Sempre que contemplo seus lábios,
Sinto as pernas bombas,
É como se não houvesse obstáculos,
Vejo o mundo em tons de rosa.
De volta a infância esquecida,
Naqueles momentos em que
Se colhe uma flor
E senta-se sozinha,
Para sonhar.
Retorna-se lá,
Adulta, então,
Colhe os sonhos esquecidos,
Junta cada pétala da rosa,
Que ficou a esperar.
Há uma flor imaginaria entre os dedos,
E é como se a boca dele soubesse,
É como acredito ao ouvi-la,
É assim que me sinto,
Sempre que se aproxima.
Peço seu beijo,
Seu abraço e carinhos,
O mundo é tomado das rédeas,
No lugar há uma rosa,
Sedenta do carinho
Que sempre esperou.
O sempre que almeja o futuro,
Já existia e nunca foi esquecido,
O presente que se sonha,
Já vivia lá atrás,
São espaços que se misturam.
Por um momento,
As certezas entram em queda,
Ouço um gemido,
Não são meus lábios que se apegam,
São os do outro
E há neles todas as promessas de que preciso.
É como se uma música romântica soasse,
E embalasse dois corpos,
Será que ele pode ouvi-la?
Eu gosto de músicas românticas...
No segundo em que ele toca minha boca,
Sinto a rosa cair das minhas mãos,
Esqueço tudo que houve,
Desisto do futuro,
Me abrigo na segurança que há nele,
Não há outra necessidade.
Mas, logo que dou por mim,
A rosa está nas mãos dele,
A mesma da qual desisti,
Agora os objetivos que eu tinha,
Não são apenas meus..
Me abrigo nele.
Olho em seus olhos e a vejo,
É como se ela ganhasse vida
De seus atos.
A imagem surrada se apoia no abraço que eu gosto,
Faz do seu peito um fundo colorido,
Ela gosta da estampa que ele usa.
Eu o prefiro desnudo,
Será que ela sabe disso?
Rosas requerem cuidados específicos,
Que droga,
Ele está impedido de tirar a roupa,
Me vejo insegura segura.
Lábios sorridentes,
Escondem seu gosto sedento,
Minha sede derrama-se,
Exibo tudo que penso,
Preciso dele comigo,
Essa rosa sabe disso.
Penso que ela faz cobrança,
Ora, Quisera eu nunca ter tido este passado,
Mas nunca te-lo sonhado em minha vida?
Querido ele ao meu lado?
Droga, o preço do apenas agora é pesado,
Perde-lo.
Não posso!
Rosas mortas não renascem,
Flores esquecidas perdem-se,
Estremeço,
Castigo perde-lo.
Não assumo este risco.
Me aproximo dele,
Sabendo da rosa frágil em suas mãos,
Cuido dela sabendo que é minha,
Busco sua nuca,
Procuro seus lábios e mudo a música,
Penetro sua boca,
Toco sua língua,
Sinto o líquido de sua boca,
O gosto dela me preencher,
Na margem logo próximo ao meu útero,
Há a rosa adormecida.
Eu o amo.
Amo a forma como sua mão esquerda
Encontra minha coluna,
Acho que ela gosta do que me alicerço.
Ele.
Me segura firme nele.
É onde quero estar pra sempre...
05/11/2023.
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