sábado, 28 de outubro de 2017

Amor Imensurável

O amor aconteceu em doze luas,
Esplendoroso feito mil galáxias,
Tão sublime quanto a luz das estrelas,
Como se estivesse escrito na prata do luar,

Conquistando os olhos dos apaixonados,
Para a luz deste sonho encantado,
Ao perceberem que nosso amor se consumou,
Com o fascínio que nunca se sonhou,

Feito um presságio de que o amor encanta a alma,
E se perfaz no destino que acorda para a vida,
Feito um sonho guardado na lembrança,
De que basta um propósito ser sagrado para que possa se consumar,

Feito uma luz que ascende na alma a esperança,
De que sempre existe um sonho para sonhar,
Que feito um poema que conquista a alma,
Faz da beleza do amor alicerce para alcançar a vitória,
Aquela encontrada apenas no carinho da pessoa amada,
Que transforma a dor de nossas lágrimas,

Em alegria que nos reforça para a vida,
Depois que nossos sonhos foram reconstruídos
E juntos, reduzimos a solidão ao seu devido lugar,
Preenchendo nossos vazios com o néctar do amor,
Guardando um ao outro na luz que acende o olhar,
Refletido no véu do luar que cobriu nossos corpos através da janela,

A portas fechadas para que nada nos pudesse interromper,
As quais apenas seriam abertas,
Pelo sol do novo amanhecer,
Aquele com o qual reescrevemos nossa história,

Em que fizemos de nossos corações um santuário,
Que guardou nosso amor portas adentro,
De forma que nunca pode ser corrompido,
Pois estava protegido no lugar mais profundo do peito,

Também designamos nosso amor para sentinela,
Usamos um pouco dele para reerguer muros ao nosso redor,
Feito um escudo invisível que nos abrigasse em ternura,
Ora, nosso amor por ser tão grande e profundo,

Pôde ser dividido e ainda nos retornar multiplicado,
E o mundo de repente nos pareceu carente do humano,
Como se precisasse ser reconstruído,
Então olhamo-nos um nos olhos do outro,

E percebemos a fagulha deste desejo brilhar em nossas faces,
Todo o povo vendo o esplendor do nosso amor,
Se juntou a este sonho como se fosse um só homem,
Porque o amanhecer que juntou nossas vidas e nossas almas,
Se compadeceu de ver o povo chorando,

De ver as lágrimas preencherem suas vidas,
Por isso, nosso amor irradiou com toda força,
E brilhou em todos os astros do céu,
Escrevendo um sonho de amor na luz das estrelas,
Sagrado feito o carinho de Deus,

Diante disso, os sonhadores levantaram os olhos para o horizonte,
E no secreto de seus universos houve uma reunião solene,
Clamando em alta voz por um pouco mais de amor,
Assim levantaram-se e foram em busca de seus sonhos,

E seus sonhos acordaram e os encontraram,
Realizando-se de forma gloriosa,
Tão lindo e imensurável é nosso amor,
Que com o encanto que nos transformou,
Contagiou o mundo ao seu redor.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Apaixonados

Tão encantador é o amor,
Que conquista os apaixonados,
Cobrindo com o véu da paixão seus olhos,
Guardando o sagrado de uma benção em seus lábios,
Silenciando seus ouvidos a convidados indesejados,

Que escondem suas intenções em uma fala macia,
Tentando camuflar-se por entre as sombras de sua alma,
Inventando sonhos sem intensão de realizar,
Com o egoísmo escondido em suas palavras,

Acreditam poder demonstrar uma realidade inventada,
Feito uma máscara que distorce a existência,
Uma fantasia em que alicerçam suas vidas,
Sentindo o coração e a alma tremer,
Ela recusou-se a esta realidade maquiada,
Mesmo com uma lágrima de dor percorrendo sua face,
Recusou-se ao falso por acreditar na vitória,

Com os punhos cerrados e os olhos castanhos cintilando,
Ela se afastou e cruzou os braços,
Em um gesto protetivo de quem acredita em algo maior,
Pois tendo Deus criado o amor e entregado aos seres humanos,

Não seria ela que iria se afugentar de seu fulgor,
Pois apenas os condenados confiados ao desamor,
Entregam-se ao falso proveniente do inferno,
Acompanhado de urros por percorrerem pelo errôneo,

Então seguindo um soluço do tempo,
Que chorou a dor dos seus passos,
Seu coração pulsou acelerado,
Quando seus olhares se encontraram,
Como ironia do destino ele caminhava ao seu encontro,
Com olhos escuros, límpidos e iluminados como a luz da lua,

Ele andava devagar e elegante,
Com um sorriso que trazia o brilho das estrelas para sua face,
Com o cabelo curto acariciado pelo vento,
Ele estremecia, talvez por causa do frio,

Como se o amor percorresse por sua pele,
Ela lhe sorriu e abriu os braços,
Desabrochando para o que viesse com eles,
Sentiu como se fosse verdadeiro,
Pois seus corações batiam no mesmo compasso,

Sentiu-se incapacitada de se esconder,
Do amor que tanto sonhou viver,
E que agora se personificava a sua frente,
Abraçando-lhe com força, sentindo sua face,

Como se fossem duas metades que simplesmente se completassem,
Entregou-se aquele sentimento até que em engano se dissipasse,
Oportunizando-se, inevitavelmente, a sentir gemidos de saudade,
Que feito uma névoa subiriam ao azul celeste,
Enevoando os sonhos dos apaixonados,
Que com beijos seriam renascidos,

Diante da intensidade de seu olhar,
Até onde ela chegou com sua imaginação,
Percebeu que o amor compensaria,
Então lhe entregou a chave de seu coração,
Naquele abraço caloroso,

Que os refugiava do frio do inverno.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Descobrindo o Amor

Minha mão docemente afagou seu rosto,
Com o mesmo carinho com que deslizou
Uma mecha de seu cabelo para trás da orelha,
Senti o calor do amor lagrimejar em meus olhos,
Não resisti e beijei suavemente sua boca,
Sentindo-se segura, ela acordou sorrindo,
Envolvendo ternamente minha nuca,
Irradiante por retribuir o beijo,

E a escuridão antes camuflada por toda parte,
Estava tão completa em sua perdição que fez luz,
Magnetizando através do amor os amantes,
Juntando-os através da intensidade de um sentimento que seduz,

Tão irresistível quanto as estrelas de uma noite escura,
Que esconde no inseguro a beleza dos sonhos,
Cobrindo nossos corações com o véu da ternura,
Servindo de coragem aos apaixonados solitários,

Para que no brilho do dia ou no mistério noturno,
Vaguem em busca do amor,
Porque tão forte quanto brilha a vida,
Apenas o amor transforma,
Sem amor nem humano eu seria,
Pois a nada serviria minha alma,

Se eu não aproveitasse os soluços do tempo,
Para reconstruir uma nova história,
E em nome do amor desfragmentar os segundos,
Para reerguer este sentimento que caiu em ruínas,

Apenas para lhe entregar o paraíso,
Neste beijo dengoso que me faz renascer a cada manhã,
Este amor seguro inventado por anjos,
Inspirado em sua beleza que faz luz ao dia,

Mas que foi silenciado pelo manto da solidão,
Que agora cai em terra sendo consumido pelo fogo do coração,
E aqui te encontro em minha cama, nua e amada,
Completamente minha, vestida por minhas fantasias,

Emudecida por este amor grande demais para se exteriorizar,
Cujas palavras são insuficientes para te alcançar,
Senti meu corpo estremecer com veemência,
Me dando completa liberdade para amar,

Então a envolvi em meus braços com mais força,
Exultante pela segurança com que me respondia,
Como se nosso beijo fosse uma chama intensa,
Um elixir que nos acorda para a vida,

Lhe juro que mil beijos ainda não possuem suficiência
Para derramar o amor que guardo em minha alma,
Me sinto tocar o céu no meigo de sua pele,
Estou realizando um grande sonho e não posso descer,

Não há motivos para tentar controlar o amor que insiste em renascer,
A cada instante que me encontro em você,
O amor sublime que renasce a cada beijo,
Tão intenso e resplendoroso como se estivesse sendo recriado,

Se mil vezes eu lhe beijasse,
Mil vezes seria como na primeira vez,
É como se seus olhos me enviassem uma mensagem,
Que sempre contivesse a mesma resposta,
Me indagando se entre nós seria suficiente o para sempre,

E eu simplesmente lhe afagasse com ternura,
Que intimida qualquer margem para dúvida,
Sobre o quanto nosso amor nos reforça
E nos faz concluir em vitórias,

É como se o sentimento transbordasse em meu coração,
E viesse parar em minhas mãos,
E ao te entregar com meus afagos, 
Muito maior voltasse ao seu lugar,
Percorrendo por todo meu corpo,
Aquele amor tão intenso que estava trancando portas a dentro,
O mesmo que apenas o fulgor das minhas carícias,
Conseguem penetrar suas portas fechadas,

Despertando algo tão intenso e impossível de fugir,
Como se eu dependesse de seus mimos para salvar minha vida,
Por Deus, que a loucura deste amor sou incapaz de resistir,
Então, afugentando o medo de profetizar contra mim,
Olhei em seus olhos e disse que a amava com toda a alma,
Seu sorriso intimidou qualquer dúvida que eu pudesse sentir,

Quando disse que a mim pertencia sua vida,
Me fez sentir-me em pecado pela sombra de dúvida
Que pairou levemente por meu olhar,
Acuado pela intensidade dos seus afagos,

Pelo calor em que juntos descobríamos o amor.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Vivendo de Lembranças

Então restou o silêncio,
Em minha cabeça o eco de sua voz,
Frio e vazio ecoando pelo quarto,
Lágrimas teimosas molham meu rosto,

Contornando e penetrando meus lábios,
Me embriagando com seu gosto amargo,
Logo, veio a sensação de queda,
Que nem mesmo a lembrança de sua boca conseguiu afastar,

Como se o céu tivesse perdido o luar,
E só restasse um vazio inseguro em seu lugar,
Apenas uma escuridão espessa,
Enevoando sua lembrança em meu olhar,

Marcando nossas carícias,
Com fragmentos guardados em minha alma,
Já nem distingo a verdade do que é imaginação,
Pois no que dependesse do meu coração,

Jamais teria optado por rasgar minha alma,
Com a dor da partida que dilacera minha vida,
Como se minha dor me derretesse,
Perdi minhas forças e deixei meu corpo escorrer pela parede,

Ajoelhada soltei um grito mudo,
Tentando exclamar essa dor silenciosa,
Envolvi os braços em meu próprio corpo,
E senti minha alma se aquecer ao te lembrar,

Com a visão embaçada por lágrimas apaixonadas,
Me senti farta da sua dolorosa ausência,
Que preenchia meu redor com o que não estava,
Será que um coração sobrevive apenas de lembranças?

Uma escolha errada e um beijo de despedida,
Foi suficiente para lhe tirar da minha vida,
Mas se aceitasse minhas súplicas,
Mesmo que tardias,

Apenas te lembraria de suas últimas palavras,
Aquelas que ainda pairam vivas sobre este lugar,
As quais falavam de um amor tão antigo,
Sem o qual nem mesmo você resistiria,
Aquelas que me convenceram de que era um anjo caído,

Cujo destino lhe guardou em minha vida,
Feito um presságio de que eu lhe salvaria,
Amor, se viste a tristeza que consome meu olhar
Nestas lágrimas dolorosas,

Sei que gemerias minha dor palpável e brutal,
Que com um simples dar de ombros,
Me separou de você, minha alma gêmea,
Amor, sei que o som da minha voz não lhe chega tardio,

Veja, eu me sinto cair sem parar,
Perdida nesta escuridão solitária e tão densa,
Aquela mesma da qual prometeste me salvar,
Me sinto descer em direção ao nada,

Amor volte apenas para reavivar minhas lembranças,
Que agora sentem-se tão falhas e esvanecidas,
Sei que não houve outro amor em sua vida,
E como vês ainda estou vivendo de lembranças,

Mas entenda minha necessidade de senti-lo mais uma vez,
Seu silêncio está afogando meu amor,
Tenho medo que tenhas conseguido me esquecer,
Mas quando sinto a intensidade de nossos beijos apaixonados,

Me convenço de que nem tudo esta acabado,
Amor, não acho justo ver meu corpo,
Antes tão completo em seus afagos,
Agora vazio e frio,

Preenchendo-se de um choro doloroso e solitário,
Amor, todas as demais coisas caem em escombros,
Apenas nosso amor não conhece o declínio,
Quanto aos nossos sonhos caídos,
Nada nos custa reerguê-los,
Amor se não há outra em meu lugar,
Então posso me convencer de que sentes minha falta?

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Beijo Guardado

Como se o amor tivesse mãos,
Sentiu-se deslizar para o som de seu coração,
Como se lesse o amor em seus olhos,
Com um sorriso iluminando o rosto,

Ele envolveu sua cintura com um abraço,
Enquanto a outra mão lhe afagava a face,
Envolvendo docemente seus lábios em um beijo,
Tão meigo que estremeceu sua pele,

Clamando o amor de seu exílio,
Rompendo seu laço com o inseguro,
Com um golpe a machado de ouro,
Sob o brilho da luz estelar dos seus olhos,

Seus dedos percorriam seu corpo com afagos,
Entregando-se a longos beijos adocicados,
Lhe acordava a alma e puxava para a vida,
Sem promessas de amor,
Ou palavras impensadas,

Pois se fosse para encantar seus ouvidos,
Que fossem com gemidos e suspiros de amor,
Apenas pediu que mantivesse os olhos fechados,
Para que não houvesse óbice em seus beijos,

Feito um sábio apaixonado,
Preferia ser banido pelo amor,
Do que pecar por sua ausência,
Sem se esconder de sua chama,

Que queimava ante a urgência da carícia,
Sentia seu calor ultrapassar a roupa,
Embriagado pela troca de ternura,
Que naquele beijo se rompia,

Tão intenso e glorioso,
Que parecia invadir a alma,
Como se dele dependesse para continuar vivo,
Para atenuar o calor que percorria suas veias,

Um mero escravo sujeito aos seus caprichos,
Que na busca pela plenitude,
Recebe com juros os sonhos apaixonados,
Que sacudidos e esvaziados da miragem,

Se alicerçam no mais seguro e puro amor,
Sabendo que já lhe pertencia,
Com um sorriso ela colocou um dedo nos lábios,
Um minuto após sua ausência,

Pois ali permaneceriam guardados os seus beijos,
Não para simples lembrança,
Mas para garantia de quanto o amor verdadeiro significa,
Mais do que se possa explicar,

Maior que a lentidão das horas,
Muito mais do que suficiente,
Para manter sua boca aquecida,
Revivendo seu beijo até que retorne.

Amor sem Medida

Com o coração batendo acelerado,
E os olhos ofuscados pelo brilho do amor,
Sua voz não conseguia alcançar as palavras
Que derramavam o amor do coração,
Pois antes de repousar em sua boca,
Embargava na garganta tamanha a emoção,

Que feito de intensidade e profundidade,
Iluminava o caminho ao paraíso,
Porém, feito de fragilidade e simplicidade,
Personificava o divino dentro do humano,

Guardando no doce da alma,
O alimento que sacia a vida,
Que no som da voz ou no gosto do beijo,
Consegue restaurar o muro sagrado,

Que se perfaz em um escudo impermeável,
Irradiando do peito para os braços dos apaixonados,
Do coração trono de sentimentos puros,
Onde o mal sente vergonha de se instalar,
Por não encontrar respaldo,
Em um sujeito que se abrigue no véu da honra,

Para os braços por ser símbolo de força,
Por ser meio de materializar o carinho,
Por guardar espaço para expressar ternura,
Onde será coroada a pessoa de seu agrado,

Reconstruindo de sonhos quebrados,
Escondido no entulho de suas feridas,
Um céu infinito de triunfos,
Mesmo que banhado em lágrimas,

Pois se tua dor te fizeste de pedra,
No fogo do amor seu sofrimento eu derreteria,
Para reconstruir seu caminho em safiras,
E na força do meu amor,
Levaria suas lágrimas como prisioneiras para despojo,

Para que antes de tocarem seu rosto,
Recuem enfraquecidas por pertencerem ao infortúnio,
Que em um cruel desengano,
Teimou em colocar-se em seus olhos,

Em uma tentativa inútil de afugentar seu brilho lunar,
Que tão forte quanto a vida reflete a luz solar,
A um afagar das minhas mãos,
Vibrante no pulsar do coração,

Feito uma brecha por onde foge a vida,
Teimosa em refletir sua alma bondosa,
Deixando-me em guarda dia e noite,
Atacado por seu amor de todos os lados,
Armado com toda força do meu bem-querer,
Entregue a este desejo tão intenso

Que alcança o insensato,
Embevecido pelo sublime momento,
Em que possa acariciar-te com uma das mãos,
E com outra simplesmente segurar sua cintura,
Para que sinta o afago que exala, 
Inclusive, do meu coração,

Fazer do seu corpo meu templo,
Meu abrigo contra o desalento,
Um lugar onde eu possa guardar meu sentimento,
Unir nossas almas e nos sentir completos,

Para que assim que chegue o alvorecer,
Este brilho sincero dos seus doces olhos,
Possa contar por onde quer que passe,
Que encontrou o amor verdadeiro,

Aquele cuja intensidade marca a pele,
Aquele que mesmo que lhe entregue por inteiro,
Ainda assim não demonstraria nem metade,
Por ser mais grande que o para sempre,

Aquele no qual eu me sirvo sem medida,
E em confiança se restaura de tal forma,
Que transborda no instante da entrega,
E se agiganta a cada carícia.

A Cobra Rosa

Houve invasão na chácara, De repente, Todos os bichinhos Correram assustados. Masharey subiu na pedra Mais alta, Que há a...