sábado, 23 de outubro de 2021

Eu Te Amo Meu Amor

 

Olha bem meu amor, eu acredito em sonhos,

Mas sempre que contemplo seus olhos,

Lhe juro que vejo algo diferente,

É como se fosse pouco o para sempre,


Sinto que a terra sob os meus pés foge para longe,

Sonhar já não é mais o bastante,

Então, seus braços se estendem na minha direção,

Me falta o ar, me vejo pegar em sua mão,


Só então, um tapete verde e florado se estende,

Volta para mim o chão, encontro a base,

Mas em ti já não estou na superfície,

Me vejo além do contemplar a face,


Me sinto dentro como você está em mim,

Arraigado a minha alma e ao meu sentir,

Sem ti, querido amor, parece que não há por vir,

Contigo sou algo além do mero querer existir,


Ao ouvir sua voz, quase caio das pernas,

Um tombo alto para quem ganha os céus no teu olhar,

Minha mente se torna um trevo de indagações,

Diversos caminhos se estendem nenhum longe de nós,


Acima dos escombros das minhas divagações,

Olho nos olhos que me resgata de tudo isso e digo:

Ora, querido, eu te amo e você sabe disso;

Por mais que repita mil vezes, meu amor não se torna repetitivo,


Essa confissão diz poucas frases mas revela a alma,

Com meus olhos cerrados me vejo verter lágrimas,

A felicidade em mim toma a forma de um abraço seu,

Sorrio e choro, estou acolhida em seus braços agora,


Cairia de joelhos nesta grama a verter o amor que sinto

Não fosse a sua mão me agarrar ao abrigo que você é,

Paro, estagnada em seu peito, ali vejo tudo que quero,

Não trata-se de que sonhar seja pouco apenas não basta,


Ora, meu amor, veja bem de que bastam os seus lábios longe dos meus?

Se fui capaz de conquistar seus beijos uma única vez,

Querido amor, apenas desejo que, também, o seja para sempre,

Começo a soluçar, molho sua camisa preta, digo repetidamente:


Amor, eu te amo seja agora mais meu que ontem,

A força volta as minhas pernas e sobem para as mãos de forma suave,

Aperto-o junto a mim, desejo que não seja uma miragem,

O vento o toca com a suavidade de uma brisa,


Acaricio a sua face removo o que houver de dúvida,

Querido amor, espero que queira perdoar o meu temor,

Tento ser melhor do que fui, mas você sabe, sou quedada a erros,

Nem o afago da brisa ou o tilintar da chuva nas folhas


São notórios a ponto de me fazer parar - apenas seu abraço -,

Meu amor, mesmo a chuva na flor mais linda ou o seu desabrochar,

Me fariam te querer menos ou desviar única vez dos seus olhos,

Não é pouco o meu esforço em agradar,


Querido, me entenda, eu te amo e por nós eu vou tentar,

O tomo eu meus braços, sugo seus beijos para dentro de mim,

Embebida em seus lábios, afago seus cabelos ali mesmo, no jardim,

Carinhos e mais afagos se divagam em seu corpo,


Querido talvez eu não faça tanto, mas me entrego ao máximo,

As dúvidas, se eu as senti, acabo de dividi-las em mil pedaços,

Se se jogam mil caminhos ao dispor,

Não restaria um único incapaz de me levar a outro que não seja meu amor,


Meu amor, tome cuidado, não se embriague das dúvidas em meu beijo,

Eu te disse, achei que as senti um momento atrás,

É certo que foi um instante antes de você me beijar,

Mas se as dividi, também não duvido que as transferi,


Nos beijos em que me entrego, querido amor, vou inteira para ti,

Parte da minha dúvida soluça, acreditou existir,

Parte dela nega a si própria, penso que se contradiz.

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