Ela se encostou na parede e suspirou,
Sorrindo levantou os olhos ao céu,
Se pudesse descrever o beijo dos sonhos,
Não seria diferente do seu último beijo,
Com um dedo sobre os lábios,
Ainda sentia o calor dos seus afagos,
Ah doce amor profundo e infinito,
Um anjo com seu abraço para refúgio,
Com suas lembranças a rodear o seu amor,
Sentia-se agora um passo mais perto do céu,
Queira Deus que o timbre de sua fala aveludada,
Possa encontrá-lo outra vez nesta fala apaixonada,
Doce amor com sua luz abençoada,
Conquistou-a do corpo a alma,
Agora, mesmo distante de sua boca,
Podia sentir o corpo arder em chamas,
Consumido de amor pelo fogo apaixonado,
Amada carícia já rebelde em seus afagos,
Cai onde entende e onde desejas demora,
Recusa comando em combate desigual,
Sedenta em afagos recusa ordens do coração,
Que em doce pulsar tenta preordenar esta paixão,
Cego de amor só deseja entregar-se em carinho,
Em inebriados sussurros de eu te amo,
Cai toda razão do coração apaixonado,
Com gemidos e mimos, ensurdecem-se dos ouvidos a razão,
Está escravo do amor, servo da profunda paixão,
Desestabilizado entre objetivo e intenção,
Não controla os pensamentos que dirá a ação,
Já não bastam as palavras amáveis,
Quando até mesmo o coração deixa de comandar,
E o brilho da alma incendeia em um olhar,
São apenas as carícias que dirigem o amar,
E despeja o amor em beijos e palavras apaixonadas,
Havia um silêncio vital ao seu redor,
Seus pensamentos selvagens passavam mudos,
Sedenta pelos afagos exigentes de súbito,
Ela pegou o celular e digitou seu número,
Rasgando o espaço que a separava de seu amado,
Sua voz cortava a distância com destino ao paraíso.