terça-feira, 9 de maio de 2017

Na Lâmina da Espada do Benfeitor

A oeste de algum lugar,
Tão logo o céu foi abrigado pelo manto do luar,
Uma indefesa jovem transitava pelas ruas da cidade,
Encantada com suas luzes que refletiam a claridade celeste,

Foi quando se deparou com quatro olhos masculinos e famintos,
Que a cobiçavam de um jeito ameaçador,
Guiados pelo desejo de forçá-la a despir-se sem pudor,

Seus olhos inimigos possuíam um brilho feroz,
E a maldade estampada em suas faces,
Irradiou no tom medonho de suas vozes,
Foi quando sua tentativa de se aproximar,

Instigados pela ânsia de violar,
Foi obstada por um anjo salvador,
Que com punhos de aço protegeu seu amor,
Mas o oponente, em uma atitude insolente,

Com a ousadia de quem não teme a lei nem sua autoridade,
Com a arma em carpo lhe desferiu um tiro,
O qual foi repelido e ricocheteado no peito do perverso,

Pelo rápido movimento da espada do benévolo,
E tão pronto quanto o corpo do adversário foi ao solo,
Uma nuvem vermelha de sangue maculou suas vestes de veludo,
Momento em que a terra do pavimento girava ao redor do corpo desfalecido,

Como se estivesse tão viva quanto pronta para enterrá-lo,
No calor da batalha, nenhum malfeitor sobreviveu,
E na lâmina de sua espada e na força de seus punhos a honra de seu amor se restabeleceu,

E com a dignidade de um príncipe, seu heroísmo se consagrou,
Tomou as ruas da localidade e se espalhou,
Em uma pura demonstração de que só sai vitorioso quem atua com o coração.

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