domingo, 17 de setembro de 2017

Respeito Pela Vida

Homens condenados às margens da sociedade,
Sobreviventes do submundo,
Sem direito às suas mentes,
Ou de serem donos de seus destinos,

Mero fragmento de ser humano,
Sentenciado a dispensar o coração,
Será verdade ou mito,
A trivialidade que cerca o uso da afeição?

Como um tapete de estrelas,
Ruas se acendem e outras se apagam,
Então é assim que julgam a vida,
Como se as pessoas fossem módicas?

Então, há preço que pague o corpo,
Sabendo que condenará a alma?
Me sinto errado nestes tempos,
Em que as pessoas vendem a honra,

É como se o meu caráter
Fosse algo do homem do futuro,
Que se escuda na dignidade,
Se veste de negro,

Para poder se camuflar nas sombras,
E com pés de chumbo e mãos de aço,
Se municia de esperança,
Por acreditar na vida
E sentir respeito pela raça humana,

Sempre que consulto meus valores
Sinto um campo minado sob meus pés,
Prestes a explodir a um passo
Que julguem em falso,

Aliás, é errado contestar o sistema?
Sou obrigado a aceitar o ar contaminado
Desta usina nuclear?
Seguir regras de pessoas que vendem suas vidas

Para se afundar em seu próprio lixo industrial?
Devo aceitar ser excluído por me recusar a contracenar?
Não, não devo, porque a razão não assiste a esta tirania,
Sou uma pessoa humana e quero que a vida seja respeitada.

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