sexta-feira, 11 de abril de 2025

Querida, Prima

Prima amada,
Allah chama a Ele
Os pequeninos,
Suporta com devoção,
Adota na família a oração,
Allah ama Seus escolhidos.

Adorada prima,
Quanta conversa temos,
E sempre há a falar,
Então, damos uma voltinha
Ao passado,
Quanto temos a lembrar!

Pego sua mão,
Já não sinto medo do inseguro,
Caminho em ruas grandes,
Cidades lotadas de estranhos,
Você está comigo,
Sinto como
Se pegássemos o rumo da roça.

Estamos, agora,
Com botas sujas de terra,
Não de areia,
Aqui as botas são apropriadas,
Lá retiradas.

Vamos ajudar o pai
Quebrar milho,
Lá compramos o milho cozido,
Do rapazinho que passa
Com seu carrinho,
Amontoados o milho,
Tiramos a palha,
Está seco,
Debulhamos aos passarinhos, 
Lá na praia,
São poucas as pombas,
Quase nenhuma outra coisa,
Mas, entregamos a elas
O milho.

Saudade de tantas variedades,
Felicidades por darmos
Comida a estes bichinhos,
O sol se esconde,
O vento agita a terra,
O mar se expande,
A água chega até às nossas pernas.

Como é bom o vento nos cabelos,
A terra sobre o rosto,
O sorriso nos lábios.

Da mesma maneira 
A água fria e salgada
Que passa por nós
E sobe,
Retorna com a areia,
Molha nossos braços,
Eu me apoio nos cotovelos,
Você se deita,
Com água salgada nos cabelos,
Eu com areia sobre o biquíni,
O vento que sopra longe
Em passado distante,
Rossa nossos rostos no hoje,
Só que salgado e arreio.

Entrega a Allah,
Confia Nele,
Ele chama os inocentes,
De lá das alturas
Ele ama Seus escolhidos.

Eu estendo uma mão
Para buscar a sua,
Você ainda aperta
Meus dedos
Como no passado,
Lá você sentia medo,
Aqui você está segura.
Então, eu fico segura.

O inelutável

O inelutável,
É a opinião
Que se faz contra
E tendenciosa
Não muda.

O inelutável
E a vontade
Quando se diverge
Da sua.

O inelutável são os lábios
Que podendo falar
Escolhem
O calar.

O inelutável
São os braços
Que preferem
Ficar soltos
Ao invés de abraçar.

O inelutável
São os olhos
Quando se fecham
Por escolha
Ou não,
E cansados
Já não podem abrir-se.

A morte,
A morte leva
E não sabe trazer.
Está é inelutável.

O resto é questão
De opinião,
Decisão,
Ação.
Oração.

Estou Dentro

O telefone toca,
Eu atendo,
O rosto é novo,
E pede sexo.

Eu digo,
Baby, baixa a roupa,
Pega no caralho
E agita,
Agora é aí,
E tudo que quero
É gritar, baby,
Baby me aquece.

O garoto é doido de lindo,
E eu fico ansiosa,
Eu sinto medo,
Eu não sei do que se trata,
Mas tem um pênis
Lindo e enorme
Chacoalhando na minha tela,
Eu digo:
Baby, chega e meta.

Mete em minha vagina,
E me faz pular,
Gatinho eu estou molhadinha,
Vermelha de vontade,
De estar aí nesta pica dura,
Que eu acho que implora
Por minha bunda.

Porquê garoto,
Eu quero te meter nela,
Sentir este pênis duro,
E aí garoto você jorra,
E meu coração se agita,
Minha vagina pula,
Garoto grita,
Grita e me empurra,
Eu quero mais é dançar
Neste seu cacete enorme.

Molhada e trêmula,
Eu imagino te sentir
Dentro de mim,
Eu só espero
Que isto não seja da polícia,
Porquê garoto,
Eu quero pôr porra
Nesta pica dura.

Gostoso,
Lindo,
E de pênis ereto,
Garoto,
Eu estou dentro!

Unicidade

Deus criou os planetas,
Em perfeita sintonia,
Fez as estrelas
Para iluminar sua beleza.

Assim fez com aquele
Que amo e admiro,
Criou-o do ventre do amor,
Fez então lâmpadas no solo,
Feito as estrelas,
Elas iluminam seu rosto.

Olhe,
Tudo isto é comprovado,
Deixe um pouco
Do que te cansas,
Olhe para o céu,
Procure o máximo que puder,
Baixe o olhar,
E retorne a ver,
Notaste?

Não há falhas.
Agora,
Cansada de olhar
Para longe,
Veja mais próximo,
Veja ele,
O que amo,
Deixe de olha-lo
E retorne a vê-lo,
Tarde-se em seu rosto
E em cada detalhe,
Vê,
Então veja outra vez,
Não há falhas
Ele é perfeito.

As mãos de Allah
Que fez o universo,
Também tocou neste rosto,
O fez perfeito,
Procura com seus olhos,
Vês alguma falha?

Depois, olha de novo,
E olha outra vez,
Baixa os olhos,
Volta a busca-lo,
Então, seu olhar
Voltará a ti,
Não há outro com seus detalhes,
Não há face como a dele,
Há nele unicidade,
Veja-se deslumbrada
E cansada.

Há nos céus a perfeição
Que há em cada coração.
Há em cada rosto unicidade,
Não cansa-se
Não haverá outro mais perfeito.

Que os detalhes
Que tu mesmo ganhaste
Com seu nascimento,
Poupa seu olhar ao outro,
Há nele, também, o perfeito!

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Éramos Dois

Quais dos benefícios
De Allah renegados,
Tu homem?

Eu enganei,
Menti para mim mesmo
Quando jurei que amei,
Fiz um aceno
E passei.

A verdade é que nunca esqueci,
Não deixei de amar,
E neste sentimento
Eu quase morri.

Ele partiu,
Certo dia,
Olhou para mim
E disse adeus!
Acabou tudo.

Chega deste amor absurdo!
Eu não entendi,
Mas não busquei revidar,
Desejou o adeus,
Eu concedi
É assim que acaba,
Pra ele,
Por quê pra eu
Não houve fim!

Ele não veio mais,
Passaram as horas,
Passaram os dias,
E nos dias os meses.

Eu busquei,
Eu fui um louco
Atrás dele.

Eu invadi aquele hospital,
Empurrei a porta,
E me coloquei lá dentro
De qualquer forma.

A guarda levantou
Da cadeira,
Sacou a arma.

O médico se aproximou,
Eu o segurei pelos ombros:
- meu irmão está aí.
Eu sei que está.
Ele está desacordado,
Imobilizado,
Sem documentos
Ou memória.

O médico me olhou
E sorriu.
- qual é o nome dele?
Ele pediu.
E fez sinal
Pro guarda não atirar.

- não adianta eu falar,
Ele não sabe quem é.
Ele caiu da moto
E se perdeu.
Eu gritei atordoado.

- como você sabe
Que ele está aqui?
Ele indagou.
- porquê eu o amo.
Eu sei.

Meu coração diz,
Ele está vivo.
Eu preciso encontra-lo.
Eu gritei feito um louco,
Um homem quando
Perde o irmão
Fica doido.
Sem explicação.

-eu preciso proteger ele.
Querem mata-lo.
Eu preciso cuidar dele.
Eu gritei.
Chacoalhei aquele médico.
- ele não está aqui.
Ele disse.

Me pegou pelos ombros
E repetiu.
Olhando dentro dos meus olhos.
- ele não está aqui.
Então, eu saí atordoado.

Juntei nossas fotos,
Colei por toda parte,
Busquei na polícia,
No rádio,
N televisão,
Nos achados e perdidos.

Eu comprei um auto falante,
E fiz a carteira de habilitação,
Peguei um carro emprestado
E saí gritando
Sem direção.

- cadê meu irmão?
Eu fui até a igreja,
Fiz procissão,
Pedi a Allah,
Juntei as mãos.

Busquei no alto,
No gordo e no magro,
No baixo,
No motoqueiro
E no bombeiro.

Escrevi em cada dia
Para ele uma frase,
A cada semana
Uma música,
A cada mês,
Uma novela,
No final das contas
Um filme.

Um dia,
Um senhor distinto,
Chegou em meu portão,
Carregando um saco
Cheio de papéis,
Jogou em frente a minha casa
E os queimou todos.

- eu morri,
Desgraçado.
Eu morri.
Me esquece.
Maldito.

Gritou para mim.
Eu saí,
De toalha enrolada
Na cintura,
Sem cueca.

Olhei tudo aquilo
E não reconheci.
O homem se jogou
Contra meu portão,
Dando socos e ponta pés,
Me jurando de morte.

- vou te matar!
Me deixe em paz.
Maldito!
Eu não te perdoo.

Caiu um fios da careca,
E isto me rememorou
Aquele indivíduo de cabelos:
- meu irmão.
Meu irmão!
Eu gritei.

A toalha caiu no chão
Logo que eu levantei
As mãos pro alto
Gritando de felicidade.
- maldito!
Maldito!
Traidor!
Você arrombou minha esposa!
Ele gritou.

Me apontando o indicador.
Olhei para onde direcionava.
Para o malandrão.
- apequenou meu irmão.
Eu me casei,
Veja.

O rapaz juntou uma
Pedra do chão,
Aquele maldito chão
Que não limpei.
- minha ex.
Ele gritou.
- minha ex?
Gritou de novo.

E soltou uma pedra
Em minha direção.
Eu corri.
Abandonei a toalha,
Chacoalhei os quadris
E corri.

- maldito!
Me esquece!
Ele gritou atirando pedras
Contra minha parede.

- esqueci!
Eu respondi
Olhando pelo vidro
Da porta fechada.

A labareda de fogo
Tomou conta de tudo.
Fez fumaça.
Sujou a calçada.

O que Allah trouxe
Para o meu djim,
Foi meu pequeno brincalhão,
Com este no meu poderio
Eu não preciso de outro.

Perdão

Chegou o dia do perdão,
A hora em que espiar
O outro não me faz melhor,
Julgar outra pessoa
Também não me satisfaz.

Gostaria de me perdoar
Por ter fugido
De tudo que fui,
Por ter negado minha fé,
Por ter julgado.

Julgado eu própria
E a todos os outros,
Porquê eu julguei,
Eu tentei buscar
A todos que via,
Encontrar o erro
E apontar,
E quando apontei gritei.

Eu me entreguei demais
A quem não mereceu
Único olhar,
Eu quis mostrar coisas,
Mostrar que era amada,
Aceita e até odiada.

Eu me importei com ideias,
Com pessoas,
E me desinteressei
De outras.

O perdão eu peço
Para eu própria,
Eu peço para o outro
Que não soube reconhecer
Minhas fraquezas,
Eu peço a Allah
Por ter renegado sua palavra.

Eu voltei,
Tarde ou não,
Eu estou de volta,
Colho os atos revoltados,
As compreensões
Que nunca me deram,
Os abandonos.

Meu coração está pesado
Dentro do peito,
Ele pulsa fraco,
E eu quero chorar
Mas não choro.

Espero não chorar,
Não sofrer,
E não quero me compadecer.

Queria superar isto,
Deixar para trás,
Não queria nem ter vivido,
Mas sim,
É muito provável
Que eu tenha feito
E falado tudo que você ouviu
E um pouco mais.

Eu falei de você pelas costas,
Você me virou a cara,
E eu falei mal de você
Na sua frente,
Eu julguei suas atitudes,
Perdão, eu não pude compreender.

Mas Allah diz
Talvez o ridicularizado
Seja melhor do que
Aquele que o ridiculariza.

Ele é,
Com certeza.
Chegou meu momento de fé,
E eu só sinto arrependimento
Por meus conceitos.

É meu péssimo momento,
Lembrar de tudo que falei
A seu respeito,
E ver que foi tudo erro,
E nenhuma palavra minha
Serviu de consolo.

Diante da fé,
Nada do que disse teve valia,
Allah tudo vê,
Ele perdoou você,
Eu quis repreender,
E diante de Allah,
Eu me esquivei.

Errei.
Quis ser superior,
Buscar seu erro,
Apontar o dedo,
Diante de quem?
Daquele que sabe a verdade.

Que apenas hoje
Você toma conhecimento.
E eu falei mal de você 
Pra caramba,
Fiz planos diabólicos 
A seu respeito,
Anotei e falei tudo,
Tudo que Allah já havia visto.

Vencedor da Corrida

Abriu a corrida,
Único disparo,
E movem-se os cavalos
Na partida,
O cavaleiro monta,
Cavalga e se agita.

Ganha o melhor,
O mais rápido,
E os cavalos
Nem se olham,
Seguem reto.

Olhar direcionado no relógio,
Tempo cronometrado,
O chapéu que esvoaçar
Sobre a cabeça
Fica para trás,
Não importa o couro
Que rodeia no estábulo,
O que importa é a imponência.

O pelo do cavalo que brilha,
O suor que rola na areia,
A mão que não se move
Sobre as rédeas,
O corpo que se estabiliza.

Seguem rápido
Sobre a areia que se agita,
Se levanta,
E se espalha sobre patas
Que voam com maestria.

Chega o primeiro,
Ganha o mais rápido,
O cavaleiro estanca,
Desce do cavalo,
Acena para a plateia,
Que se levanta e grita:
Viva, o vencedor!

Não é questão de troféu,
É coisa de raça e de amor,
É treinamento conjunto,
E dinheiro na conta,
Champanhe na taça.

Tim Tim,
Para o cavaleiro
Vencedor!

Surpresa de Casamento

Dentro de duas horas Ocorreria o casamento, Ele colocou o terno Logo ao meio dia. Se dirigiu ao trabalho, Tudo ocorreria co...