Ele segurou o rosto
De Clara entre suas mãos:
- não esqueça,
Eu não sou o homem certo.
Ele falou com um suspiro
Trêmulo sobre os lábios dela,
Traçando seu contorno
Enquanto dizia cada palavra,
Feito uma carícia de vento
E algo passageiro,
Contudo, aterrador.
- okay, aceito o desfecho.
Ela respondeu,
Levando uma mão
Sobre o rosto dele,
E o mantendo fixo,
Com o olhar preso aos seus,
Então, seria isto:
Sexo e pronto!
A boca de Leandro
Capturou a de Clara,
Sugando seus lábios,
A carícia fez ambos
Entretecer de prazer
E desejo profundo.
- você precisa entender
E aceitar o que digo.
Ele continuou,
Enquanto levantava sua roupa
Produzindo uma carícia
Mais íntima.
Havia algo de controle
Em perder os modos,
E afastar os limites,
Desta vez, não era com
Hora marcada,
Mas, havia uma linha
De chegada,
A qual demarcaria a trajetória
Do prazer e da entrega.
Suas respirações
Se misturaram uma na outra,
Seus rostos se tocavam,
As mãos se uniam
Como se houvesse um laço
Mais íntimo
Do que o beijo
Que realmente havia.
A promessa da linha
De chegada soava
Em voz profunda e torturada,
Uma voz que urgia por mais
E tinha,
Tinha tudo que queria,
Até satisfazer-se
E isto não implicava
Ir tão longe.
- mostre-me.
Ela falou
Apertando os lábios
Contra os dele.
- mostre-me até onde ir.
- não além de onde eu for.
Ele respondeu
Sem fúria ou desprezo,
Mas medindo prazer
Em beijos desmoderados.
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