Certa vez, próximo de algum lugar,
Tão cortês, seus olhos refletiam o verde da mata,
Seu andar possuía o encanto das borboletas,
Aliás, ela não andava parecia que voava,
E por onde passava, harmonizava,
Refletia carinho por todo seu caminho,
Sua voz macia e terna, lembrava o cantar dos pássaros,
Suas roupas refletiam a beleza das cores,
Enquanto sua boca guardava a doçura e o aroma das flores,
Seu corpo escultural possuía uma beleza sem igual,
E sua pele cor terra, irradiava vida,
Mas como o rio que fluía, sua vida aos poucos se esvaia,
Por não encontrar encanto, sofria em seu pranto,
Mas quis o destino, sempre tão certeiro,
Que o olhar de um certo rapaz cruzasse com o seu, e por
Deus!
Naquele instante, enquanto sua pulsação acelerava,
Seu semblante, já nem possuía a emoção de quem respirava,
Não havia explicação, mas o calor do Sol palpitava em seu
coração,
Sem um porque, mas o azul do céu refletia nos olhos dele,
Já sua pele macia e clara, não irradiava apenas o brilho,
mas também o frio da lua,
Seus lindos cabelos brilhantes guardavam em si a cor e o enlevo da noite,
E seu corpo másculo, se esculpia na ternura do ocaso,
Ela tão terna e cheia de vida,
Ele tão frio e arredio,
Mas quando seus olhares se cruzaram,
Por mais que pareça estranho,
Mas seus corações se encontraram,
E o frio do corpo penetrou no calor do peito,
E se harmonizou na ternura da alma,
Naquele instante, foi como se o frio do espaço celeste
Acariciasse a vida humana terrestre,
Acariciasse a vida humana terrestre,
E a partir de então, suas vidas passaram a ter sentido,
Pois não adianta haver cor, onde não puder germinar o
amor.
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