sábado, 27 de maio de 2017

Beijo na Chuva

Com o peito aos saltos por ele caminhar ao meu lado,
Vejo o vento quente e úmido a brincar com seus cabelos,
Como se lesse meus pensamentos,
Ele me olha quase no mesmo instante em que uma chuva 
delicada molha nossos rostos,

Estremeço, estarrecida com a beleza de seu corpo másculo,
Inebriada ao ver a chuva acariciar sua pele e molhar sua roupa,
Com o peito apertado por seu encanto,
Imagino que deveria haver imunidade para proteger-me 
de seu jeito altruísta e seu efeito arrebatador,

Afinal, ele é a soma de toda beleza masculina!
Não sei se pelo brilho intenso e firme de seus olhos,
Ou por ser alto e forte, mas ao fitá-lo tenho a sensação,
De que seus braços poderiam me fazer tocar o céu,
Ou bem próximo a isso, tamanho magnetismo seu,

Uma sombra de um sorriso paira em seus lábios,
E meu coração acelera iluminando minha feição,
Assustada com um trovão, tropeço e caio rumo ao chão,

Instante em que ele envolve meu corpo 
E me ampara de encontro ao seu peito,
Sua voz quente e encorpada feito chocolate derretido,
Faz uma brincadeira ao meu ouvido,

E quando sorri enigmático, 
Seus olhos brilham intensos, como se guardassem um segredo,
Em algum lugar profundo a espera de ser desvendado,
Com a fala rouca e trêmula apenas sorrio a contemplá-lo,

Seu corpo quente e tão próximo,
Faz uma corrente elétrica percorrer meu corpo,
E com um gemido involuntário pronuncio seu nome,
Em resposta ele beija minha boca docemente,
E pude constatar que o calor e abrigo de seu abraço
Era muito melhor que tocar o infinito.

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