Vou deixar meu testemunho,
Neste pergaminho,
No ano do Senhor de 2008,
Reavivo o passado,
Impresso em retratos rasgados,
E outros envelhecidos pelo tempo,
Lembrei de histórias sobre o espírito Divino,
De milagres acontecendo à luz dos olhos,
De bons corações sendo tentados e atrapalhados
Por artifícios do demônio,
E percebi que o mal está entre nós,
Mas que maior é o poder de Deus,
Percebi, também, que somos prisioneiros,
Dentro do muro do individualismo,
Sobrevivendo em meio a um povo corrupto,
Que vive de ouro a custa do suor do outro,
Mas de que me serve falar em dignidade,
Se o próprio povo não quer a verdade,
O piso do seu chão é de sangue,
Seu coração é envolto pela neve,
Mas mesmo assim, levanto meu estandarte pela vida,
E sigo adiante movido pelo amor à raça humana,
Afinal ao se percorrer um caminho,
Seus passos marcam o destino,
O que nos serve como um autógrafo,
Marcas que identificam, inclusive, o criminoso,
Então com os olhos lacrimejantes,
Troquei a foto,
E me deparei com pessoas agindo feito vermes,
Se alimentando de erros humanos,
Mas entre os retratos apagados,
Me deparei com o seu olhar sonhador,
Então acreditei que o futuro poderia ser reinventado,
Em nome do amor,
Por isso queimei alguns retratos,
Que gritavam um futuro proibido,
Sonhos sobre os quais alimentei meu viver,
E vi o papel ser consumido por primeiro pelo fogo,
E apenas depois derreter a imagem,
Como se dissesse que rostos podem pertencer ao passado,
Mas seus feitos guardarão vivos os seus sonhos,
Por longos anos ou além do eterno,
Com força suficiente para estimular a vida,
Esse foi o dia que mais me influenciou,
A lutar por nossa história,
Com força e honra
Em nome do amor.
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