quinta-feira, 19 de maio de 2022

Te Amo, Amor

 


Uma suave mecha de cabelo cobria o seu olhar,

A metade do rosto escondida dava um ar de mistério,

Os olhos escuros e profundos pareciam chamar,

Aquele cabelo pedia para ser tocado,


Num gesto instintivo ela moveu a mão e tocou-o,

Retirou do rosto o pondo para o lado,

No mesmo movimento acariciou sua orelha,

Mil pensamentos lhe acobertavam o que sentia,


Mas no fundo dela a palavra amor gritava,

E o som era tão alto que de alguma forma ele sabia,

Antes da aproximação, do movimento ou de ser falado,

Sabia e apenas isso,


O amor de tão simples não se pode simplificar,

Permanece no ar e no que se faz,

Quando os seus dedos sentiram o calor do seu rosto,

Santo Deus o que foi aquilo?


Sentiu que o mundo ruía aos seus pés,

E que eles pareciam flutuar juntos para longe,

Tudo o mais perdia a importância e o foco,

Sob a carícia - diante dela,


Estava o homem a quem amava,

Com seu rosto claro iluminado pelo brilho do sol,

E os olhos tão escuros quanto uma noite sem lua,

A princípio pensou que não conseguiria se conter,


Mas embora não pudesse se afastar,

Também não se impôs sobre ele,

Sentimentos vem e vão,

Mas um amor, bem, este não,


Mesmo eu não tendo culpa por tudo que sentia,

Não conseguia controlar tão bem como agia,

O olhar dele agora estava sobre a minha face,

E seu sorriso estava prestes a atacar minhas defesas,


De imediato seu efeito devastador me deixou tonta,

Sorri o melhor sorriso que tinha,

Com um movimento de cabeça devolvi o olhar,

Tentei demonstrar o quanto o queria,


Seu olhar elevou-se ao longe até me encontrar,

Haviam mil pessoas mas ele foi capaz de me captar,

Eu não tinha mais que a pressa a me guiar,

E o encanto, sim, senti um encanto desde o início,


De imediato não compreendido,

Ó, Senhor, Deus dos Exércitos e Abrigo dos que amam,

Clamei que me conduzisse até ele,

Dos mil sonhos que tive esse foi o mais importante,


Teria me ajoelhado se pudesse,

Mas confesso que primeiro decidi me aproximar,

Se o amei sem saber quem ele era ainda?

Sim, da mesma forma que se acredita sem ver a face,


Que se respira sem conhecer o ar,

Aquele amor me Despertou para castigar todos os outros,

A cada passo que andei em sua direção me arrependi dos passado,

Se eu poderia definir amor que já vivi antes?


Bem, talvez outra palavra preenchesse a frase,

Mas usei esta, amor enchia meus lábios,

E me trazia sede à boca,

Quis beijá-lo,


Ao sentir o seu ar sobre o meu rosto,

Com seu calor sob a minha pele,

Apenas pedi que este amor não tivesse misericórdia dos outros,

Que apagasse em seus beijos cada um que tivesse existido.


quarta-feira, 18 de maio de 2022

Seu Abrigo

 


Me fez um daqueles olhares apaixonados,

Aquele que toda mulher maior de 18 anos pede,

Do qual não se resiste, esquiva ou foge,

Porém, não prometeu entrega ou amor,


Não identifiquei sinal de paz ou misericórdia,

Abracei-o assim que pude e com toda força,

Juntei meus dedos em sua pele com efeito de garras,

Ergui sua camisa e o agarrei por baixo dela,


Seu corpo tinha um formato perfeito,

Aquele olhar e o efeito dos seus lábios,

Mesmo se eu não tivesse sentido eu já teria uma ideia,

É o remédio para todos os corações partidos já sofridos,


Um único beijo e tudo o mais se resolve,

Um sorriso e o dia já está ganho por todo o ano,

O abraço quente e aconchegante e se ganha uma vida,

Banhar minha boca no doce daquele sorriso,


Não seria de todo impreciso dizer que não encontrei palavras,

Calei-me o que mais faria do que beijá-lo?

De fato tudo que se sofre um dia encontra recompensa,

Aquele abraço dele sabia disso,


Antes mesmo de me encontrar sei que sabia,

Com certeza há sempre um beijo merecido que faz justiça,

Eu havia encontrado o meu, não queria outro,

A recompensa por cada lágrima estava ao meu alcance,


Não o abracei com toda a força que tinha,

Eu precisava concentrar minhas forças nas pernas para não cair,

Mas, não posso dizer que não estava pendida, jogada sobre ele,

E porque eu me preocupava tanto em segurá-lo com tanta força?


Medo de perder? Importância desmedida?

Quando se ama o bastante aquele por quem se apaixona?

Sorvi seu beijo como se fosse água,

E eu estava sedenta, muito sedenta,


Minha sede soou com gosto de necessidade,

Havia um quê de “estou perdida sem você” em minha boca,

E eu acho que ele sabia disso,

Com um toque de alegria, paixão e satisfação,


Meu coração pulsava descompassado,

E por um instante achei que gritava minha paixão,

Não duvido que o tenha feito isso,

Meu lábios continuavam sobre a sua boca,


Mas agora a minha mão esquerda tocava o seu rosto,

E desenhava cada um dos seus traços,

Dizem que o primeiro beijo tem o dom de transformar,

Naquela hora eu me transformava,


Já não reconhecia meus passos do passado,

Esquecia os objetivos futuros,

Só me concentrava nele e no sabor do beijo,

Queria provar mais um pouco e outro pouco,


Me senti sendo observada,

Embora soubesse que nós dois estávamos de olhos fechados,

Acho que Deus nos via, e nos apoiava,

Deus, seus anjos ou alguma de suas testemunhas,


Percebi que não teria liberdade daquele abraço,

Nem queria liberdade nenhuma,

Me sentia salva de tudo abrigada ao seu peito,

-Vê que efeito você produz sobre mim e diz-me se gosta,


Eu me vi lhe dizer sem mais nem menos,

Mas não cessei o beijo apenas diminui a intensidade,

Destino cruel o que tencionaria afastá-lo de mim,

Eu não teria como aceitar isso,


Sem que eu tenha cometido qualquer acerto acentuado,

Ele repousa suas mãos em meu queixo e me olha:

- Querida, te amo! - Ele fala; eu não respondo.


terça-feira, 17 de maio de 2022

Dor


Sentiu engolir as palavras,

Todas as frases gritadas contra sua cara,

As juras engasgadas no peito que arfava,

Agora agarravam-se no emaranhado de palavras,


Aos poucos tudo se transformava em dor,

Suportável... para este alguém que tanto amou,

Aos poucos, todo o redor perdeu o sentido,

Talvez, tenha pensado em estender-lhe a mão,


Quem sabe as palavras se perdessem com o tempo,

Mas não,

O amor que grita alto ainda faz justiça?

Se a voz que sussurrou promessas agora fala alto,


Não o fez no mesmo tom ou ardor as juras apaixonadas,

Como pôr na balança o antes e o depois...

Existem momentos que não merecem um depois,

E este estava preso em seu pensamento,


Ergueu os olhos apenas um pouco,

Ele ainda estava a sua frente e agora parecia tenso,

Será que esperava uma resposta?

Ele havia perguntado algo ou apenas opinado,


No tom que o ouviu falar não entendeu insegurança,

Não, agora seu coração tramava uma injustiça,

Se sentiu ferido pensava em partida,

Os olhos se marejaram com poucas lágrimas,


A sua visão estava nublada,

Tudo se confundia,

A mão espalmada remetia violência,

Se recusava a estender-se na direção de quem ama,


O abraço que sempre foi seu caminho e abrigo,

Agora estava impassível e arredio,

Não sentia vontade de se aproximar,

Ao contrário, um instante antes, dera um passo para trás,


Quando é o amor quem repele,

Quem será capaz de fazer esquecer?

Desviava-se o amor que jurou ao para sempre,

A dor do que ouviu ainda estava latente,


O veneno que engasgava tinha o efeito de serpente,

Se desviava das juras que haviam sido ditas,

Apenas para voltar-se e ferir em emboscada,

Pode um amor em tão pouco ser levado às ruínas?


Desejou poder tapar os ouvidos,

Estar cega para o olhar que a estava olhando,

Acreditava apenas que não merecia tudo isso,

Teria como se fazer de surda para o seu tom ameaçador?


Suas palavras desapareciam como a água que corre,

Escorriam por dentro e alcançavam as promessas,

De uma a uma e confrontavam sua dor,

Quando ela ousava revidar as juras caíam por terra,


Como se estivessem sendo atingidas de frente,

Sem forças para revidar ato tão triste,

Algumas palavras perdiam espaço e se debatiam,

Na luta contra o amor que havia vivido


Algumas de suas palavras gritadas se perdiam,

Mas outras não, permaneciam em alerta e a espreita,

Desejavam apenas uma brecha,

Não viam elas o que haviam sentido um pelo outro?


Sentia o peito arder feito veneno,

Estava este amor apenas cansado ou já desistia?


 

segunda-feira, 16 de maio de 2022

Sofrer

 


Sim, eu poderia imaginar milhões de fins,

Eu poderia ter dado menos ou tudo de mim,

Mas, o que eu fiz?

Bem, fiz o que não deveria ter feito ou sim...


O que recordo é da música que soprava ao ouvido,

Era apenas o sonoro dos beijos,

E precisava mais que isso?

Haviam gemidos escondidos e sonhos,


Não poderia imaginar que fosse o último?

Por que o primeiro beijo nunca conta o resto,

Ele poderia vir com um resumo,

Ou que tivesse um véu quando não durasse,


Um algo que nos impedisse de sentir tanto,

Que pelo menos nos isentasse do arrepio na face,

Mas, aquele teve tudo isso e mais um pouco,

Não gosto desse pensamento em nada,


Ele representa um amor que durou segundos,

Eu te recordarei, óh beijo, entre milhões,

Te recordarei como no primeiro instante,

Contarei sobre seus efeitos a quem quiser ouvir,


E se você não gostar contarei ainda assim,

Pois este beijo foi perfeito e merece um depois,

E se não o fosse, se eu não tivesse sonhado tanto?

Queria poder voltar no tempo,


Um segundo apenas,

Queria dar um abraço mais apertado,

Me demorar um pouco mais em seus braços,

Este amor vem até mim todos os dias,


Onde quer que eu olhe sinto que posso senti-lo,

Chego a repeti-lo em pensamento por horas,

Queria que houvesse um outro,

Qualquer um que me fizesse esquecer,


Mas quanto mais me esforço me vejo em vão,

De quantas tentativas frustradas vive um coração?

Sê exaltado este beijo que não se esquece,

Sê exaltado até que você queria apenas um outro,


Se toda terra souber do quanto o desejo,

Quem sabe assim, você me deseje de novo,

Devo desistir de um amor só porque é difícil?

Devo desacreditar de tudo que senti naquela hora?


Quanto mais penso mais alcanço o impossível,

Esquecer é uma tentativa esquiva e arredia,

Não me pertence, já sei disso,

Desse amor, não esqueço. Nem um pouco;


Meus olhos choram baixinho,

Meus lábios não reclamam disso,

Não se pronunciam apenas se calam,

Não foram capazes de falar antes não seriam agora,


Meu peito arde um pouco,

Soluço e arfo de forma profunda,

Sem querer torno a busca-lo,

As lágrimas ardem em meu rosto,


A chama do amor se derrama de outra forma agora,

Antes me inundava num sorriso,

Agora busca me afundar no vazio da sua falta... 


domingo, 15 de maio de 2022

A Janela

Lá fora, o vento parecia cantar,

Assoviava uma canção que eu não queria escutar,

De longe parecia avistar uma chuva,

Não me dignei a olhar através da janela,


Mas de alguma forma, talvez pela brisa fresca,

Ou o calor que levantava da terra,

Eu parecia senti-la, ela vinha serena,

E forte, aquele dia nublado guardava algo,


De se ver a poucos instantes,

Estava apenas instável mas sem justificativa,

Nada que pudesse definir algo de diferente,

Parecia previsível demais,


Eu me joguei sobre a cama com as mãos nos ouvidos,

Eu não sei o que dizia o vento,

Mas entendo que me recusava a ouvi-lo,

Se ele trazia a chuva ou perambulava sozinho,


Eu não sei, era meia tarde e eu me recusava a tudo,

Sim, eu poderia imaginar que era apenas uma música,

Que algum desavisado ouvia a certo volume,

Mas, quem negaria que fosse o vento?


Me sentia em meio a um deserto um tanto a esmo,

Uma dor ávida me devorava por dentro,

Se eu fui capaz de amar algum dia,

Isso já parecia pertencer ao passado,


Uma dor terrível me consumia,

Com dentes e garras que destroem tudo,

Feito flechas a longa distância,

Que não servem para mais que ferir,


Chego a duvidar de que queria brincar com minha dor,

Era alguma outra coisa um tanto mais fria,

Tivesse me atingido não sairia mais de que sangue,

Quem sabe nem ao menos penetrasse a pele,


Mas, então porque me feria tanto por dentro,

Ou o quê? Uma língua quente a efeito de espada afiada

Havia me dado um beijo um dia,

Se me lembro bem não foi a tanto tempo,


Agora aquela língua arranhava e feria,

Áspera e ávida soube como me agarrar,

Sobre a minha alma ela rasteja em sua glória,

Conhece todos os recantos e abusa tudo que pode,


Me sinto abatida, estou quase sem forças,

É como se ela tivesse aberto uma cova em meu destino,

Tudo quanto sonho que eu tive sucumbiu lá dentro,

Um passo em falso e eu mesma estaria lá,


Caída nas profundezas de tudo que fui capaz de sentir e acreditar,

Com o coração firme e no alto,

Ainda seria capaz de acreditar em saídas,

Com o céu escorregadio e fora do alcance,


Há instantes em que tudo se perde,

Por que eu teria que sempre ter uma resposta?

O vento agora parecia ter instrumentos,

Açoitava lá fora, brincava e fugia,


Eu não, nem ao menos fui até a janela,

Acorde minha alma,

Quis me dizer mas permaneci impassível,

A cova cavada por aquela língua não admitia saída,


Acorda, alma, sonhos e tudo o mais,

Vou despertar quem sabe possa abrir a janela.


 

sábado, 14 de maio de 2022

Um Beijo

 

Se esforçou para concluir,

Queria encontrar as palavras exatas,

Sabendo que não poderia mentir,

Não enquanto estivessem tão próximos,


Sentindo sua respiração sobre sua face,

Clamou a todos os beijos que já sentiu,

Para que existisse um ao menos,

Que fosse intenso o bastante,


Para lhe conceder a força de que precisava,

Sabendo que os beijos sempre concluem um propósito,

Uns iniciam uma conversam,

Outros preferem dar um basta,


Do alto do olhar dele ela podia ver a salvação,

Não precisava de mais nada gritava o coração,

Mas havia uma urgência,

Um algo que precisava ser falado,


Ante o desenrolar de tudo,

Isso precisava ser dito agora,

As mãos dele estavam sobre os seus ombros,

Os seguravam com força segura,


A figura dele era tudo de que mais precisava,

Suas mãos se seguravam em seus braços,

Evitava encará-lo tentando buscar as palavras,

Sentia que todas as suas defesas começavam a vacilar,


Agora, o sol já se punha,

E as estrelas começavam a despertar,

Mas dentro dela tudo parecia dormente,

Com um argumento doentio e miserável dentro de si,


Temia um adeus que pusesse um fim,

Deu as costas a todas as razões que dissessem não,

Qualquer coisa que buscasse afastá-los,

Mas existem verdades que não podem ser escondidas,


E esta teimava em vir sempre que o via,

Amar em verdade dispensa mentiras,

Tropeçando em si mesma como se o chão se esvaísse,

As mãos apertavam com força evitando a partida,


Se implorar por seu amor bastasse...

Ela abrigada a ele era tudo que mais queria

E que tudo o mais fosse como quisesse,

Precisava ser abrigada, será que ele entenderia?


Que todas as suas ideias lhe fugissem e perdesse a sanidade,

Qualquer coisa que pudesse evitar a sombra do adeus,

Por um minuto que fosse,

Mas, um minuto depois do fim do beijo,


Aquele minuto em que se demorava a pensar,

Em que tudo era revisado,

E a deixava em erro,

A lua chegava com um sorriso frio,


Estrelas de inverno costumam ficar mais no alto,

Brilhavam intensas sobre o negror de um céu apagado,

A luz errava dele e buscava outras coisas,

Um pouco mais distante sobre a calçada de pedras,


A solidão caia sobre seus sonhos repentina,

Como o dia em que o encontrou ali mesmo,

Dos céus Deus envia uma salvação,

Então, o Buscou com profunda emoção,


De súbito o sorriso dele pôs seus medos em fuga,

Havia amor em seu olhar,

Em meio a dor que ameaçava devorá-la,

Ele a via e a mantinha segura,


Suas mãos eram feito garras atentas,

Pareciam afiadas e prestes a protege-la,

Se palavras poderiam ficar afiadas,

O amor também poderiam amordaça-las,


Se pôs na ponta dos pés e o buscou,

Demorou-se no beijo que encontrou.


sexta-feira, 13 de maio de 2022

Saudade

 

Sentiu a necessidade gritar em sua voz,

Desesperada, ardente e sôfrega,

Quis chamar seu nome outra vez, não o fez,

Calou-se tentando controlar o que sentia,


Pegou seu próprio pulso com a mão tremula,

Era amor puro o que fazia seu coração pulsar,

E as vezes, esquecer de chamar por ele,

Era de se estranhar,


Nestas horas achava que não se pertencia,

Acreditava até mesmo em morrer,

Mas, nesta altura da saudade, já tinha uma certeza,

Não se morre por amar,


Mesmo que se coloque toda a alma,

Olhou para dentro de si mesma,

Não havia surpresa, ele estava em cada parte sua,

Era como olhar e se afogar,


Lágrimas perambulavam em tudo que houve,

Chegava a acreditar que queriam apagar,

Lembrar já não parecia mais o bastante,

O tempo gosta de distorcer os beijos apaixonados,


Mas, não teve êxito com relação a este amor,

Está sempre a busca-lo por onde quer que esteja,

Não seria certo duvidar que desistiu de mim por ele,

Houve uma troca naquele amor despendido no beijo,


Nele eu entrei de alguma forma ou ele passou a ser minha parte,

Meu coração está o tempo todo a chamá-lo,

Custasse isso a minha felicidade nem iria importar,

Apenas o quer por perto e permanece quanto ao resto indiferente,


Conspira, procura a minha direita,

Vigia os meus passos e o procura em toda parte,

Registra cada rosto e só vê uma pessoa,

Na esperança de provar de novo a boca apaixonada,


Não se importa que isso me custe a vida,

Deixará ele escapar qualquer chance que tenha?

Nunca, pelo contrário, constrói chances a todo instante,

Busca em tudo uma única brecha,


O quer é o que me diz e não distorce,

Beijei-o e não foi por única vez,

Neste amor, óh Deus, derruba nações,

Que importa para ele as multidões?


Registra, ele mesmo, cada momento único,

Recolhe as minha lágrimas e diz que está fora de hora,

Pede para que eu sofra em silêncio,

Só quer repetir o sentimento outra vez e mais nada,


Acaso anotou o nome dele em meu coração?

Eu não duvidaria, o vejo em cada pulsação,

Os meus beijos retrocedem cada vez que busco outro,

Repetem sempre famosa frase,


Como se fosse ela o seu amuleto:

Aquele que convidaste, certo dia, para a sua mesa,

Se recorda? Pois bem, este não senta, hoje em sua cama...

Penso em dar uma resposta a este amor desmedido,


Mas contenho as palavras,

Com isto sei que meu coração está a meu favor,

Mas isso eu já sabia antes do primeiro gole na bebida,

Mesmo com este amor distante de mim agora,


Não ousaria me ferir como um dia fui capaz,

Por nada no mundo.

E não temerei. Que poderá fazer o homem que busco?

Buscar-me da mesma forma e com mesmo sentimento,


Livrou-me da solidão e não me arrependo,

Cuidou para que meus pés não tropeçassem,

Se tiver ele atitude diferente da que mereço,

Não serei cruel de forma nenhuma:


Apenas direi: sinto muito amor, não é o momento;

Óh, lábios trêmulos, Óh, lábios trêmulos, misericórdia!

Sabem vocês que o amo, e nele minha alma se refugia,

Eu me acolho em lembranças se assim o desejam,


Desta forma me isento, também, até que o perigo cesse...

E uma parte dele, talvez, um único traço de sentimento,

Talvez, a certa hora chame por meu nome,

Tento me dizer que a apenas um dia beijei seus lábios,


Mas o tempo ante a saudade,

Todos sabem: passa abolido.

Busca aos Peixes

Masharey acordou, Subiu na alta cadeira Feita de pneu usados, E cantou alto: - estou no terreiroooo! Em forma de canto. Após iss...