Se esforçou para concluir,
Queria encontrar as palavras exatas,
Sabendo que não poderia mentir,
Não enquanto estivessem tão próximos,
Sentindo sua respiração sobre sua face,
Clamou a todos os beijos que já sentiu,
Para que existisse um ao menos,
Que fosse intenso o bastante,
Para lhe conceder a força de que precisava,
Sabendo que os beijos sempre concluem um propósito,
Uns iniciam uma conversam,
Outros preferem dar um basta,
Do alto do olhar dele ela podia ver a salvação,
Não precisava de mais nada gritava o coração,
Mas havia uma urgência,
Um algo que precisava ser falado,
Ante o desenrolar de tudo,
Isso precisava ser dito agora,
As mãos dele estavam sobre os seus ombros,
Os seguravam com força segura,
A figura dele era tudo de que mais precisava,
Suas mãos se seguravam em seus braços,
Evitava encará-lo tentando buscar as palavras,
Sentia que todas as suas defesas começavam a vacilar,
Agora, o sol já se punha,
E as estrelas começavam a despertar,
Mas dentro dela tudo parecia dormente,
Com um argumento doentio e miserável dentro de si,
Temia um adeus que pusesse um fim,
Deu as costas a todas as razões que dissessem não,
Qualquer coisa que buscasse afastá-los,
Mas existem verdades que não podem ser escondidas,
E esta teimava em vir sempre que o via,
Amar em verdade dispensa mentiras,
Tropeçando em si mesma como se o chão se esvaísse,
As mãos apertavam com força evitando a partida,
Se implorar por seu amor bastasse...
Ela abrigada a ele era tudo que mais queria
E que tudo o mais fosse como quisesse,
Precisava ser abrigada, será que ele entenderia?
Que todas as suas ideias lhe fugissem e perdesse a sanidade,
Qualquer coisa que pudesse evitar a sombra do adeus,
Por um minuto que fosse,
Mas, um minuto depois do fim do beijo,
Aquele minuto em que se demorava a pensar,
Em que tudo era revisado,
E a deixava em erro,
A lua chegava com um sorriso frio,
Estrelas de inverno costumam ficar mais no alto,
Brilhavam intensas sobre o negror de um céu apagado,
A luz errava dele e buscava outras coisas,
Um pouco mais distante sobre a calçada de pedras,
A solidão caia sobre seus sonhos repentina,
Como o dia em que o encontrou ali mesmo,
Dos céus Deus envia uma salvação,
Então, o Buscou com profunda emoção,
De súbito o sorriso dele pôs seus medos em fuga,
Havia amor em seu olhar,
Em meio a dor que ameaçava devorá-la,
Ele a via e a mantinha segura,
Suas mãos eram feito garras atentas,
Pareciam afiadas e prestes a protege-la,
Se palavras poderiam ficar afiadas,
O amor também poderiam amordaça-las,
Se pôs na ponta dos pés e o buscou,
Demorou-se no beijo que encontrou.
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