terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Dezembro mês de orquídeas

Chegou o mês de dezembro,
Final de ano,
Época escolhida
Para trocar presentes.

Mas, na casa de Bruce foi diferente,
Todos reunidos,
A mamãe e papai
Propuseram
Cada um escolher uma flor,
Espécie e cor.

Após aquisição das flores,
Pitel, Masharey, Bruce Wayne,
Wolverine, PrinssosRah,
Namadinha, Namaduna,
Vasinho, Pintinha, Efruziva,
Hartman e as crianças,
Papai e mamãe,
Juntaram todas no chão,
E cada um escolheu
Um cantinho do quintal.

Escolhido o cantinho,
Cada um escolheu como
Organizar e enfeitar,
Feito isto,
Foi acrescentada a flor,
Assim, todos tiveram o seu cantinho
E a casa dia e hora do mês
Reuniam-se num dos cantos
Para brincar e tomar suco.

Agora, as flores fizeram brotos,
Se multiplicaram
E onde uma floresciam,
Inúmeras florescem,
Com isto,
Eles trocam as mudas entre si,
E vão enfeitando
Ainda mais seu lugarzinho.

Todas as flores foram plantadas
Ou no tronco da árvore,
Ou num vaso
Que pudesse sem pendurado na árvore.
Neste mês de dezembro de 2024
Eles decidiram pendurar redes
E balanços,
E a diversão a cada ano fica maior!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

A Poça de Lama

Choveu forte,
Chuva limpa e fria,
Em torrentes de agua,
Nenhum vento pra assustar,
Nem ao menos raios ou trovões,
Apenas a chuva
Que caia do céu
Feito pedra,
Tamanha gota de água,
Enorme,
Parecia nem correr na terra,
Entrava direto saciar a sede
Que o sol causou na terra árida.

As plantas pareciam dançar sob a chuva,
As folhas balançavam,
O verde se tornou intenso,
Os frutos quase maturaram,
As flores se abriram receber as gotas.

Por vezes, as gotas se assemelhavam
A fios de água,
Desciam sem parar,
Até começaram a deslizar sobre a terra,
Correr sobre a grama,
A chuva dançava no telhado de zinco
Da casa de madeira de Bruce Wayne,
Fazendo uma espécie de música convidativa.

Os patinhos, não tardaram,
E foram brincar na chuva,
Os pintinhos também,
A chuva acalmou
E se tornou leve e fina,
Uma poça se formou
Na goteira da casa de Pitel,
Uma poça de água barrenta,
Com minhocas e bichinhos lá.

Efruziva correu até lá
Com seus patinhos,
Hartman os acompanhou,
Pitel ficou tão feliz
Que subiu até a janela
Ver a felicidade de todos,
Hartman também voou até ela,
E ambos, lado a lado sorriam,
Felizes com a brincadeira das
Crianças e Efruh.

Os patinhos nadaram
Sem importarem-se
De saírem sujos da água,
Os pintinhos junto com a
Vaso Egípcio,
E a Pintinha também,
Todos caçavam minhocas
E as comiam,
Achavam tatuzinho de madeira
Enfiados na terra
E se alimentaram deles,
Nadaram por horas e horas,
Molhando a penugem,
E pintando-se de marrom.
Nisto correu a tarde toda.

Ao final,
Juntaram a muda de manga
E de abacate,
Vendo que os vasos estavam pequenos
Para acompanhar o crescimento delas,
Eles os trocaram,
E trocaram também suas terras.

O dia de chuva
Foi bem aproveitado.
Todos se divertiram,
Aprenderam a se alimentar
De bichinhos da terra,
E os pais impulsionaram
Novas mudas de plantinhas.

Tempestade

Ventou forte na casa de Bruce Wayne,
Pitelmario teve medo
De ser levado pelo vento,
Voou para a área coberta da casa,
O pai de Pitel o trouxe para dentro,
Foi uma linda aventura,
Ele conversou bastante.

A energia elétrica faltou,
O vento foi intenso demais,
Derrubou uma árvore,
E ela caiu na rede elétrica.
Sem luz,
Sem internet.
Ficou muito escuro.
Os barulhos de fora de casa
Assustavam a todos.

Pitel sentiu medo,
Se agachou e quis dormir,
Mas a mamãe de Pitel,
Levantou da cama,
Onde dormia pois
Era duas horas da madrugada,
Pegou um avio,
E acendeu uma vela .

A vela iluminou o bastante,
Todos reuniram-se ao redor da cama,
O vento continuou a soprar,
Derrubou um galho
Do louro da frente da casa de Pitel.

Mas eles não se assustaram,
Pois o papai do Pitel e do Bruce
É um homem esforçado
E corajoso,
Ele protege muito a família.
Eles apenas rezaram
Para Allah acalmar o vento.

Tarde da manhã
Eles acordaram,
Ao ver o galho caído
Em frente a casa,
O cortaram em diversos pedaços,
Compraram lindas orquídeas,
Penduraram nos pedaços
E depois as penduraram
Nas sombras das árvores.

As orquídeas de Pitel e de Bruce
São as mais lindas,
Elas dão várias hastes floridas,
Em cada haste inúmeras flores,
As flores são verdes,
Amarelas,
Vermelhas,
Rosas,
E de outras cores.

Pitel e Bruce
São muito felizes
Porquê Allah sempre os abençoa.
Se eles rezam a Allah,
Allah concede,
Se não rezam Allah sabe suas vontades
E também concente.

Te Amo

Uma grande manhã,
É quando eu vejo seu rosto,
Uma grande hora,
É quando você me liga,
Um grande instante,
Sua mensagem em meu celular.

Um momento incrível,
Você me ligar,
Você é um garoto corajoso,
Eu não sei parar de te ver,
Olhos escuros,
Brilho fácil,
Cabelos escuros,
Que eu gosto no meu peito.

Seu sorriso é o mais perfeito,
Doce,
Doce como nenhuma outra coisa,
Perfeito como você próprio,
Sua barba que cobre todo o rosto,
Eu admiro,
Você é uma obra de arte,
Eu te vejo,
E gosto de te admirar,
Acima do medo,
Eu imagino tê-lo
Repousando nos meus seios,
Gemendo na minha pele,
Eriçando meus pelos,
Eu gosto de respirar seu cheiro.

Eu gosto do seu calor,
Eu gosto de ter você para eu,
Eu amo sua voz,
Eu não me acostumo
A ter você longe,
Mas quando você me liga,
Eu me sinto bem.

Eu fico avuada,
E penso em estar com você,
Imagino eu te abraçar,
E deixar tudo mais lindo
Para que você goste,
Se sinta bem,
Imagino você aqui
E acredito nisso.

Aí eu queria beijar você,
Abraçar,
E parar tudo que estivermos fazendo,
Para apenas sentar
Num dos troncos do louro caído,
E ver os bichinhos,
Os pássaros,
Olhar um nos olhos do outro,
E então,
Eu queria um beijo longo,
Que dure muito tempo.
Você me dá, eu sei,
Então, eu espero você vir.

Eu Sou Violentada

É horrível
Ter a polícia
Em minha vida,
Tudo sobre eles me deprime.
São pessoas organizadas,
Instruídas e tendentes
A me deprimir.
Não é bom estar com eles,
Eles me dão medo,
E oferecem perigo.

Estar sempre sob mira de armas,
É como se a cada passo,
Alguém me tivesse por alvo,
De lugar incerto e treinado,
Não é fácil andar com
Uma arma engatilhada
Contra você.

Eu não sei como
Me sentir segura,
Eu não tenho sonhos,
São apenas pesadelos,
Que me assustam,
E me sinto perseguida.

Cada pessoa que me liga,
Ou tenta entrar na minha vida,
Eles ofendem,
E me fazem sentir mal
Com a proximidade,
Eu tento me convencer
De quê não os quero perto,
Mas a verdade,
É que eu não queria estar aqui.

Eu me sinto bem escrevendo,
Em saber que alguém irá ler,
E tomar conhecimento sobre eles,
O que fazem,
E de que forma sobrevivem
Com um revólver
Sobre nossas mentes,
Efeito Deus,
Maligno e vingador,
Engatilhado,
Atirando,
Derrubando,
Ferindo,
Matando,
Mutilando.

Eu não consigo me expressar
De forma positiva,
Me aproximar de alguém
Sem que alguma memória,
Ou ação deles interfira,
Eles mexeram nas minhas lembranças,
Entraram na minha vida,
Destruíram minha infância,
Estão se alimentando da minha vida adulta.

Meu coração sente medo de pulsar,
Eles odeiam que eu escreva,
Então, parece que minhas palavras
Não estão aptas
Ou suficientes,
Mas eu preciso falar,
Estou morrendo em silêncio,
Com medo de estar perto,
Medo do que ouvem,
Do que eu penso,
E de como reajo.

Há sempre uma arma engatilhada,
Eu estou sempre sob mira,
Eu vejo as pessoas
E sinto medo delas.
Eu só sei sentir medo
E desconfiança,
Me sinto inferior,
Não quero que estejam perto,
Não acredito
Que elas façam esforços
Para que eu esteja próxima.

Ninguém gosta de ser o alvo,
Ou estar próxima de gatilho,
Então, parece a eles que sou única,
Mas não,
Eu não sou não.
Só que eu tenho conhecimento
Sobre eles,
Sobre o que fazem,
Eu não satisfaço suas vontades,
Não me sinto bem
No patamar alvo
De desconhecidos
Que alegam tudo sobre
Quem sou, fui e quem serei.

E tudo nunca passou de estratégia,
Ataque contra a humanidade,
E cruel violência.
Eu estou violentada.
Eu sou violentada.
Eu fui violentada.
Eu não quero ser violentada.
Quero viver sem medo,
Ser dona dos meus atos,
Poder me relacionar com quem for,
Ser dona dos meus peidos.

Janela de Cristal

Janela enorme,
De vidros transparentes,
Frágil cristal,
Quarto fechado,
Pequeno e vago,
Cheiro bom,
Limpo fresco e belo.

Não apenas o cheiro,
O moço que estava lá também,
Mas algo dentro de você fala alto,
Sempre que se está a sós com alguém,
Este algo lhe disse em voz clara,
Que o rapaz não lhe pertencia,
Por motivo incerto,
Ele era de outra.

Você vai ler até o final
Destas palavras
E vai acreditar
Que pessoas não pertencem
Umas as outras,
Mas, este não era o caso,
E com relação a este moço,
É uma besta mentira,
Este rapaz pertencia.

Eu chego até a cama,
E nem pareço sentir
Os lençóis macios,
O colchão fofo,
Os travesseiros convidativos,
Ele se encontra nela,
Mas parece não querer estar,
Ele alega querer,
Eu não consigo sentir isto nele.

Um arrepio me percorre os braços,
E meu coração se afunda no peito,
Eu me empelo a abraça-lo,
Uma senhora,
Moça no intuito dele,
O chama,
Ele foge,
Parece atordoado,
Eu a acho feia,
A defino em pensamento:
“ De formas asquerosas”.

Me vejo presa,
Olho para trás,
E a janela aberta está fechada,
É como se antes não estivesse aberta.
Se não estava,
Como eu vim parar ali,
A quê entrei neste lugar?
Pequeno, limpo e desconhecido.

Eu preciso encontra-lo,
Entre confiar em um homem,
Ou em uma mulher,
Eu escolho o homem,
Me parece que, simplesmente,
Eu iria ser obrigada a lhe oferecer prazer.
E quanto a ela?
Mais que isso,
Muito abaixo disso.

De repente o apenas sair para fora,
E receber uma sapatada
Seguida de gritos
Espalhafatosos
Por intermédio de uma janela,
Ela segura e visível,
Eu agredida e em plena rua,
Disposta a tapas.

Sinto que é como se suas mãos,
Agora fossem enormes.
E isto lhe desse o dom
De poder deixar aquela janela aberta,
Me alcançar e jogar por cima do murro,
Manter-me presa,
Para que outros passem
E possam me agredir
O tanto que fariam com ela,
O quanto fariam por ela.

Eu corro,
Baixo o decote,
Mostro aqueles meus pequenos seios,
Ou tento,
Busco ele,
Na frente dela,
Tento ser apetitosa,
Impor a ela
Um mínimo de respeito,
Imaginei,
Ela a bela dona de casa,
Eu a estranha atrás daquele moço.

Ele sorri,
Como se não tivesse vontade própria,
Retorna ao quarto e pede
“Prazer”
Eu entendo desta forma,
Busco dar-lhe,
Neste espaço,
Preciso voltar para casa,
Eu não tenho meios,
Ele não sabe se tem.

Corro lá fora,
E uma galinha branca e enorme
Está correndo e me impedindo,
Mas o que eu teria para ver?
Então, eu preciso botar,
Tomo toda coragem
E chego,
Meu pato está beijando uma pata,
Mas meu pato não havia saído
De casa,
Então, ele foi obrigado a estar lá?
Pegou meu pato sem pensar,
O abraço e o cuido.

Lágrimas vem em toda minha cara,
Por dentro de mim,
Nenhuma está a mostra,
Isto me deixa segura,
Eu sei fingir,
Corro até ele,
Ele parece estar ali,
Agora abriu a camisa branca,
Mostrou o peito nu,
Sem pêlos, magro,
Com ossos bem formados,
Formas angulares perfeitas.

Me achego.
- me leve e também a meu pato.
Olho para seus olhos,
Busco um contato com seu íntimo,
E quase imploro
“ não retire meu pato”.
Por dentro há um turbilhão
De dor,
Medo,
Incertezas,
E angústia.

Por fora,
Ele simplesmente me leva
De volta para casa,
Eu acordo em outro dia,
E penso se poderia vê-lo de novo.
Pensar no pênis dele
Me transmite a ideia de prazer,
E algo se segurança,
Eu estou ali sozinha,
E penso que gostaria muito de estar segura.

Música

Ela aprendeu a tocar piano,
Não bastou as melhores notas,
Soube afinar,
Depois passou a ler,
Leu muito e sem parar.
Apaixonou-se.

Depois de muito frequentar suas amizades,
Tecer suas próprias roupas,
Usar de suas maquiagens,
Provar de seus melhores hábitos,
Decidiu que estava em idade
De casar-se,
Afinal, “precisava apresentar-se
Em sociedade”.
Contudo, casada e bem amada,
Escolhido dentre as opções,
O melhor pretendente,
O lindo rapaz, educado e apreciado.

Apresentou-se.
O menino do vizinho
Passou a correr sem parar,
Fugir dela feito um louco,
Lembrou-se na hora
Do soco que ela
Desgraçadamente,
Desferiu em seu rosto.

Embora, criança
E não apresentado em sociedade,
Ele sempre esteve ali presente,
E ela esqueceu-se, por completo,
Agarrada ao braço daquele marido,
De quê, também esteve.
Mas ele lembrou-se e muito bem,
Correndo,
Chocou-se contra o braço de um adulto,
Ele já apresentado,
Fez o lindo brinde,
Recordando de suas más maneiras,
De tão pouco tempo.

Irritada,
Ela jogou o líquido da taça contra seu rosto.
O filho de seu tio,
O, agora, amado primo,
Lembrou-se dos tapas de avermelhar a face,
Recobrou-se de todo ódio,
Criança e não vista socialmente,
Jogou um bolo no vestido,
E gritou alto
Que reconhecia o tecido.

Limpou a boca suja
E saiu rindo.
Uma velha senhora,
Lembrou-se de quando
Ela a visitava e só sabia
Fuxicar da vida alheia,
Chegou e indagou em tom íntimo,
Amigável e alto,
Como andava a tal da “futura sogra”
Que nada valia,
E sobre a qual “o filho não prestava”.

Ela engoliu tudo que houve,
Olhou pra velha
Com olhar esnobe,
Subiu ao piano,
E tocou, tocou e tocou,
Tão bem e magistralmente,
Foi a mais memorável
E bem-vinda
Garota da alta sociedade.

Feriu um dedo,
Limpou no guardanapo,
Comeu bolo,
Bebeu de todas as bebidas,
Voltou a tocar,
Escolheu as próprias músicas,
Ao fim declarou amar o marido!

Polícia e Tiro

Sirenes, buzinas ou apitos Não avisaram Que uma guerra Havia iniciado no país inteiro. A televisão foi cancelada Por ordem...