segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Casa Comigo

-Quer se casar comigo?
Cinco segundos de ternura,
Duas mãos entrelaçadas uma sobre a outra,
Ela estende a dela sobre ambas,
Suspira, sorri e determina:

-Pensei que seria comigo!
Contém o soluço 
E se volta a recostar na cadeira,
Desistindo do movimento
De aproximar.

-Por quê?
Pensou isso com base em termos transado?
Ele ri sem expressão, 
Seus dentes brancos trincados
Revelam comando,
Felicidade é sonhos.

-Eu era virgem...
Ela olha para seu decote,
Os contornos da blusa que usa,
Deseja fecha-la,
Conter-se.

-E... daí?
Ele se aproxima e retorna,
Coloca uma mão sobre a dela,
Que permanece sobre a sua outra.

-Cara, desculpa.
Você falou de amor...
Ela sente-se mal,
Pensa que não há retorno.
Foi um erro.

-Eu ganhei o que queria.
Ele sorve a cerveja,
Mantém contato,
Suas unhas fortes
Parecem mais intensas.
Dedos marcados...

-Você me queria?
Ela puxa sua mão, 
Com sofrimento remove
De entre aa dele.
Está torcida, ferida.

-Ah...
Ele abre a boca
E olha para o lado esquerdo.
Não sabe o que dizer...
(Então, queria).
Ela repete em pensamento. 

Pensa em pegar a mochila
E sair depressa,
Não voltar-se,
Até sentir-se longe o bastante. 
O coração padece,
O corpo maculado se arrepende.

-Vamos falar de outra coisa.
Ele diz enquanto toca suas mãos, 
Não parece ter notado 
A falta da mão dela.
Nem ao menos (dela).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Busca aos Peixes

Masharey acordou, Subiu na alta cadeira Feita de pneu usados, E cantou alto: - estou no terreiroooo! Em forma de canto. Ap...