segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

À Espera De Um Encontro

 
Nunca se sabe o quanto de tempo o destino encarrega aos que amam,

Todos pedem e esperam por uma vida inteira, mas isso pode durar apenas segundos,

Afinal quando é que se pode precisar a hora exata de partir para outro lugar?

Sabendo a hora da partida, quando é que se saberá a hora da chegada?

Por mais que se prepare, que busque um resultado diferente,

Nem sempre o resultado alcançado era o que se tinha em mente,

 

Por isso a importância de amar cada segundo,

Se entregar por completo em cada afago,

Sem tempo para distorções, conversas errôneas,

Apresentar vazão ao sentimento para que possa falar,

Abrir a razão da alma para que possa dar-lhe ouvido,

Se abrigar a fuga do sentir é traição para consigo mesmo,

 

Deste modo, imperdoável; quem se apegaria ao medo por receio da falha

Já não estaria falhando de antemão? Existem muitas perdas no caminho,

Para quê, então, decidir percorre-lo sozinho, inerte aos sentimentos?

A fuga nunca seria sua opção, nunca abandonar-se-ia a solidão,

Não enquanto dentro dela pulsasse alto seu coração,

Não enquanto ela tivesse ao seu lado quem merecesse sua atenção,

 

Se tentasse escapar, nunca seria bem-sucedida, o amou à primeira vista,

Como, agora, depois de ter provado a sua boca resistiria as suas carícias?

Poderiam haver perguntas dentro dela, mas não haviam dúvidas,

Há coisas que se clareiam a sua frente mesmo sem que se tenha respostas,

Mesmo que caísse na tentação de enfrentar os três problemas deste caso:

A roupa que usaria, o local em que iriam e como se comportar aos seus olhos,

 

Enquanto não empreitasse na fuga que havia dentro dela,

Não teria o que perder, bastava não procurar pelo que pudesse evitar,

Seus olhos eram vorazes, seu extinto era predador, manteria a distância exata,

Com aproximação suficiente para ir até o ponto que desejasse provar,

Nunca se sabe a importância de manter a cabeça no lugar,

Mesmo quando seu coração grita pela urgência de ser amado e amar,

 

Ela procurava a segurança de um ombro amigo, com os olhos abertos,

O abraço dele seria o bastante para abriga-la com o carinho necessário,

Algum tempo antes, quando se sentiu frágil e pediu sua proteção,

Ele soube como abriga-la junto aos carinhos do seu coração,

Quando ele precisasse de ajuda, ela retornaria o favor,

Nada mais que isso, não hesitaria em se colocar ao seu dispor,

 

Os afagos viriam com o tempo, na hora exata,

Eles saberiam como precisar este momento,

Mas, sempre que se encontrava abrigada ao seu olhar,

Ela se sentia estranhamente sólida, segura como nunca sonharia,

Sua mente a deixava zonza, não havia como evitar o que sentia,

Depois de reconhecer o amor, não há como voltar atrás,

 

Quando saíram a primeira vez juntos, ela desejou seu beijo,

Mas nada aconteceu, o silêncio foi quebrado por suas falas,

Conversas desenrolaram as horas por um instante mágico,

O qual ela guardava na lembrança com carinho e desejava repeti-lo,

Não houveram aquelas carícias para que fossem impedidas,

Nada que a prendesse ou os obrigasse a ir além do que queriam,

 

Nada a deixou tremula sem saber como reagir depois,

Nem a fez acordar com dor de cabeça arrependida do que fez,

Muito menos inquieta ante a tentativa de lembrar-se da noite anterior,

Tudo estava claro em sua alma como o brilho dos seus olhos lindos,

Sem pairar sombra de dúvida para ferir ou aprisiona-los ao inseguro,

Se havia algum vazio entre eles, estava sendo contido pelo diálogo,

 

Ela mantinha as lembranças seguras dentro de si mesma,

Nada faria com que as perdesse ou iriam reduzi-las,

Mas agora, que se olhava no espelho curvilínea e segura,

Desejou repetir a noite, sua alma estava com ela,

Porém, o coração já havia se colocado do lado de fora,

Estava a procura-lo, sem chances para fuga de si própria,

 

O vestido que usava era de caimento perfeito,

Ela o ligaria, marcaria um encontro, ele aceitaria,

Assim esperava, optara por usar um salto baixo,

Desejava que ele a visse baixinha e assim a carregasse em seus braços,

Na sua frente não sentia toda a segurança de agora,

Então, precisaria ser minuciosa para que ele a conduzisse,

 

Gostava da forma como ele direcionava as coisas,

Adorava o jeito como ele a admirava e parecia saber sobre ela,

Acreditava que ele entenderia o olhar dela e reagiria, a seu modo,

O que ele fizesse seria o bastante porque sempre foi,

Obviamente, ele estava longe demais para que ela batesse na sua porta,

Então, o ligaria, queria que ele viesse até ela, será que ele entenderia?

 

Bem, o fato de vir, é certo que entenderia, mas sobre os detalhes,

Será que ele perceberia? A timidez que se acentuava sobre a pele,

Gritava outra coisa, pedia por seu toque, ele iria negar?

Então, suas dúvidas estavam respondidas, ele merecia a confiança dela,

Talvez, este fosse um caminho que ele não desejava pegar,

Porém, nada atrapalharia ela de ter uma noite divertida para contar.

Amor de Uma Vida

Podiam se apaixonar à primeira vista,

Com direito a tão sonhada prisão domiciliar,

De condenar-se a ficar no abraço de quem se ama,

Sem tempo para acabar, prisão perpetua, para a vida toda,

Mas, este amor mesmo sendo tão especial para ela,

Talvez não durasse até o sol chegar, afinal,

 

Estavam acabando de se conhecer, ainda,

Sobre ele, ela não sabia nada, nem ao menos se a queria,

Consciente de que querer era pouco para tudo o que sentia,

Ela entregara-se ao beijo, as carícias do momento, silenciosa,

Nada escapara dos seus lábios, exceto os gemidos incontidos,

Os quais, ela fez questão que marcassem sua alma,

 

Para que quando se afastassem algo ainda a pudesse lembrar,

Por isso, se entregou da melhor forma que podia,

Morrer em vida era triste, então, por que não amar sem medida?

Procurava algo em que acreditar e se agarrava nisso,

Não acreditava estar errada por permitir ao amor guiar seu caminho,

Ela desejava deixar para trás os problemas de outrora,

 

Entregar-se tão profundamente ao beijo até esquecer de tudo,

Por que só vive intensamente quem ama por completo,

Disso ela entendia bem, então desejou ganhar dele ao menos a lembrança,

Marcar suas carícias em sua alma, com direito a nunca ser esquecida,

O que mais pode querer uma mulher quando se entrega a outra pessoa?

Para ela, os dois tinham a mesma ideia em mente, então se arriscaria...

 

Ela murmurava carícias em seus ouvidos e ele retribuía em seu corpo,

Ela roçava os dedos por cada detalhe dele, registrando-o em sua alma,

Uma entrega sedenta de quem ama e urge por ser correspondido,

Eles entreolhavam-se em meio aos carinhos e se compreendiam,

Era como se uma música fosse escrita por seus afagos,

E assinada dentro dos seus corações, em um lugar onde não pudesse ser tirada,

 

Situação esta, que nunca poderia ser negado o direito de ser lembrada,

Cuja qual chega sem avisar e se demora pelo tempo que queira ficar,

Sem que se possa afugentar, nos pega pela mão e conduz até outrora,

Mesmo que se queria guardá-la lá no fundo da memória,

Mesmo que se deseje fugir dela, esquecê-la, ela sempre retorna,

Chega se disfarçando de uma coisa ou outra, mas ela sabe o que deseja,

 

Sem regalias, sem meios que se possa evitar, quando o amor chama,

Ele vem buscar e não há quem resista, era apenas isso que ela queria,

Ser mais que uma noite nos braços de quem decidira amar,

Apesar daquele encontro ter sido inesperado, do tipo casual,

Ela apostava todas as suas fichas naquele rapaz,

Carícias propostas de modo a tocá-lo da forma mais profunda,

 

Beijos que confirmariam o encontro no dia seguinte,

Cada vez que ele olhasse para o próprio corpo, sentiria seu calor,

Ela apostava nisso, não se entregaria dessa forma para apenas uma noite,

Ele merecia sua entrega, ela podia sentir isso em seus olhos,

Seus sentidos guiavam as carícias quebrando o silêncio de suas almas,

Não houve relutância entre os dois, havia apenas a entrega...

 

Sem precisarem se acudir em bebidas para camuflar os afagos,

É certo que, também, não houvera tantos gestos românticos,

Mas o que estava havendo dentro deles dois bastaria para mantê-los,

Amavam-se de uma forma tão profunda que a sensação se prolongaria,

Por dias, semanas o que fosse, mas ao final, ela sabia: ele o procuraria,

Talvez se afastar por um tempo fosse importante para ele, ela entenderia,

 

Amar para uma vida inteira era uma decisão impetuosa,

A qual ela pagava o preço, não se esquivaria, mas quanto a ele, não sabia,

Seus corações batiam acelerados um nos braços do outro,

Em um ritmo sem precisão sobre o que estar fazendo,

Onde você apenas sente e liberta-se conforme o desejo ordene,

Não que se possa resistir ao amor, nada disso, mas o sente-se,

 

E mesmo que se recuse a se viver um relacionamento sério,

O tempo se encarrega de ditar o que fica e o que nunca deveria ter chegado,

O amor não desaparecia simplesmente porque era indesejado,

Ao contrário, não importa o quanto se queira fugir, ainda restam as lembranças,

Quem poderia apaga-las de dentro da própria alma?

Seria uma decisão imprecisa, melhor então, nunca ter se arriscado,

 

Com o coração carente de razão não há em que amparar a fuga,

Mesmo que sua atitude se apresentasse falha ao seu olhar,

Ela não iria desistir, assim fazem os que amam de verdade,

Ela aprendera isso, desde o primeiro instante em que o viu,

Apesar do seu coração ter se colocado em guarda,

Já não havia o que perder, só havia o que ganhar e tudo o que queria,

 

Agora, estava abraçando-a entregue as suas carícias,

Desnudo de erros, segredos, passado ou o que fosse,

Ali, entre aquelas quatro paredes, haviam apenas os dois amantes,

E nada mais que isso, seria o suficiente para mantê-los unidos,

Então, quando ele estivesse distante e a saudade o procurasse,

Ele lembraria dela, com certeza, não iria esquecê-la...

 

"Mas não fique bravo se eu não telefonar", ela parecia ouvir isso de sua boca,

Estremecera, tremula, sôfrega, ele parecera compreende-la,

Abraçando-a mais ainda, ela sentira medo de falar, não pela pergunta,

Pois era de todo sensata, mas temia pela resposta que ouviria,

Sentia-se fraca para enfrentar de quem estava amando a voz da indiferença,

Mesmo que apenas em palavras, isso iria feri-la sobremaneira,

 

Ela não resistiria, sabia disso em cada carícia na qual se entregava...

Como ninguém consegue ficar acordado por uma noite inteira,

Certa hora da madrugada, ela dormira, como seria o esperado,

A certa hora da manhã fora acordada com um beijo molhado,

Ele havia tocado a sua testa de leve, com carinho para não assustar,

Antes que ela o abraçasse e pudesse dizer algo romântico,

 

Ou qualquer outra coisa que lhe viesse à cabeça,

Ele se posicionou, ficando ereto, em suas mãos estava um buque de rosas,

Elas eram vermelhas, como o efeito deixado pelos beijos em sua boca,

Eram recém colhidas, como se desejassem marcar àquela hora,

Continham pingos de sereno, por terem contemplado a madrugada,

Eram, ao todo, seis lindas rosas, como o exato tempo em que haviam se conhecido...

domingo, 31 de janeiro de 2021

Sabor do Beijo

 


Inveterado no fundo do meu peito apaixonado,

Arraigado dentro de tudo que sinto,

Seu beijo ficou no doce dos meus lábios,

O calor do seu abraço no espaço entre os meus braços,

Grande parte de tudo que vivi antes de conhece-lo,

Pode ser descrito como sentimento passageiro,

 

Algo que nunca me passou pela cabeça definir como amor,

Mas, no entanto, aquele dia em que eu estava do outro lado da rua,

E, não por acaso, meu olhar cruzou com o seu,

Fez com que todo o passado perdesse o sentido,

Desencadeou em mim, o desejo de planejar um futuro a dois,

Algo antes nunca imaginado, algumas vezes sonhado,

 

Mas coisa passageira, que nunca permiti ter vazão,

Meu pulsar ficou intenso, não consegui controlar o coração,

Parti ao seu encontro, atravessando a rua, por entre os carros,

Percorri a faixa de pedestre, esperei-o na esquina,

Foi naquele lugar casual que tudo aconteceu,

Incluindo o beijo que jamais seria esquecido,

O abraço e tudo mais de que falo com tanto sentimento,

 

Percebi que todos os meus objetivos ganharam uma lacuna,

Pareceram vazios e incertos sem tê-lo como testemunha,

Sua cumplicidade em conquistar os sonhos já alcançados,

Porque foi isso que vi brilhar no azul dos seus olhos,

Foi o que senti mesmo antes de chegar perto,

 

Detestava ficar inerte as coisas que aconteciam ao meu redor,

Mas naquele momento mesmo abraçada a audácia,

Senti que a tarde de 15 de janeiro de 2009 seria misteriosa,

Com aquele quê de incerteza ao qual eu me recusava,

Aquele mesmo que eu procurei afastar-me a vida inteira,

Nunca tive o que reclamar com relação ao meu destino,

 

Sempre me pareceu o melhor, o mais convidativo,

Claro que sempre me esforcei para tanto,

Mas, no instante em que nos afastamos um do outro,

Pouco antes de eu abrir meus olhos para olha-lo,

Ao final do beijo, quando estava abrigada em seu abraço,

Antes ainda de ele erguer a cabeça, ficando ereto,

 

Percebi que tudo ganharia um novo sentido,

Que as coisas que eu havia vivido até aquele segundo,

Já não tinham a consistência de outrora,

Não havia margens para erro, ou para oferecer resistência,

Amava-o, desde antes de conhece-lo,

E o amaria por toda a vida, não havia como negar isso,

 

Era como se o beijo tivesse criado um laço entre nós,

Com uma espécie de dependência, da qual não poderia me soltar

E sair ilesa, sendo de conhecimento geral que

Ter o coração partido pelo amor não é um final a se desejar para si mesma,

Eu não tive outra saída, ainda abraçados naquela esquina,

Poderíamos nos agarrar a mil expectativas,

 

Mas nada nos pareceu tão belo quanto nos agarrar um ao outro,

A aquele sentimento que nos aquecia por inteiro,

Nos afastava de todo o resto, em destinos cruzados,

- Eu te amo, consegui sussurrar sôfrega pela emoção do beijo,

Ele apenas sorriu, me senti tremula, de pernas bambas,

 

O abracei ainda mais, desejava-o como nunca desejei outro,

Amei-o, mesmo antes de formar em mim a palavra amor,

Ou qualquer vestígio de sentimento, antes de vê-lo, amei-o,

Então, ergui a cabeça decidida sobre o que sentia,

E o confrontei com o olhar erguendo uma sobrancelha...

 

Mesmo agora, anos após tudo ter acontecido,

Ainda recordo de cada momento, cada palavra da sua boca,

Sua fala macia, a urgência que sentíamos em nossos corpos,

Lembro que, naquela hora o obscuro pareceu se clarear,

Minha razão dizia: pense um pouco, meu coração se recusava,

Lembro ainda, de ele se abaixar até tocar, de novo, os meus lábios,

Senti uma espécie de alivio imediato, sentia medo de perde-lo,

Disfarcei e beijei-o até alcançar o seu ouvido,

 

Com um sussurro repeti apaixonada: eu te amo,

Ele era o homem mais encantador que alguém poderia desejar,

Eu não me arriscaria a perder a oportunidade de ser sua,

A única em sua vida, aquela que o amaria para sempre,

Mesmo hoje, não consigo expressar com precisão os detalhes,

Embora, cada instante tenha valido a pena,

 

Em abril de 2012 eu entrava vestida de branco na igreja,

Deixava toda a incerteza de outrora para trás,

Acolhida em cada sonho, em cada fantasia inventada,

Pois, agora tudo estava posto a minha frente a me esperar,

Meu futuro, meus sonhos, minha família, meu marido,

O grande amor que nem ousei sonhar me aguardava,

 

Seria meu, para sempre, em minha boca, eu ainda guardava o gosto,

Daquele beijo ganhado a muitos anos atrás,

A marca dele ressoava sob meu batom vermelho,

A minha frente, alto e decidido, estava o homem que conheci outrora.

Ainda No Mesmo Lugar

 

Nunca vou me esquecer a dificuldade que senti,

Ao tocar seus lábios de leve, logo onde fica o seu sorriso,

Não desejei apaga-lo, por nenhum momento,

Por isso apenas rocei meus lábios de um jeito singelo,

Me afastei um pouco para ver sua reação,

Sem precisar me distanciar tanto pude sentir sua emoção,

 

Através da palma da minha mão que tocava o seu rosto,

A emoção sublime antes contida, tomava-me pelo braço,

Eu, mulher forte como me considerava ser,

Me vi trêmula, incapaz de conter meus carinhos,

Fosse uma pedra de gelo, naquela hora iria derreter,

Tão caloroso foi o carinho que senti naquele segundo,

 

Não precisei mais que isso, um segundo apenas ao seu lado,

Para fazer um instante tomar a proporção do eterno,

Não que eu fosse tão boa naquilo, confesso que me vi vacilar,

Quando a emoção é muito intensa, por mais que sejamos conduzidos,

Sempre há um algo que nos deixa a desejar,

Uma fagulha escondida em algum lugar prestes a explodir dentro de nós,

 

Senti medo, pensei que depois de desperta não poderia controlar,

Que tola eu fui em aceitar ser conduzida pelo coração,

Contudo, sentir medo por não reconhecer minha própria emoção,

É difícil sobremaneira encontrar o grande amor da sua vida,

Por mais que se desprenda em esforços, algo cala a fala,

Rouba os gestos, de repente me vi parada diante dele, embasbacada,

 

Inerte, sem saber que passo deveria tomar para me aproximar,

Mas se aquele beijo singelo não foi um toque do paraíso,

Foi a própria chegada nele com direito a estadia eterna,

Um sonho que se consuma no calor de um afago,

Um desejo que escapa de si mesma e vai para outro lugar,

Mesmo estando de olhos fechados, eu sabia,

 

Nele estaria a chave para tudo que eu sempre desejei,

Mesmo tendo sido curto o tempo em seu afago,

Aquele que, pouco antes do selinho ter acontecido,

Fez com que ele tocasse em meu braço com carinho,

E o trouxesse para perto da sua face,

Me fazendo ceder a vontade que me assaltava,

Acariciei-o da melhor forma que pude fazer,

 

Depois disso, me aproximei e toquei seus lábios,

O fato de eu, aqui, tê-lo definido através do verbo amor,

Não foi ao acaso, apenas traduz o que vi em seus olhos,

O que provei nele e é isso que o manterá comigo,

Pelo tempo que for necessário, pelo tempo do eterno,

Um detalhe que será impossível ignorar;

 

Ele demonstrou me amar da mesma forma,

Um sentimento como este não é possível calar,

Mesmo na ausência da voz, ou na falha dos gestos,

Ele se mostra, mesmo sendo algo difícil de explicar,

Quando nos toca, o amor nos move de maneira desregrada,

Encaminha cada passo, com uma lealdade irrestrita,

 

Nem mesmo a distância do tempo pode apagar,

Quando se ama se está sempre perto,

Em um eterno repetir do momento na alma,

De uma forma que nunca cansa-se de revive-lo,

Feito o relógio que todos os dias bate na mesma hora,

Eu fico a repetir este momento dentro de mim,

 

Eu estava apressada iria perder a hora para um compromisso,

Não tive tempo de pegar seu telefone,

Apesar do nome dele ser bonito não me disse muito,

Esqueci, na urgência do momento, de passar meu número,

Perdemos contato um com o outro,

Mas em nenhum instante, após isso, ele saiu do meu pensamento,

 

Espero em cada segundo revivido que ele também sinta o mesmo,

Independentemente do que possa ter havido,

Fazendo com que ele nunca mais usasse o mesmo trajeto,

Eu ainda me pego a espera-lo, no mesmo horário,

Amo-o muito, como poderia ficar calada a tudo que vivemos,

Teria sido tão singelo para ele, fazendo com que me esquecesse,

 

Seria tão vil assim o calor que ele colocou em sua voz

Quando se aproximou de mim, e conversamos um pouco,

Levando-o a me tocar com um carinho tão terno?

Fosse como fosse eu me recusava a acreditar nisso,

Confesso, me sentir mal com tudo isso,

Nem ao menos pedi se ele morava ali perto,

 

Mas não me permitiria esquecê-lo, ele merecia meu amor,

Cada instante em que seu beijo toma meu pensamento,

Cada vez que pareço ver seu rosto nas pessoas na rua,

Cada segundo em que o procuro por cada lugar que passo.


sábado, 30 de janeiro de 2021

Uma Decisão (In)certa?

 

Ela o recordaria por uma vida inteira, não seria possível menos,

O ponteiro do relógio havia quebrado na exata hora em que ele foi embora,

Ela decidiu nunca concertar, deixaria gravado nas areias do tempo,

Apesar do esforço para fingir indiferença, ela sentia que ele ainda a amava,

Mas o fim havia chegado, seus carinhos descompassados desataram os laços,

Seus beijos sôfregos soltaram as amarras que os mantinham juntos,

 

Embora ela recordasse muito mais dos momentos felizes vividos,

Ela ainda poderia recordar da facilidade que ele tinha para chorar,

Um homem de uma sensibilidade ímpar, porém, distante um pouco,

Ela ainda podia lembrar com um sorriso de canto da boca,

De cada vez em que o mandava embora da sua vida,

Alegando ter acabado o amor, ser pouco o que sentiam para mantê-los juntos,

Sozinha, em silêncio, ela ainda era capaz de escutar seus soluços,

 

Não tão exagerado quanto uma criança fazendo escândalo,

Nada tão silencioso que pudesse ser ignorado com desdém,

Ela sente uma lágrima a molhar seu sorriso enquanto recorda,

Era um soluço profundo que parecia vir de dentro dele,

Mas que nada, agora ele estava longe demais dela,

E ela acreditava que nada o traria de volta,

Foi este o fim que escolheram juntos,

 

Seu primeiro ímpeto ao vê-lo partir foi saltar para o alto,

Como se tivesse dado um passo rumo ao infinito,

Feliz, acreditou poder tocar as estrelas, sem limites,

Sua segunda reação, foi repensar cada atitude...

Havia colocado tantos sonhos naquela relação,

Sentia tanta pressão sobre si mesma quanto a sua emoção,

 

Em terceiro momento, agarrou-se as lembranças do passado, quando,

Parecia que percorrer um caminho sozinha, era mais intimidador,

Estaria exposta a mais riscos provenientes da rua,

Riscos, dos quais, ele poderia, caso quisesse, protege-la,

Seria então uma relação por conveniência, em que cada um cede um pouco?

Mas ele não parecia disposto a isso, talvez se sentisse inseguro a respeito,

Seu futuro aparecia diante dos seus olhos com detalhes definidos,

Iria desistir de tudo pelo que tanto acreditou em razão de sonhos?

 

Quem em idade adulta ainda ousava acreditar nessa bobagem: os sonhos?

As pessoas se conheciam, ou nem isso, casavam-se e tinham seus filhos,

Pronto, eram assim todos os casamentos, se haveria separação ou não,

Isso dependeria de cada casal, não era? Por que ela teria que se diferenciar?

Ela tinha objetivos, os quais, desejava alcançar em seu coração,

O restante poderia deixar para depois, quem se recordaria de tal fato?

 

Em uma noite úmida, quanto tocou em seus lábios pela primeira vez,

Achou sensato conhece-lo mais um pouco, a cor dos seus olhos era azul,

Alguém o definiu assim certa vez, ela não quis discutir, que assim o fosse,

Não foi um encontro às escondidas mas nem tanto ao clarear do dia,

Seus carinhos nunca haviam pertencido a ninguém, não fazia sentido aquilo,

Sentia-se como uma arma engatilhada, que negava-se a quietude de uma sala vazia,

 

Candidatos a Romeu não faltariam, porém, um pior que o outro,

Ela, nestas histórias nunca desejou ser a julieta, quem aceitaria?

Ser a impassível, trancada em sua redoma enquanto tudo acontecia ao seu redor,

Não seria a atitude mais plausível principalmente no que tange ao final da história,

Ela conhecia estas e outras, muito bem, faria o que fosse possível,

Não mais que o suficiente, ele também não lhe cobraria muito...

 

Naquela noite, ela percorreu-a insone, com lágrimas a molhar o travesseiro,

Sentia-se excluída, ao avesso de tudo o que acontecia ao seu entorno,

Era como se tivesse um revolver engatilhado entre os seus dedos,

Um passo em falso e atiraria, não queria a chance de errar o alvo,

O beijo não passou de um roçar de lábios, nada profundo,

Sem direito a carícias, nada muito invasivo, demonstrou controle,

O preço por buscar o que acreditava não parecera alto naquele instante,

Tudo em seu caminho parecia encaminha-la para aquele destino,

 

As dúvidas que a tiravam dos seus sonhos, estavam a afaga-las,

Que passo seria o correto para seguir ao destino escolhido?

Decidiu sorver suas esperanças em um trago de cerveja,

Não convidou seus objetivos para entrarem no quarto,

Deixou-os do lado de fora, queria ficar absorta, tranquila,

Não desejava nada que pudesse pressiona-la, não naquela hora,

Tudo o mais poderia esperar até o amanhecer do dia seguinte,

Essa decisão não duraria muito, teria que escolher...

 

Decidiu por concordar, meio que a contragosto,

Tudo estava ao avesso, indefinido mesmo,

As pessoas encaminhavam-se todas naquela direção,

Seria a mais acertada parecia lhe direcionar a razão,

Sem sentença de culpa ou de improcedência da ação,

Simplesmente seguir com a coerência da emoção,

 

Estava prestes a tomar uma atitude importante,

Teria que ser coerente, pensar em um futuro distante,

Se estava a se negar aos seus sonhos, apegar-se-ia aos objetivos,

Nada seria fácil, mas ela era boa em planejamento,

Se algo saísse dos trilhos ela desistiria na mesma hora,

Se aquilo não era a melhor saída, estava bem próxima disso,

O único detalhe que decidira ignorar e que a pressionava era...

 

Ela não sentia que o amava, não como sonhou amar um dia,

Então, namorar tremulava ante a sua segurança,

Fazendo a caminhar com as pernas bambas, incertas,

Ele soube disso, em cada momento, mas manteve-se calado,

Pelo menos pelo tempo que julgou necessário,

Nem tudo na vida baseava-se unicamente no amor,

Fosse dessa forma que casamento resistiria aos anos?

 

O amor poderia colocar o primeiro pilar,

Porém, ao final a maioria os resumia em amizade,

É como aquele rapaz bonito que chama o olhar,

Mas ao chegar perto é vazio, não tem nada a acrescentar,

Fosse o amor o convite, ela sabia que não havia chegado a hora certa,

Não o sendo, poderia dar andamento aos seus planos,

 

Ainda hoje, ela se pega a pensar por que sua relação não deu certo,

É certo que ter ignorado a ausência do pilar principal,

Tendo colocado um falso no lugar nunca teve influência no caso,

Mas ela estava certa, havia encontrado um caminho, agora o seguiria...

Um Homem Pensativo


Ele prometeu que a amaria por uma vida inteira,

Que tudo que ele fez a partir do instante em que a conheceu

Foi para protege-la, porque a amava sobremaneira,

Contudo, também é verdade que se ele tivesse passado por aquela rua,

Dobrando a esquina logo após o mercadinho do bairro,

O número ele não guarda na memória, ela se recusa a tocar no assunto,

 

Mas o nome do lugar ele ainda recorda com grande clareza,

Bem, conforme dizia, tivesse cruzado naquele lugar três minutos adiantado,

Da tardinha que caía as cinco horas daquele dia fatídico,

Teria atravessado muito antes por seu destino, por consequência,

Teriam se conhecido a muito tempo antes, embora pareça tolo,

Isso faz um enorme sentido sempre a toma em seus braços,

E sente medo de perde-la para um futuro desconhecido,

 

A cada vez que a toca ele sente que cada segundo é precioso,

Ela sofreu muito distante dele, ele podia ver a marca em seus olhos,

Marcas que se mostram evidentes em cada instante em que ela vira o rosto,

Procura fugir de certos assuntos, não porque quisesse esconder algo,

Mas simplesmente, para evitar tocar em feridas que ainda não cicatrizaram,

Ele havia tentado diversas vezes mexer em seu passado,

 

E descobrir o que a havia ferido tanto e ela esforçava-se para afastá-lo,

Bem, por mais que procurasse nunca conseguiu descobrir ao certo,

As histórias com o tempo ganham nova roupagem,

Vão perdendo a veracidade conforme passam de boca em boca,

Mesmo ela, parecia avessa a tudo que ocorreu, arredia de pensar no assunto,

Em seu instinto protetivo ele só queria protege-la,

 

Abriga-la em seu abraço sem sombras a se projetarem em seus futuros,

Sem nada que possa atrapalhar a vida que viveriam a seguir,

Ele via o quanto ela se esforçava, sentia seu amor aumentar,

Mas, seu coração recusava-se a aceitar as marcas em seu olhar sem dizer nada,

E, amando-a tanto quanto a ama, como se recusaria a ouvir sua fala?

Cada palavra que ela não dizia, seu coração ouvia em cada vez que a afagava,

 

Haveria alguma forma de resistir a isso e tornar-se impassível diante de quem mais amava?

Ele a escolheu entre tantas outras para viver com ele por toda a vida,

Poderia ter escolhido qualquer outra, mas ela era única, perfeita na medida exata,

O curso de onde tirou a primeira pá de terra agora estava submerso em asfalto,

O chão negro tomou conta do seu passado, ele parecia estar procurando em vão,

Haviam tantas hipóteses a se cogitar, mas a melhor delas era protege-la,

 

Da forma que lhe fosse possível, não poderia ir muito além disso,

É certo que haviam muitas coisas sobrepostas a ela, que a afugentaram,

Até que ela decidiu se esconder e calar-se mesmo com quem tanto a ama,

Ele sentia medo de pressiona-la, não queria forçar uma situação constrangedora,

Esforçava-se para falar do passado, encontrar uma luz que a desvendasse,

Não que ela já não fosse sua o suficiente, mas queria uma luz para as suas ideias,

 

Queria afastar aquela sombra de uma lágrima que ela insistia em esconder,

Ela era esbelta, morena, cabelos escuros, segura de si mesma, mas de voz vacilante,

O sentimento de proteção entre os dois era recíproco, mas ele era forte o bastante,

Fosse o que fosse não deixaria que nada pudesse afasta-los um do outro,

Aquele que a tivesse ferido, em reflexo feriu a ele, não havia como deixar quieto,

Ferimentos contra uma mulher nunca devem ser abandonados as lacunas do esquecimento,

 

Muito menos quando esta pessoa se tratar da sua esposa, a qual tanto ama,

Ele não tinha o que reclamar dela, ela era prestativa, mas tinha um pingo de impaciência,

Como se algo a ferisse por dentro, como se este algo quisesse sair dela,

Mas sua voz fosse frágil demais para falar sobre isso, e ele queria ouvi-la,

Queria muito, desejava do fundo do coração que ela entendesse o assunto,

Descrever quem se ama é demasiado difícil sempre se corre o risco da imprecisão,

 

Mas, seria pedir muito ele se esforçar para construir um futuro melhor para os dois?

Seu coração dizia a ele que não era, e o mandava lutar por isso com toda a emoção,

Ele apostava um jogo alto que ela o compreenderia, por que não iria compreender?

Investigar o passado de uma pessoa embora pareça intimidador, neste caso não era,

Ela sofria diante dos olhos dele, como ele iria negar-se a este ponto da questão?

Amar para possuir apenas o que é bom, é ótimo, até ver a pessoa esvaziar-se

 

E não restar mais nada dela, apenas um vazio a consumi-la, ele não iria aceitar isso,

A amava com toda a alma, por que daria ao destino a oportunidade de separa-los,

Podendo ele, tomar as atitudes acertadas para proteger o amor que tanto prezava?

Ele encontrou o sabor do amor em seus lábios iria traga-la até perdê-la?

Embora ele também tivesse os seus segredos,

Havia chegado a hora de colocar as cartas na mesa,

 

Amavam-se um ao outro, não pairava dúvidas no ar quanto a isso,

Se algo pesava sobre eles parecendo desmotivador ou tristonho,

Seriam apenas os segredos, os traumas, coisa que ambos poderiam afastar,

Antes quebrar os segredos do que a cara ao tentar enganar,

Antes conhecer e afastar os traumas do que verem-se negarem as carícias,

Como acontecia em tantos casamentos, tendo como desculpa o tempo,

Ele não queria desculpas, então não aceitaria esse perder-se um do outro...

 

Existe a mulher da sua vida e a que foi escolhida para sê-la,

E ela era os dois, ele via isso em cada uma das suas carícias,

Era de se concordar que ele não era o homem mais forte do mundo,

Mas era inegável o quanto teria forças mais que suficientes para protege-la,

Não abriria espaço para o inseguro, de forma alguma,

Não queria vê-la escapar por entre seus abraços indo para onde não pudesse toca-la.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Encontro do Destino

 

Veja se não existe uma espécie de conexão

Entre o que se deseja e o que se faz,

Ele estava absorto em tudo que sentia em seu coração,

Ela seguia seus passos a acreditar que não haviam coincidências,

Que para tudo que se colocava em seu destino havia uma motivação,

Uma razão que a guiava a fazer tudo da forma como fazia,

 

Embora em seu caminho nem sempre houvesse alegria,

Ela sempre se recusou a viver uma vida de aparências,

Perambular pelas ruas a esmo sem medir as consequências,

Essa estranha força que forjava seus caminhos rua afora,

Um dia proporcionou um encontro entre os seus olhares,

Mesmo de longe daria para perceber que ele não era o tipo superável,

Aquele em que você cruza sem se deter, ao menos por um instante,

 

Ocorre que este instante, negou-se ao esquecimento,

Colocando uma vírgula naquele caminho que agora via-se incerto,

Colocou uma esquina ao final da rua, fazendo-se uma estrada desconhecida,

Mas alguém teria que percorre-la, seria melhor que não fosse sozinha,

Disse ela, assim que o viu, embora quisesse fingir indiferença,

A poucos passos um do outro, seu coração os entregou,

Sem conter os suspiros de urgência, o amor brilhou em seus rostos,

 

Era como se ela não fosse mais dona de si mesma, de si mera coadjuvante,

A incerteza tomou as rédeas das suas ideias, a fez parar por um instante,

Colocando em dúvida tudo em que acreditava até aquela hora,

Fazendo com que ela olhasse para dentro de si mesma,

E sentisse um vazio crescente que implorava para ser ouvido,

Os braços dele a detiveram, ela parecia caber exata em seu abraço,

 

Parecia que lá, ela estaria completa, como se fossem feitos um para o outro,

Um segundo apenas em seu caminho, e tudo mudou por completo,

Houve um sequestro em seus sonhos antes mantidos em cárcere privado,

Agora estavam refletidos nos olhos daquele rapaz e a pena para isso?

Amor, com um toque de urgência no cumprimento da sentença,

A pena seria em regime fechado, abrigada em seu abraço protetor,

O tempo da pena, nada menos que uma vida inteira,

 

Ela quis manter em segredo os seus desejos relacionados a ele,

Mas seus pensamentos pareciam estar refletidos naqueles olhos verdes,

Enquanto o destino parecia conduzi-los para longe,

Ambos pararam olhando-se frente a frente,

Seria assim tão fácil de se reconhecer o amor verdadeiro?

Neste sentido, haveria, talvez a possibilidade do amor falso?

 

Se houvesse esta questão, ela não estaria abrigada nele, não naqueles olhos,

Não naquele coração, não naquele homem, não naquele rosto bonito,

Por simplesmente ter se colocado em seu caminho,

E a olhado daquela forma tão profunda e acolhedora,

Ele havia violado os termos de ser considerado mero transeunte,

Quanto a pena, ele parecia ter tomado conhecimento de antemão,

 

Ela se esforçaria para que isso gerasse... condena?

Então, é assim que se chama amar por uma vida inteira?

Por mais que tivesse pouco conhecimento quanto a ideia,

Não pareceu ser isso o que viu no fundo do seu olhar,

Embora ela fosse ingênua quanto aos caminhos do amor,

Ela se arriscaria a percorre-lo, tendo ele por destino certo,

 

Queria encontrar uma maneira de conhece-lo sem se expor,

De repente, sentiu medo pelo sentimento que a tomava pela mão,

E a conduzia para ele como se estivesse cego o seu coração,

Não que estivesse carente de razão, apenas sentia uma urgência desconhecida,

Sem possibilidade de fiança, uma espécie de sentença antecipada,

Seu olhar fazia com que se sentisse segura, amada de uma forma desconhecida,

 

Parecia abandonar tudo o mais que tinha vivido ao vazio,

Como se suas mãos fossem capazes de apagar seus erros com carinhos,

Como se o abraço dele fosse uma cela sem regalia,

Ela desejava-o com toda a sua alma, por toda a sua vida,

Naquele instante ela quis olhar para trás e apagar tudo o que viveu,

Mas percebeu que o seu caminho era igual ao que ele percorreu,

E isso era bom, agora, estariam perfeitos um para o outro,

Pois, viver em amor nunca poderia ser considerado uma sentença e ele parecia entender isso.

Eu Sou Uma Danada

Sem o troféu “A melhor” Nem a miss mundo, Ou a garota modinha, Simplesmente, Datada “a perfeita” Intitulada “A grande g...