Aparecer e triunfar,
Sabe a quanto tempo planejou o encontro?
Olha, uma vida!
Olhá-lo, e convidar para dançar,
Quisera Deus não precisar de outra vista,
Apenas esta e o beijo tão sonhado,
Ter como etapas a conquista de quem se ama,
Pode parecer estranho,
Mas não o é quando se trata de alma,
O vi desde o primeiro instante,
E não consegui desviar segundo sequer,
Embora não tenha me considerado merecedora,
Agora, maquiagem feita e salto alto,
O desejo mais que naquela hora,
Transfigurar todos os erros de forma rápida,
Não deixar vestígios sequer para despedidas,
Sentir, ao ameaçar dar o primeiro passo,
O seu ímpeto de olá ou outra coisa,
Levei a mão aos lábios e senti o batom,
Estava bom, lábios desejosos e desejando,
Segui; a caminho percebi a ausência do rímel,
Estagnei apenas um instante,
Me contemplei no espelho e foi que me vi,
Linda e deslumbrante,
Estivesse de qualquer outra forma,
Ainda teria a mesma alma,
A que amava aquele homem
E que neste instante fazia tudo por ele,
Segui ainda mais confiante,
Em abismos de solidões o clarão das palavras produz
holofotes,
Espero não apagá-lo com tanto zelo,
Sonho que esteja certa,
Então, que ele tenha sua luz própria,
Não faço do amor meu único refúgio,
Mas peço a Deus proteção para não ser humilhado,
O demonstrar não é aclamado,
Ou digamos: comum a todos,
Quando se trata do coração é mais fácil o fugir,
Testa-se muito mais que o sentir,
Na primeira vez não deu certo,
Mas, caso eu tropece em algum equívoco,
Que a justiça dos que amam se faça e eu seja acolhida,
Que o amor resgata-me e livra-me do que for,
Inclina teu ouvido sobre mim e salva-me,
Me acolhe em seu abraço e sinta-me,
Que este doce abraço se faça rocha para meu refúgio,
Para que eu sempre tenha para onde ir,
E se vier ordem para que me liberte,
Que recuse-se, apenas faça assim,
Pois, mais que neste amor,
Tenho em mim minha própria rocha e fortaleza,
Neste instante, ao seu dispor,
Em outro: prestes a me servir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário