Então, chegou mensagem,
Meses hein?
Você voltou,
De saudade a saudade,
Retornou.
Não me contou o que fez,
Eu não pedi ambages.
Quanto tempo,
Eu nem lembro!
Eu segui o trabalho,
Vivo de beijo a beijo,
Esqueci de você por completo.
Então, abro a mensagem e o vejo.
Respondo.
Claro,
No começo sou raivosa,
Não escondo,
Não é por rancor,
É efúgio.
Você chega todo educado.
Tudo certo.
Perdoado.
Em outubro,
Dia 01,
Eu acho.
A noite chega cedo.
As ruas estão escuras
Quando você se despe
De príncipe
E abandona o Palácio.
Fico feliz por a noite ter caído,
Imaginar você tirar o sapato,
Calçar botas de barro,
Mas logo inicia mesmo papo,
Conversa antiga,
Teor melodioso,
Dispendioso,
Amparativo.
O que você me pede
Está além do meu alcance,
Já foi repetido tanto
O desenlace
Do que você fala,
Eu escuto e lhe respondo,
Que imagino que você sabia
Ou então descobriu,
Eu não tinha mesmo
Tal poderio.
E você,
De repente,
Não tinha outra desculpa
Para usar de conversa.
Ok.
Podíamos falar da lua,
Do sol, da terra e outras coisas,
Mas você prefere falar de emprego,
Da dificuldade de encontra-lo,
Do prazer de exercer função,
Receber salário,
Ser independente,
Me diz que é bom com os números,
A cada salário,
Sabe bem o que fazer,
Nisto combinamos.
Ok.
As vezes, eu extrapolo gastos,
Preciso realmente de um amparo,
Você entra e resolve,
Cálculo e cálculo.
Ok.
Cidades distantes,
Coisa chata de se viver,
Vamos calcular quilômetros,
Números considerados em gastos,
Perfeito.
De repente, a parcela de um terreno,
O sonho de ter nosso filho.
Ótimo.
Você é lindo.
Perfeito.
Bom nos números.
Então, calcula nossa chance juntos.
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