Deitada sobre sua cama,
Podia escutar o barulho da chuva,
Tão macio a acalentar,
Então, pela vidraça da sua janela se viu a observar,
E cada vez que a chuva caía,
Um pensamento de aflição lhe
surgia,
Como se ela fosse lágrimas celestiais a lhe fazer
companhia,
E ofuscava suas vistas,
Como uma tentativa de apagar o Sol do dia,
Algo impossível de acontecer,
Pois mesmo atrás das nuvens,
Ele insistia em ao menos iluminar,
E resistia às sombras mais assustadoras,
Para se prostrar sobre a terra e fazê-la germinar,
Em uma demonstração de amor, clareava e dava calor,
Demonstrando que nem mesmo as mais densas sombras
São capazes de obstar o desenvolver da vida,
E se até mesmo a lua é incapaz de brilhar sozinha,
Ao buscar no Sol a luz de sua existência,
Se verifica que mesmo escondido no horizonte,
Este astro celestial nunca se permite estar ausente,
Por isso, o medo da solidão se torna infundado,
Assusta o coração, mas não tem justificação,
É como o receio do escuro,
Que só existe pelo anseio do
inseguro,
E mesmo que mil raios e trovões se estendam sobre a
terra,
O Sol incansável continuará a cintilar,
Pois todo escurecer antecede um amanhecer,
E imaginando a chuva cair sobre seus pés,
Ela pode constatar que a vida é um simples ato de fé,
E que Deus em sua infinita sabedoria,
Traçou o caminho de todo o ser humano,
Com punhos de aço, orientando seu destino,
Lhe estendendo a mão e lhe entregando proteção,
E se a sombra é a ausência da luz,
Este temor não existe, quando é o próprio
Senhor do Universo quem nos conduz.
Senhor do Universo quem nos conduz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário