terça-feira, 26 de setembro de 2017

Estrela Iluminada

Dois homens com personalidade forte,
Duas famílias discutindo seus valores,
Ao seguir as rédeas de seu coração,
Sangue civil mancham as mãos,

Quis o destino trair o amor,
Ao colocá-la nas mãos de um sujeito atroz,
Desde menina ele a amava,
A via como uma estrela iluminada,

Mas não imaginava que fosse se apaixonar,
Por um sujeito indisposto a amar,
O tempo passou mantendo calado seu sentimento,
E quando chegou o momento inesperado

Lágrimas mancharam o convite de casamento,
Mas o sofrimento calou sua voz,
E nada fez para impedir a união,
Que se cristalizou sem paixão,

Seu desventurado gesto,
Trouxe um gosto amargo,
Pois ao vê-la maltratada no âmbito conjugal
O sangue tomou seu olhar,

Fazendo-o descrer da alegria de viver,
Pois cada vez que o sol caia no horizonte,
Lágrimas cobriam-lhe a face,
Tristes por mais uma noite insone,

A qual passaria longe do seu bem-querer,
Sentenciando seu amor a deslealdade
De ser condenado a morte
Sem nunca ter tido a chance

De ser confessado,
Tão puro quanto imaculado,
Porém, um dia a viu sair ao jardim,
Triste a afagar-se com um jasmim,

Entregando suas pétalas ao vento,
Como se assim se desprendesse de seu martírio,
Com suas lágrimas acalorando o sereno,
E seus profundos suspiros acrescentando nuvens ao firmamento,

Talvez fosse aos seus olhos apaixonados,
Mas diante dela nem o luar mais parecia gelado,
Porém cada vez que o sol que a tudo alegra,
Ameaçava nascer no horizonte,
Descobrindo o leito da aurora,
Ambos silenciosos fugiam da luminosidade,

E aprisionavam-se sozinhos em seus quartos,
Fechados em si mesmos
Apegados a uma noite artificial,
Privando-se de suas vidas,

Com o passar do tempo,
Ele decidiu se aproximar
E confessar seu amor,
Pedindo-lhe uma chance de amá-la,

De afastar seus medos
E aconchega-la no calor do seu peito,
Assim desenvolveu-se o romance
Dos dois jovens amantes,

Dois rebeldes apaixonados,
Dois rejeitantes ao sofrimento,
Decididos a enfrentar o desdém da sociedade
E a truculência do cônjuge pungente,

Porém a fúria aqueceu suas veias,
Ao deparar-se com o sujeito que a desprezava,
Que indiferente ao amor do casal,
Quis sentenciá-los a tortura

De matá-la com a arma que empunhava,
Covardemente, apenas quis quebrar sua paz,
E condená-lo a uma vida vazia,
Negando-o ao amor que ele mesmo descria,

Então ele pegou sua lâmina e brandiu-a no ar,
Ferindo-o de morte com um golpe fatal,
Deixando suas mãos ensanguentadas
Em nome do amor com que protegia sua amada.

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