quarta-feira, 10 de maio de 2017

No Calor do Coração

Certa vez, próximo de algum lugar,
Tão cortês, seus olhos refletiam o verde da mata,
Seu andar possuía o encanto das borboletas,
Aliás, ela não andava parecia que voava,
E por onde passava, harmonizava,

Refletia carinho por todo seu caminho,
Sua voz macia e terna, lembrava o cantar dos pássaros,
Suas roupas refletiam a beleza das cores,
Enquanto sua boca guardava a doçura e o aroma das flores,

Seu corpo escultural possuía uma beleza sem igual,
E sua pele cor terra, irradiava vida,
Mas como o rio que fluía, sua vida aos poucos se esvaia,

Por não encontrar encanto, sofria em seu pranto,
Mas quis o destino, sempre tão certeiro,
Que o olhar de um certo rapaz cruzasse com o seu, e por Deus!

Naquele instante, enquanto sua pulsação acelerava,
Seu semblante, já nem possuía a emoção de quem respirava,
Não havia explicação, mas o calor do Sol palpitava em seu coração,
Sem um porque, mas o azul do céu refletia nos olhos dele,

Já sua pele macia e clara, não irradiava apenas o brilho, mas também o frio da lua,
Seus lindos cabelos brilhantes guardavam em si a cor e o enlevo da noite,
E seu corpo másculo, se esculpia na ternura do ocaso,

Ela tão terna e cheia de vida,
Ele tão frio e arredio,
Mas quando seus olhares se cruzaram,
Por mais que pareça estranho,

Mas seus corações se encontraram,
E o frio do corpo penetrou no calor do peito,
E se harmonizou na ternura da alma,

Naquele instante, foi como se o frio do espaço celeste 
Acariciasse a vida humana terrestre,
E a partir de então, suas vidas passaram a ter sentido,
Pois não adianta haver cor, onde não puder germinar o amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Busca aos Peixes

Masharey acordou, Subiu na alta cadeira Feita de pneu usados, E cantou alto: - estou no terreiroooo! Em forma de canto. Após iss...