sábado, 30 de novembro de 2024

Decepção

Decepcionante,
Reconhecer alguém,
Atrair-se,
Crer,
E tão de repente,
Nada houve.
Amor platônico,
Aquele por quem dedica-se
Profundo afeto,
E no instante mais cruel,
Acaba-se.

Talvez,
O não chegar a haver
Seja pior do que aquele
Que existiu e fracassou.
Te amo.
Existe dentro de mim,
Existe dentro de você.

O amor.
Não quero te perder,
Meus sentimentos são confusos,
São muitas más influências
E elas me convencem,
Você acha que sou louca?
Até ontem estava tudo bem,
Hoje,
Se você me deixar,
Eu escorro por meus meios
E morro.

Há formas de uma mulher
Escorrer a si própria
Num momento profundo de perda,
Então, você pensou que não é importante?
Que eu acordaria
Sobre a ameaça de não tê-lo,
E conseguiria me conter?

Me desculpa,
Já sofri demais sozinha.
Eu verto em sangue.
Mas, nenhuma lágrima.
A minha expressão se desfez,
Queria não ter sonhado,
Não ter contado com seu amor,
Não ter visto em você ciúmes,
Ou outra coisa
Que considerei por demonstração,
Assim, então,
Eu não teria acreditado,
Não teria dado vasão a tanto afeto,
Não o acrescentaria em meus planos.

Mas você não tardou a me desenganar,
Disse um simples
“Eu não a amo”.
E isto basta,
Eu o quis por amor,
Por outra coisa não será o bastante,
Entregar-me por prazer,
Apenas para o transcorrer de horas,
Não será o suficiente,
Eu aceito o seu desamor,
Obrigada pela sinceridade,
Me desculpa o teor.

É vexatório ama-lo tanto,
Ter acreditado que haveria meios,
Ter buscado encontra-lo,
Ter colocado em nós dois
Todos os esforços,
Porquê eu tentei te conquistar,
Eu fiz esforço por este sentimento,
E você vira e diz “não sinto nada”,
Eu preciso aceitar seu desafeto,
Acatar sua recusa,
Buscar outro em sentimento.

Me sinto decepcionada.
Profundamente aturdida,
Estou vencida,
Em uma batalha sem brigas,
Apenas o não houve,
Expectativas destruídas,
Não cai-se em ruínas
O que não chegou a ser construído,
Mas, acho que precisa
Ao menos duas pessoas
Para segurar um teto,
Ou então, dois alicerces
No mínimo,
O amor que nos unia ruiu
E você nunca o sentiu.
É isso.

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