-Quer se casar comigo?
Cinco segundos de ternura,
Duas mãos entrelaçadas uma sobre a outra,
Ela estende a dela sobre ambas,
Suspira, sorri e determina:
-Pensei que seria comigo!
Contém o soluço
E se volta a recostar na cadeira,
Desistindo do movimento
De aproximar.
-Por quê?
Pensou isso com base em termos transado?
Ele ri sem expressão,
Seus dentes brancos trincados
Revelam comando,
Felicidade é sonhos.
-Eu era virgem...
Ela olha para seu decote,
Os contornos da blusa que usa,
Deseja fecha-la,
Conter-se.
-E... daí?
Ele se aproxima e retorna,
Coloca uma mão sobre a dela,
Que permanece sobre a sua outra.
-Cara, desculpa.
Você falou de amor...
Ela sente-se mal,
Pensa que não há retorno.
Foi um erro.
-Eu ganhei o que queria.
Ele sorve a cerveja,
Mantém contato,
Suas unhas fortes
Parecem mais intensas.
Dedos marcados...
-Você me queria?
Ela puxa sua mão,
Com sofrimento remove
De entre aa dele.
Está torcida, ferida.
-Ah...
Ele abre a boca
E olha para o lado esquerdo.
Não sabe o que dizer...
(Então, queria).
Ela repete em pensamento.
Pensa em pegar a mochila
E sair depressa,
Não voltar-se,
Até sentir-se longe o bastante.
O coração padece,
O corpo maculado se arrepende.
-Vamos falar de outra coisa.
Ele diz enquanto toca suas mãos,
Não parece ter notado
A falta da mão dela.
Nem ao menos (dela).