-Vem cá.
Ele estende a mão,
Deixa-a.
Ela inclina-se com emoção.
-Não vou te machucar.
Ela viu-se a reviver a cena,
Com algumas lágrimas no olhar,
Não, ainda não estava inteira.
Virou-se e encarou seus olhos,
Haviam vestígios dela neles,
-olá, lembrou de nós?
Ele gagueja e esboça um sorriso,
-lembrar-se?
Então, parte.
Vai embora da mesma forma,
Ela toma direção oposta.
- qual o motivo do chamado?
Vê-se a indagar em voz alta.
Inspira a incerteza,
E aspira a liberdade,
Cala o grito do espanto,
Não queria te-lo visto,
Ouvi-lo ainda produzia efeito,
Nefasto, devasso, perverso.
O silêncio abre o botão da primavera,
Terceiro dia e primeira flor,
Impactante feito um golpe de faca,
Porém, apenas o desenrolar dos dias.
As lágrimas estavam mais perto.
Bem, ele disse que a amava,
Que era a segunda em sua vida,
E a primeira foi um erro...
Mas, em quê isto acrescentava?
Talvez, a que ele esperava
Estivesse indisposta...
Pessoas esperam umas as outras,
Acho que são por isso que as escolhem.
Não é questão de melhor ou pior,
Rostos não preenchem opiniões,
A questão é rótulos, propaganda
E facilidades...
Não , não gostava dele.
Não sentiu-se segura ou atraída por ele.
-se ele perguntar sobre mim,
Irei dizer que estou bem.
Não preciso estender conversas paralelas.
Sentia medo de chorar,
Lágrimas com o tempo são desnecessárias,
Se não há com quem dividir a dor,
Expor sentimento,
Penso que lagrimas são para consolos,
Chora-se por que precisa de um abraço...
Não faz sentido amar para esquecer,
A cabeça grita muito,
O coração custa para entender,
Não faz sentido amar para esquecer,
Está situação é embaraçosa,
Traiçoeira e dói muito.
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