A cidade estava iluminada,
Feito um tapete de estrelas,
Ao longe o uivo de um lobo cortou a noite,
E o vento frio arrepiou a pele,
Como um presságio de algo nocivo,
Seus lábios se tornaram ácidos,
Como se o próprio vento escondesse algo maligno,
Então, fechou suas mãos em punho,
Logo que gritos irritados
Chamaram sua atenção,
Vindos de um confronto
Que ocorria a direita de sua direção,
Desta feita, ela se aproximou mordaz,
Escondida por entre as sombras,
Chegando a tempo de ouvir o desfecho da conversa
Que resultou em uma briga violenta,
Entre dois homens,
Onde o malfeitor queria roubar o outro
E depois estuprar seu corpo,
Frente à recusa, resolveu agredi-lo até a morte,
Vendo o homem ensanguentado,
Com o rosto e punhos feridos,
Ela juntou uma madeira que estava solta na rua,
E gritou para parar a briga,
O bandido aproveitou o descuido
E com um soco derrubou o homem no solo,
Depois se referindo a ela com malícia
Indagou-lhe sorrindo,
- Quem é ela? Não sei se atiro ou me apaixono.
- Sempre confundindo pistola com genitália –
Ela respondeu felina,
Nisso o rapaz se levantou secando o sangue do olho
direito,
E investiu com um soco sobre o perverso usando toda sua
força,
- Princesa do gelo,
Respondeu ela, desferindo um golpe com a madeira
Em sua cabeça com justeza,
Deixando-o inconsciente naquele solo,
- Obrigado - agradeceu o vitimado,
- Mas como você me encontrou e se arriscou para me
ajudar?
- É uma longa história – respondeu ela,
- Poderia arrumar um tempo?
- Estou na lista telefônica – respondeu se apresentando.
- Então, estarei tentando, - disse se identificando com um sorriso,
- Ok, mas talvez me encontre trabalhando - respondeu rindo,
Ambos dialogavam indo em direção à saída da rua,
-Está indo? – ele indagou ao vê-la se aproximar de um
táxi,
- Não. Você está – ela respondeu abrindo a porta,
E fechando após lhe ver acomodado.
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