domingo, 1 de dezembro de 2024

Amigo de Peido

Amigo de Peido
Pitel viu sua mamãezinha
Organizando as florezinhas,
Ela trocava a terra
De cada um dos vasos
Para ficar mais bonitas.

Naquilo Pitel ouve um barulho,
Um barulho muito estranho,
Pitelmario correu ver se
Namadinha havia caído
E quebrado algum de seus ovos.

Mas logo chegou no ninho
Descobriu que Namadinha
Estava muito bem,
Seus ovos também,
Mas, ao cruzar por sua mamãe,
Outro barulho.

Pitel ficou atrás da mamãe,
Se sentiu um pouco tonto,
Abriu a asinha
E abraçou a mamãe:
- mamãe, que peido fedorento!
Depois disso, ela soltou outro,
Ele não aguentou,
Riu muito,
E bateu sua asinha
Várias vezes,
- rá, ra, rah.

Pitel sorriu muito.
Descompassado,
Ele arfou o peito
E chamou a atenção da mãe
Com a asa,
A mãe o olhou:
- ah, lindo Pitel.
Te amo.

Ela aproximou-se dele,
E o beijou ternamente.
De repente, outro barulho,
Desta vez,
Um estranho
Mexeu na terra,
Levantou poeira para o ar,
E um cheiro devastador,
Este Pitel não aguentou,
Bateu forte suas duas asinhas
Sem parar.

Pitel peida muito fedorento!
A mãezinha beijou Pitel
Da volta,
Com todo afeto:
Aí Pitel, a sorte
Que o seu peidinho
Demorou a chegar,
Chegasse junto ao da mamãe,
Matava a plantinha.
Rah, rá, ra.

Ele pulou no colo da mãe,
Levantou poeira para o ar,
Os dois riram muito.
Gargalharam abraçados,
O papai de Pitel abraçou
A mamãe,
Todos sorriram divertidos.

Primeiro Nado No Rio

Fez calor na manhã
Da linda chácara,
Ao sul do Brasil,
Oeste do estado regional.
Calor imenso,
Seis horas o sol estava dormindo,
Mas o calor não deu descanso,
Sete horas e o suor escorria no rosto,
Molhava a franja na testa,
Colava as penas.

Oito horas ninguém aguentava,
O pai acordou cedo
Molhar as plantas,
A mãe logo atrás
Trocar a terra das flores
Que sentiram-se fracas.

Da primavera para o verão,
Pouca chuva,
E mormaço horrível,
Não há sol,
Mas o calor parece brotar da terra,
E se encontrar logo,
Muito próximo de nossas cabeças.

Dona Efruziva,
Juntou seus patinhos,
Três meses após seu nascimento,
E guiou-os para o rio,
Mediante as circunstâncias,
Tornou-se impossível resistir
A sensação de conforto,
E alívio que a água traz.

Desceu ela a frente,
Ao seu lado Masharey,
Cantando,
Brincando com a primavera florida,
Atrás dela seguiu um,
Seguiram dois,
Seguiram três,
Seguiram quatro,
Seguiram cinco,
Seguiram seis,
Seguiram sete patinhos,
Seguiram oito,
Seguiram nove,
Seguiram dez,
Seguiram onze patinhos.

Efruh desceu até o porto,
Chegou na areia,
E logo encontrava-se
De frente a água,
Colocou o pé direito,
Rápida,
Levou o pé esquerdo
Até a água,
Deitou-se nela,
Abriu as asas
Sacudiu-se,
Beijou de pena a pena,
Abriu todas elas ,
Espreguiçando-se.

Então, chamou seus patinhos,
Eles sorriram,
Se aproximaram,
Pois haviam ficados parados
Embaixo do pé de seriguela,
Cuidando as grumixamas cresceram,
Já que estão grandes,
Mas verdinhas.

Três entraram juntos,
Sentiram a água sobre seus pés,
E terra sob eles,
Depois, paulatinamente,
Entraram os outros,
Efruh passou por eles,
Nadando feliz,
Dois subiram em suas costas,
Deslizaram de lá para a água,
E o outros, simplesmente,
Nadaram.

Fizeram de Efruh
Um escorregador,
Subiam nela
E escorregavam para a água,
Nadavam um pouco,
E voltavam,
Eles sentiam medo
Era o seu primeiro nado
Na água do rio Chapecó.

sábado, 30 de novembro de 2024

Traída

Hoje meu nome
Saiu marcado lá,
Você não estava comigo,
Nem a garota,
Mas logo houve o desenlace,
O nome pertencia a ela.

Foto de você e amigos,
A marcação do nome da garota,
E para eu, 
O aviso,
Não era eu mesma,
Era garota parecida,
Nome igual,
A querida...
Queridinha estúpida sua.

E por motivo estúpido,
Eu fui avisada disso,
Caramba,
Imaginar você me trocar por outra,
Eu, a garota que lhe dá valor,
Que lhe confia,
E se entrega por amor...
Quero que o diabo te coma!

Que droga,
Amor parece palavra de esquina,
Que qualquer uma é capaz de dar,
Mas querido menino de castelo,
Lá na esquina,
Quando eu passei de ônibus,
Ouvi falar,
Que as garotas de lá
Não se atribuem ao dar,
E você achou que me viu em outra,
Ou que minimamente,
Ela poderia ser uma versão
Mesmo que insignificante
Minha?

Não garoto de castelo,
Não seja um iludido,
Eu acordei e sangrei aos meados,
Me doeu até a morte,
Um sangue vermelho e intenso
Escorreu por minhas pernas,
Sem forças,
Eu não queria levantar da cama,
Não queria me limpar,
Nem me importar em manchar
A coberta,
(Aquela que me senti feliz
Em adquirir em pequenas parcelas
Para te aquecer
A noite).

Eu fui empapada
E sem forças,
Me sentindo gorda
Feito uma paca,
Empoçada em dores,
Sofrendo desamor,
Mas bem,
Exceto a sinceridade do meu interior,
Eu não chorei uma lágrima,
Eu só lhe desejei
Um soco na cara,
Quis juntar aquele sangue todo
E lhe jogar contra o rosto,
Mas iria sujar minhas paredes,
Estragar meus livros,
Foi-se a fossa minha feminilidade,
Eu falei,
Eu ainda sinto as dores,
Sangue quente,
Com seu cheiro,
Vigoroso e vermelho intenso,
É você me meteu hoje!

Decepção

Decepcionante,
Reconhecer alguém,
Atrair-se,
Crer,
E tão de repente,
Nada houve.
Amor platônico,
Aquele por quem dedica-se
Profundo afeto,
E no instante mais cruel,
Acaba-se.

Talvez,
O não chegar a haver
Seja pior do que aquele
Que existiu e fracassou.
Te amo.
Existe dentro de mim,
Existe dentro de você.

O amor.
Não quero te perder,
Meus sentimentos são confusos,
São muitas más influências
E elas me convencem,
Você acha que sou louca?
Até ontem estava tudo bem,
Hoje,
Se você me deixar,
Eu escorro por meus meios
E morro.

Há formas de uma mulher
Escorrer a si própria
Num momento profundo de perda,
Então, você pensou que não é importante?
Que eu acordaria
Sobre a ameaça de não tê-lo,
E conseguiria me conter?

Me desculpa,
Já sofri demais sozinha.
Eu verto em sangue.
Mas, nenhuma lágrima.
A minha expressão se desfez,
Queria não ter sonhado,
Não ter contado com seu amor,
Não ter visto em você ciúmes,
Ou outra coisa
Que considerei por demonstração,
Assim, então,
Eu não teria acreditado,
Não teria dado vasão a tanto afeto,
Não o acrescentaria em meus planos.

Mas você não tardou a me desenganar,
Disse um simples
“Eu não a amo”.
E isto basta,
Eu o quis por amor,
Por outra coisa não será o bastante,
Entregar-me por prazer,
Apenas para o transcorrer de horas,
Não será o suficiente,
Eu aceito o seu desamor,
Obrigada pela sinceridade,
Me desculpa o teor.

É vexatório ama-lo tanto,
Ter acreditado que haveria meios,
Ter buscado encontra-lo,
Ter colocado em nós dois
Todos os esforços,
Porquê eu tentei te conquistar,
Eu fiz esforço por este sentimento,
E você vira e diz “não sinto nada”,
Eu preciso aceitar seu desafeto,
Acatar sua recusa,
Buscar outro em sentimento.

Me sinto decepcionada.
Profundamente aturdida,
Estou vencida,
Em uma batalha sem brigas,
Apenas o não houve,
Expectativas destruídas,
Não cai-se em ruínas
O que não chegou a ser construído,
Mas, acho que precisa
Ao menos duas pessoas
Para segurar um teto,
Ou então, dois alicerces
No mínimo,
O amor que nos unia ruiu
E você nunca o sentiu.
É isso.

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Garota Vulgar

Minha irmã
Discute por tudo,
Ela compete comigo,
Somos distantes uma da outra,
Eu sinto muito.

Minha mãe cobra
Que eu lhe seja próxima,
Mas sinto
Que ela não é cobrada
Da mesma forma.

Há sempre um quê
De querer ser superior,
Ora superioridade é momentânea,
Me parece que sua vida
É tão rápida
Que ela acaba por não ver
Quem está do seu lado
E lhe quer bem.

Sendo grosseira,
Porquê não vim aqui fazer gracejos,
Ela parece ver diante de si
Somente os homens,
E ainda pensa
Que ser assim é ser feliz.

Será que ela é realmente tão perfeita,
E diante dela
Eu não seja capaz de ver outra,
E construí está ideia
De quê ela só quer
Passar por sobre eu mesma?

Rejeitar meus sonhos,
Subestimar minhas conquistas,
Achar que o cara que eu desejo
É o bom da hora,
E que ela precisa ter ele
Para se sentir capaz?

Ora,
Sinônimo de beleza
Para ela,
Tornou-se estar mais bonita que eu,
Que graça
Há na desgraça?

Qual é o riso
De roubar de um alguém o sorriso?
Será que sou medíocre
Por ver nela tanto ciúmes?
Não quero competir com irmã,
É horrível não se reconhecer em família,
Há sempre opiniões distorcidas,
Mas está difícil nosso envolvimento,
Prefiro não ferir,
Mas por quê ela não se afasta de mim?

Ela deu em cima
Do carinha com quem eu estava,
Feriu meus sentimentos,
Maculou a honra dele,
Ela foi capaz de me fazer chorar,
Pensou que ele iria deseja-la,
Por quê ele faria isso
Se me escolheu desde o princípio?

Ele não o fez,
Passou-se o tempo,
E ele está comigo,
Mas eu sofri por isso,
Por quê ela faz essas coisas?
Será que buceta baba
Porquê vê lágrimas?

Eu fui baixa agora,
Me sinto assim sempre
Que falo mal dela,
Rejeição é uma porra,
Mas que porrada é ela?

Um soco no estômago
De deixar sem ar,
Uma puta
Que não sabe seu lugar.
Que droga isso
De brigas em família,
Mas o motivo não é bobo,
Não é legal
Garota que seduz o cara que você gosta
E isto também serve para a sua irmã,
Que porra de ideia,
A minha por dar bola,
A dela de ser porrada na cara!

Essa porra de “gozei
Com ela pensando em você”
É ideia que satisfaz
Apenas garotas vulgares.
Garotas solitárias 
É que vão em busca
De caras que não querem
Absolutamente nada com elas.

Saudade com Gosto de Infância

O quanto é difícil separar-se,
Por horas, minutos e instantes,
Deixar o colo da avó,
Porquê seus ossos estão frágeis,
Ela já não suporta que você cresceu.

Sim,
Você não nota,
Mas suas brincadeiras
Não são as mesmas,
Até os amiguinhos
Estão mudados.

Antes fazendo bolo de barro,
Agora esfrega os pés na terra,
Não se agacha tanto,
Olhos para a distância.
A oração da noite
Sente medo,
Os pedidos são diferentes,
São distintos os agradecimentos.

O colo do pai e da mãe,
É substituído por um abraço,
Mais tarde,
No beijo ao final da oração noturna.

Entre as mãos que fechadas
Souberam falar com Deus
De maneira tão próxima,
Verdadeira e fiel,
Agora repousa o beijo
Que é endereçado aos pais,
Ao avô, a avó.

Ossos frágeis,
Pele flácida,
Já não suportam
Abraços apertados,
E eu te amo gritados
Ao ouvido tão altos.

Beija-se os bracinhos
Que tanto abraçaram
Quem amam,
Como pedidos emudecidos
Pela chegada do sono.

Até a fala com Deus
Se torna mais silenciosa,
É como se houvesse
O demonstrado,
E o amor escondido,
Nem por isso diminuído,
Apenas deixa de ser público,
Por algum motivo.

Anos posteriores,
Imagina que foi a primeira paixão,
O primeiro menino,
Mas a verdade é que o amor
Silencia-se conforme chega a altura,
O amadurecimento das ideias,
Traz maturação de sentimento.

Mas amor não envelhece,
Por quê amor não possui círculo de vida,
Amor não morre,
Ele subsiste.

Mas a mão fechada
Diante do medo
Permanece instinto,
Pensa-se é para defesa,
O que na verdade
É apenas o manter próximo
Daquele que,
Já não sabe-se por quê,
Foi posto a distância.

A mão que abraçou tanto,
Soube manter perto,
Mesmo que apenas o coração
Ainda entenda os motivos,
Mesmo que o cérebro
Já não rememore tão rápido,
Mesmo que aquele
A quem tanto dera-se amor,
Hoje resida em lugar
Onde não se possa alcançar.

Resta o sentimento.
Persiste o carinho.
O tempo não apaga isso.
Aquele gosto de infância,
Aquele coração sempre quentinho,
-saudade eu sinto da vózinha,
Saudade eu sinto do vôzinho.

Não pode ficar,
Eu não fui visitar,
Paterno não posso alcançar,
Materno preciso ir lá!
Fica comigo a lembrança
E a saudade que sente falta.

Sem Energia Elétrica

Não há energia na casa,
Não há energia próximo a casa,
A tempestade chegou,
E algum poste não suportou,
Talvez, alguma árvore auxiliou,
O que sabe-se?
Faltou energia elétrica.

Não se lava a roupa,
O banho é frio,
Não se houve músicas,
Mas as vozes permanecem,
E a alguns metros
As miragens.

Confesso que me causa espanto,
Chego a porta,
E há música,
Ligo o interruptor
Não há mais nada,
Era apenas barulho,
Sons para me deixar louca.

A quanto isto me obriga?
Meu estremecer de medo
Ganha figurino,
Penso se é devido a bateria
Do celular
Que eles ainda estão aqui,
Fosse tão simples,
Fosse tão simples.

Não sinto que é.
Sorte tenho de poder contar com amigos,
Dividir histórias,
Ser ouvido.
Fora isso,
Passam nuvens neste céu azul,
Rápidas e riscadas,
Brancas escurecidas,
Penso que vem chuva.

Rezo a Allah
Para que venha,
Plantei bananeiras,
Sementes de uva,
Plantei sementes de maçãs,
Que Allah abençoe está plantação
Com chuva calma
E derramada.

No fogão faço a comida,
O horário do almoço se aproxima,
Espero a chuva chegar
Com calma e positividade,
O que há de mal
Que Allah distancie,
O que for de Sua bondade
Que Allah nos abençoe.

Polícia e Tiro

Sirenes, buzinas ou apitos Não avisaram Que uma guerra Havia iniciado no país inteiro. A televisão foi cancelada Por ordem...