,
Dançava de vestido lambado,
Vendia suas fotos
Por poucos reais
Com autógrafo,
Mas a adolescência chegou,
Ela perdeu a paixão
Que havia
Entre ela e a câmera.

E passou a não ser chamada
Para mais nada,
Nem programas de auditório
Ou propagandas de comerciais.
Se entregou a Coca-Cola
E sanduíches rápidos,
Perdeu a voz
Ao ficar gorda e flácida.

Quanto a sua mão,
Nunca tentou escrever,
Então, sua diminuição
De movimentos
Não fez diferença
Para a vida pessoal.

Ela nunca distinguiu
Pessoal do profissional,
Tirar fotos com fãs,
Vendendo suas poses
E os abraços,
Beijinhos selados,
Sempre foi parte do dia-a-dia.

Mas, tudo diminuiu,
Menos o número da roupa,
42, 44 e 48.
Já no 48 passou para o esquecimento.
Nunca foi fã de vícios,
Exceto ela própria e sua imagem,
Claro, de dinheiro.
De dinheiro, óbvio.

Por quê não seria?
Sua irmã sofreu um acidente
Automobilístico,
Ela nunca descartou
Que fosse devido a sua fama,
Contudo, ao avaliar os traços
De seu lindo rosto
E perfil ao dirigir a cadeira de rodas,
Podia-se dizer que foi devido
A beleza estonteante
E unânime que possuía.

Enquanto, Jéssica cobrava poses,
Jussineira se apaixonava
E saia com os mais lindos garotos,
Suas fotos valiam reais,
As da irmã ternos beijos de amor.
Insaciáveis.
E correspondidos.

Não casou-se
Para acompanhar minhas viagens,
O trabalho sempre foi árduo,
Mas quando a vejo
Olhar fotos antigas,
Porquê ela sempre se esforçou
Para manter uma cópia de casa uma,
Eu ouso acreditar
Que ela gostava de conhecer
Novos garotos
E se divertia em suas conquistas.

Eu permaneci nas poses,
Ela escolheu viver.
Vi isso no dia em que saí sozinha,
Hoje moramos em cidade pequena,
Abandonada pelo tempo,
É mais fácil fingir que nunca existimos,
Do que admitir
Que foi sucesso
Mas, passou.

Feito fumaça
Que enquanto acesa toma conta,
Resta um cheiro intenso,
E um dia nem isso.
Eu fui ao mercado,
Coisa do cotidiano,
Jussineira levantou-se
Com a cadeira de rodas,
Chegou até a escada comprida,
Deixou a cadeira,
Cambaleante e sofrida.

Usou o corrimão,
Deu alguns passos
E não me pareceu que não
Se jogou.
Caiu e rolou.
Chegou ao final
E feriu-se.

Bateu com força
Contra o próprio rosto,
Beliscou-se,
Se arranhou,
Se feriu de toda forma.
Eu logo vi as imagens
Através do celular,
Eu instalei câmeras lá,
Então, voltei correndo
E não a deixei mais.

Agora, passou um ano,
Saímos juntas,
Os rapazes mexem conosco,
Nós sorrimos para todos,
Principalmente, os mais bonitos,
Então, ela disse:
- minha irmã,
Gostaria, agora, que você
Escrevesse sua história.

Com suas palavras
Contasse sua vida que
Foi tão bonita nos palcos.
Eu sorri para ela.
- e a sua,
Por quê você acha que
É menos importante?
Indaguei a ela.
- olha, querida, então, conte ambas.
Respondeu.

Sessão Tia

- você está sendo diagnosticada Por transtorno bipolar. Disse o psiquiatra, Olhando para o rosto De Adora enquanto Batia...