segunda-feira, 14 de julho de 2025

Te Amo Pra Sempre

Pelos céus da meia noite,
Não é cedo,
Nem parece tarde,
Até vislumbro um céu azul,
Baby, prefiro dizer
Que vejo você,
De violeta e algo de amor.
Não quer dizer
Que se o dia amanhece azul,
Não teria tudo de sorte,
Se eu ouvisse eu te amo baby,
Daquele jeitinho que você quer,
Porém, de você pra mim,
Porquê baby,
Aqui dói ouvir você
Me violar dizendo a outro
É eterno,
Querida, quando penso em João
É como ouvi-la falar de Pedro.
Por que você não me diz
Eu te amo,
E mudamos o tempo
Para as nove.
Se eu relembro de você,
 Realmente, baby,
A ponto de ouvi-la dizer
É eterno,
Olhando em meus olhos
Como o fez na primeira vez,
Baby, eu sempre a chamei
De querida,
Se o sonhado lar
Eu não fiz,
Nem hoje tenho onde
Repousar a cabeça para descansar,
Querida,
Não foi bonito
Isso que fiz,
Baby, não se tornará melhor
A partir de agora
Que lhe disse...
Eu abusei de nós,
Pisei no que sentíamos,
Nunca fui aquele homem
Tão perfeito e intenso.

sexta-feira, 11 de julho de 2025

Caso: Assassinato da Balconista

Aos vinte e cinco anos
Não se espera a chuva fria
De julho
Quando se sai para o trabalho,
Na calada da noite,
Até altas madrugadas,
Meu trabalho?
Eu sou balconista.
Cheguei no bar,
Coloquei o uniforme,
Passei no banheiro
Lavar o rosto
Cujos maquiagem
Começava a escorrer,
Nesta altura,
Eu já estava quase cega.
Sequei o rosto,
Isto me animou para o trabalho
Que seguiria incansável
Até enquanto houvesse
Um único cliente,
Passei no bar,
Tirei o pó,
Revi todas as bebidas,
Olhei o cardápio de drinks.
- está noite promete!
Comentei com Aroldo.
Ele sorriu secando um copo
Que lavava na pia.
A chuva corria feito um sopro
Sobre o vidro da frente
Do bar.
Pequenas gotas escorriam
Formando uma espécie
De cuspo sobre o sopro,
Como se o ar frio
Lá de fora
Tivesse algo muito sério
A dizer.
Estremeci sob o avental.
Segui até a mesa do bar,
Passei um pano umedecido,
Retornei quando chegou
Nossos dois primeiros clientes,
Pediram uísque,
Bebida simples
Que aquece o corpo,
Foi servido.
Anotei na comanda
O pedido,
Deixei com eles
Para pagamento no caixa
Quando fossem se retirar.
Ambos sorriam simpáticos,
Após pediram dois sanduíches,
Eu os fiz com prazer,
Joguei os ovos na chapa,
Cortei o queijo,
Lavei a salada crespa,
Cortei fatias do nosso
Melhor presunto,
Com algo de calabresa,
Caprichei.
Eles adoraram,
Beberam muito mais,
Os servi,
Deixei tudo anotado.
A chuva não quis calar
O que quer que quisesse dizer,
Num sopro de vento
Empurrou as janelas
Batendo-as com força
Contra a parede
E sussurrou em pingos
Mais intensos.
Me aligeirei,
Fechei o vidro das janelas,
Eram quatro,
Uma ao lado da outra,
Deixei que a rua ficasse visível.
Ouvi os dois homens
Que chegaram na abertura
Do bar comentarem
Um com o outro
Sobre a vida de presidiário,
Não encontrei evidências
De que ambos fossem
Foragidos de algum presídio,
Ou ex-detentos,
Mas os ouvi comentando
Sobre uma grande fuga.
Fui até o balcão,
Fiz uma pesquisa na internet,
E descobri que houve
A dita fuga,
Ocorreu no estado do Paraná,
E não sabiam precisar
O número de foragidos,
Pois atearam fogo
Na sala de arquivos.
Sorri para ambos
Curiosa para obter informações,
Mas, Aroldo me impediu
De me aproximar tanto,
Se tratava de um bar,
E eu não poderia ser inconveniente
No meu local de trabalho.
Chegaram logo mais homens
Ao bar,
Reuniram-se uns dez,
Então, vieram quatro garotas,
Após risos altos,
Chegaram também quatro
Rapazes e sentaram-se
Com elas.
Bebidas a mesa,
Comanda ao lado,
Muitos sanduíches servidos,
Eu me cansei,
Sentei no banco
Próximo a pia,
E me coloquei a escrever
Em meu diário
Buscando passar o tempo.
Eu recolhi alguns
Guardanapos velhos
Que Aroldo queria jogar
No lixo,
E usei-os para diário.
Coloco observações,
Receitas, anotações
E o que mais vier em mente.
Aos poucos o frio uivou,
Havia algo de selvagem no ar,
Isto me causava estremecimento.
Era como se mais
Que os tais presidiários
Estivessem a solta,
Era algo de ruim,
Eu não soube o quê.
Na saída do último cliente,
Que tratou-se exatamente
Dos dois homens que chegaram
Na abertura,
Eu pedi carona para Aroldo,
Tive medo de ir até o ponto
De ônibus as escuras,
Em meio a névoa
E a chuva fria,
Aroldo chegou até seu carro,
E estava com três pneus
Furados.
Simplesmente, o carro
Estava no chão,
Era impossível andar,
Quando ele ligou
O painel apontou pouca gasolina,
Ele ficou estarrecido,
Parecia que foi roubado,
Tudo indicava que se tratava
De um ato de vandalismo.
Ele retornou ao bar irritado,
Na porta os dois homens
Sorriam um para o outro,
Eles estavam de carro.
Aroldo morava nos fundos,
Não corria risco,
Ao menos parecia.
Retornei, anotei no guardanapo,
O incidente irritante da noite.
Estas foram as últimas
Anotações de Aríete,
Depois disso,
Não se obteve novas notícias
Exatas a respeito dela.
A polícia recolheu cada
Um dos guardanapos,
Eles estavam unidos,
Em ordem de escrita,
Foi lida de palavra
A palavra
Tudo que ela escreveu,
Nada identificou
Se paradeiro ou o que
Houve com ela.
Um ano após,
A polícia desistiu de fazer buscas,
E arquivou o caso,
Retirou sua foto da rede social
Da página “procura-se”.
A família recolheu os guardanapos,
Em cada dia lê
E os relê para buscar evidências,
Qualquer pista que seja.
Apenas, quando Arilson
Estava sentado a mesa,
Tomando o café da manhã,
O jornal lhe chamou a atenção
De maneira particular,
Seu coração deu um salto,
E depois quis parar
Para sempre,
Ficou apertado,
E ele chorou
Vendo a página.
Um presidiário foragido
A um ano foi encontrado,
E estava de volta no presídio,
Ele tardou ser alcançado,
Pois fugiu para outro estado,
O estado de Santa Catarina.
De tão irritado
Que ficou por ser encontrado
Relatou no instante da prisão
“que, sequestrou uma garota,
Que ela era morena, alta
E simpática,
Juntou-se a Edivaldo,
Roubaram um carro
E a levaram até uma determinada altura da estrada,
Lá ele parou no acostamento,
Ele, Jean, passou para o banco
De trás e a estuprou,
Liberando toda a sua lascívia,
Depois disso,
Edivaldo se irritou
Com o choro dela
E reclamações de dor,
E a esfaqueou,
Então, se livraram do corpo,
Jogando para fora do carro
Onde quer que estivessem
Porquê não se importaram
Com o lugar,
Depois disso,
Ele cruzou os braços
E exigiu a prisão de Edivaldo,
Ele não entraria sozinho
De volta para a cela,
Pois havia fugido com ele
E se recusava a pagar
Sozinho condena.”
O policial riu na cara dele,
Passou algemas em seus pulsos
E o conduziu até a cela,
Lá enquanto outro abria
A porta feita de grades,
Ele retirou a algema
E o empurrou para dentro
Através de um chute
Na bunda.
Ao final da notícia,
Havia um fotografia do
Rosto dele,
Outra mais pequena de Edivaldo,
E uma observação
Sobre se alguém em entrou
Algum corpo nas mediações,
De onde, não saberiam dizer,
Mas, em caso de informações
Havia um número de telefone
Para que ligassem.

quinta-feira, 10 de julho de 2025

Beijos Desmedidos

Ele segurou o rosto
De Clara entre suas mãos:
- não esqueça,
Eu não sou o homem certo.
Ele falou com um suspiro
Trêmulo sobre os lábios dela,
Traçando seu contorno
Enquanto dizia cada palavra,
Feito uma carícia de vento
E algo passageiro,
Contudo, aterrador.
- okay, aceito o desfecho.
Ela respondeu,
Levando uma mão
Sobre o rosto dele,
E o mantendo fixo,
Com o olhar preso aos seus,
Então, seria isto:
Sexo e pronto!
A boca de Leandro
Capturou a de Clara,
Sugando seus lábios,
A carícia fez ambos
Entretecer de prazer
E desejo profundo.
- você precisa entender
E aceitar o que digo.
Ele continuou,
Enquanto levantava sua roupa
Produzindo uma carícia
Mais íntima.
Havia algo de controle
Em perder os modos,
E afastar os limites,
Desta vez, não era com
Hora marcada,
Mas, havia uma linha
De chegada,
A qual demarcaria a trajetória
Do prazer e da entrega.
Suas respirações
Se misturaram uma na outra,
Seus rostos se tocavam,
As mãos se uniam
Como se houvesse um laço
Mais íntimo
Do que o beijo
Que realmente havia.
A promessa da linha
De chegada soava
Em voz profunda e torturada,
Uma voz que urgia por mais
E tinha,
Tinha tudo que queria,
Até satisfazer-se
E isto não implicava
Ir tão longe.
- mostre-me.
Ela falou
Apertando os lábios
Contra os dele.
- mostre-me até onde ir.
- não além de onde eu for.
Ele respondeu
Sem fúria ou desprezo,
Mas medindo prazer
Em beijos desmoderados.

Desejo Profundo

A sensação de provar
O desejo pela primeira vez,
É indescritível,
Principalmente, quando a pessoa
Decide ficar para sempre.
Eu o amei deste o primeiro instante,
Fui amada tão intensamente,
A água nos envolveu
Feito um abraço de carinhos líquido,
Eu quis mais que isso.
De início
Não sabia falar,
Não sabia como pedir,
Mas, de alguma forma
Ele soube bem dirigir,
Fez parte de nós,
Veio de dentro
E aflorou por fora.
Gemi baixinho
Contra seus lábios,
Senti vergonha
Ao olhar em seus olhos,
Mas, ele sentiu tanto afeto
Quanto o meu,
Então, timidez e desejo
Se misturaram em nossos
Corpos.
Pressionei seu corpo másculo,
Sem saber como pedir carinho,
Nem quais eu queria,
Já que era meu primeiro prazer,
Também era o dele,
Tanto mais aprofundamos,
Mais tomávamos consciência
Do que era
E até onde poderíamos ir.
Ele me beijou
Devagar no começo,
Depois mais profundo
E apaixonado,
Meu peito inflou,
E me sento levitar.
Tudo que sentia
Era desejo de completar
O ato que por si mesmo
Era completo,
Havia uma busca,
E um encontro
No mesmo instante,
E tudo ficava mais profundo,
Mais latente.
Beijei seus lábios
Como se minha vida
Dependesse daquele afeto,
E por muito tempo
A própria lembrança
Me sustentou,
Até que ele me procurasse
Outra vez,
E outra vez nos entregássemos
Ao que sentíamos
Um pelo outro.
Nunca fui o tipo de garota
Que possui casos,
Nem ele gostou da ideia,
Ficamos juntos.

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Uma Corrida de Barco

Romulo e Remanula
Convidaram a vizinha Vanilda
Para irem andar de barco
A motor no rio
Próximo as suas casas.
Vanilda era amiga inseparável
De Remanula,
Não se recusou ao convite,
Vez que a amiga
Iria levar apenas o irmão.
- Vamos nós três?
Indagou,
Descendo os degraus
Da escada de casa,
Amarrando o biquíni
Na cintura sob a camiseta
Rosa comprida.
- Sim, eu, você e meu irmão.
Ele liga e desliga o motor
Pra nós e pilota,
Nós não sabemos.
Explicou Remanula.
- Verdade, só nós duas
Não conseguimos.
Concordou Vanilda e sorriu.
Os três se deram as mãos,
Descendo o caminho
Que levava até o porto
Feito irmãos.
Havia cinquenta metros
De descida em terra e gramado
Antes do porto feito de pedras
Lisas e coloridas.
- entrem garotas,
Eu desamarro o barco.
Gritou Romulo
Indo até o tronco da árvore
Para desatar o nó da corda
Que mantinha o barco.
Vanilda e Remanula
Se sentaram no meio do barco,
Que logo foi solto,
Teve seu motor ligado
E foi guiado para o meio do rio.
No meio do rio,
Eles atracaram o barco,
Soltando uma pedra
Amarrada a uma corda
Até o fundo,
Instante em que ele ficou
Parado na água.
Os três mergulharam juntos,
Contudo Vanilda continuou
De camiseta insegura
Quanto a mostrar o corpo
De doze anos.
Após mergulharem até cansar,
Subiram no barco
E decidiram ir mais para cima
Ladeando o rio.
Assim fazendo,
Encontraram um pé de manga
Carregado de frutas maduras,
Desceram para tirar as frutas,
Jogando-as dentro do barco.
Eram muitas frutas,
Grandes e deliciosas,
O pé estava muito a margem
Do rio,
Perto dele havia muito mato,
Seria difícil retirar suas frutas
Sem que fosse pela água,
Talvez impossível,
Então, tiraram o máximo
Que puderam.
Como encheu muito o barco
Romulo optou por
Levar a irmã primeiro
Até o porto,
Ela cuidaria das mangas
Caso ventasse
E o barco ameaçasse virar.
Remanula pulou no barco
E partiu para o porto
Com o irmão.
Lá tirou todas as frutas,
Isto requereu horas
De seu tempo.
Vanilda sentiu muito medo,
Agachada na beira do moro
Ladeado por mato e urtiga.
Decidida a se socorrer,
Subiu no galho da mangueira
E ficou lá,
Descascando manga
Com as unhas e comendo-as.
Uma aranha caiu
Do galho sobre a água
E pôs-se a nadar
Com muita naturalidade,
Ela movia as patas,
E erguia-se para cima
Isto lhe soou estranho
E ameaçador.
Mas, ela não poderia
Seguir pela beira do rio
Até o porto havia muito mato.
Assim esperou Romulo.
Quando o viu,
Sorriu e acenou feliz,
Quase mergulhou até ele,
Não fosse o medo da aranha
Teria feito,
Todavia, permaneceu no galho
Comendo manga.
Romulo chegou por baixo
Do galho,
Ergueu os braços
E pediu para Vanilda descer,
Ela se soltou nos braços dele,
E teve sua camiseta
Puxada para cima,
Feito uma carícia.
Romulo aproveitou-se
Que Remanula estava longe
E rasgou a calcinha de Vanilda,
A jogou no chão do barco
E forçou relação sexual
Com ela.
Ela chorou,
Mas ele não ouviu,
Ele pôs uma mão
Em sua boca
Para impedir gemidos
Ou gritos,
Ela não entendeu
O motivo de ele agir
Desta forma.
Mas ele arrancou o biquíni
Enquanto a forçava
Na relação,
Limpou sangue de sua genitália,
E jogou no rio,
A deixou nua por baixo
Da camiseta.
Vanilda se sentou
Sobre o banco do barco
Depois que ele
Retirou o pênis
De dentro dela
E introduziu em sua boca,
Gozando o mais puro prazer,
E abraçou o corpo
Sobre a camiseta
Sentindo-se triste.
Romulo seguiu com o barco
Carregando um sorriso
Em seus lábios carnudos.
Assim que Vanilda
Chegou ao porto
Ela agachou-se rapidamente
Para pegar algumas mangas
E correu para casa.
- me espera Vanilda.
Gritou a amiga.
- não posso amiga.
Ela respondeu.
Mas, seu coração pulsou
De maneira intensa e triste,
Talvez, tivesse que contar
O que houve
Para a amiga.
Não sabia de onde
Retiraria coragem
Para olhar para Romulo
De volta
Depois do que houve.
Uma lágrima correu por sua face,
Xixi escapou por sua vagina,
Em pé,
Enquanto caminhava,
Ela sentia-se ardendo,
E dolorida,
Parecia que não iria passar.

Lindo Abraço

Passei os olhos
Pelo corpo masculino dele,
Tão solitário no salão
De festas,
Olhos atentos e escuros,
Cabelos sedosos na mesma cor
Usando um penteado próprio.
Ele era realmente incrível,
Um físico intenso
De tirar o fôlego,
Ombros retos e firmes,
Quadris seguros e retos,
Músculos poderosos
Poderiam ser desenhados
Naquele corpo
Sem despir-lhe de seu efeito devastador.
Sem exagero de palavras,
Um homem encantador,
Aline, poderia ter ficado ali
Por horas, apenas
Observando Rahat,
Fazia tanto tempo
Que não olhava para um homem.
Talvez anos.
Todavia, nunca havia visto
Ou mesmo imaginado
Homem tão perfeito,
De traços tão poderosos,
Rahat, parecia uma escultura,
Tão lindo
Que era quase dolorido
Olha-lo,
Ciente de que
Ele poderia nunca pertencer-lhe.
Ora, homens tão perfeitos
Não ficam sozinhos,
Eles escolhem entre suas opções,
E são tantas,
Contudo, Aline arriscou-se,
Lhe convidou para um beijo,
Um sorriso encantador
Surgiu em seus lábios,
E em meio ao frio
Que descia pelos alicerces
Da noite gelada,
Ela ganhou um intenso abraço,
Apertado e seguro,
Destes que não querem soltar,
Sinceros e profundos.
Ela o amou,
Assim que o viu de perto,
Tanto quanto
O amou ao observa-lo.

Maldita Rejane: Te Quero no Inferno

Meus doze anos
Foram difíceis,
Posso dizer: cruéis.
Eu tinha um sentimento
De união familiar
Estranho para se falar,
Pois faltariam provas
Que levassem qualquer
Um a crer,
Mas, eu cria.
Minha família e eu
Morávamos ao lado
Dos meus tios,
Entre o meio deles,
De frente e lados,
Atrás havia um rio,
Eu também o via
Como melhor amigo.
Neste contexto,
As árvores frutíferas
Quando davam frutos
Dividíamos entre todos,
Mas, um dia,
Meu tio comprou uma
Árvore de cáqui.
De casa,
Eu cuidei quando frutificou,
Quando ficaram todos vermelhos,
Eu corri lá para tirar,
Não pensei que causaria
Irritação ou desafeto.
Peguei uma madeira grande
Que estava próximo
E chacoalhei contra a árvore,
Conforme era de costume,
Colho três e retornei.
Minhas primas
Da frente de casa viram,
E eu contei: sim. Peguei.
Retornei para casa
E meu tio mandou a filha
Dois anos mais velha resolver.
Ela correu por trás de mim,
Me pegou pelo pescoço,
Deu socos contra a minha cabeça,
Me deu tapas no rosto,
E enfiou os dedos
Contra a minha pele,
Puxou meus cabelos,
E me mordeu.
Eu consegui acertar
Um único soco
Em seu rosto no lado
Esquerdo
E ela chorou.
Meu tio desceu da carroça,
Atiçou o cachorro
Contra eu,
Jogou pedras contra
Meu corpo,
Contra a minha casa.
Eu senti pavor,
Eu tremi e implorei
A minha prima
Para ela me bater,
Ela acertou um soco
Contra o lado esquerdo
Do meu rosto,
Eu cambaleei para trás,
Ela me pegou pela cintura
Tentando me derrubar no chão,
Me acertou no peito,
Na coluna,
Depois me pegou
Pelo lado direito da testa,
E me manteve de costas
Contra o corpo dela,
Me prendendo pelo pescoço,
Com a outra mão
Contra meu olho e rosto.
- você merecia
Que meu tio
Te pegasse com uma
Bala no cu.
Ela disse
Com a sua voz fina
De prostituta
Que transava com os pais,
Os irmãos
E quem mais quisesse-a.
Ela feriu meu pescoço,
Feriu minha autoestima,
Feriu meu corpo,
Puxando ele para o lado,
Como se quisesse
Rasgar minha carne,
Me mordeu por toda parte.
Depois, me soltou
E saiu andando
Com sua bunda mole,
E aquele cu de canhão.
Hoje, meu esposo a matou,
Hoje me vi livre dela,
Após trinta anos,
Ela casou-se e teve filhos,
Casou com um primo,
Estuprou casa filho,
Só hoje,
Foi eliminada.
O mundo gosta de prostitutas,
As pessoas apoiam estupros,
Violência psicológica e física,
Eles gostam de ver
Estes canhões de músculos
Fodidos andando ao seu redor.
Nós não,
Nós odiamos estupradores,
Eu prefiro todos no inferno,
Eu nunca lembrei
Minha história de infância,
Nunca alguém se interessou,
Ela se tornou a boa garota,
A mulher prendada,
Aos dezesseis se casou,
Teve seus filhos e estuprou,
Estas são as incentivadas,
Aquelas que o povo gosta
De manter,
De dar existência.

Parabéns Rahat

Ra- então, nos encontramos,
Ha- você é meu sorriso,
T- Te amo mais que o mundo!
Ah- Você é muito especial,
Me- Meu maior sonho,
D- Desejos e realizações
Se misturam entre nós.
Razão do meu existir,
Amor pra vida inteira
Hoje me sinto segura,
Amigo e parceiro pra
Toda hora.
Anjo que Allah me colocou
Hoje me vejo realizada,
Mais que sonhei,
Encontro no seu abraço,
Deixo sob suas forças.
Rio do passado,
Antigas coisas que me feriam
Hoje não me tocam
Antes me levava a loucura
Tanta coisa da qual você
Me salvou
Que não sei ser sozinha,
A verdade chega e bate,
Você vem e retira o véu da face,.
Amo você em tudo,
Hoje quero ser melhor,
Meu amor,
Em você encontro amparo,
Depois de você,
Eu me vi tão grande,
Tão realizada,
As simples coisas,
Meu amor,
Deixam de ser simples
Para serem esplendorosas.
Feliz oito de julho,
Feliz ano,
Feliz aniversário,
Feliz estamos juntos.

Feliz Aniversário Rahat

Hoje comemoramos
Mais uma data no calendário,
É difícil precisar qual dia
Não teríamos o que festejar,
Mas, o hoje realmente é especial:
Seu aniversário.
Sou grata por estar ao seu lado,
Nunca imaginei conhecer
Um anjo feito você,
Um homem íntegro e bom,
Um garoto que me fez única,
Viu minha força
E me fortaleceu mais ainda.
Você chegou pra dar brilho,
Trazer vida a estes dias
Tão difíceis de se viver,
Você é meu maior acerto,
Meu sonho consumado,
O ápice de tudo que sempre sonhei.
Agradeço a Deus
Em casa dia por estarmos juntos,
Eu jamais poderia pôr em palavras
O quanto você significa pra nós:
Éramos eu e o Wolverine,
Hoje somos em uma família enorme,
Porquê você nos abraçou,
Nos amou, amparou
E deu sustento para nossa existência.
Obrigada, Rahat,
O Bruh reza por você papai,
Papai a mamãe te ama,
E o Wolverine também reza,
E te ama muitao,
Somos felizes todos juntos,
E a comida é a melhor do mundo!
Estão são também
As palavras das crianças,
São as minhas,
E te amamos demais
Meu amor.

terça-feira, 8 de julho de 2025

No Caico

Ela teria deixado
De remar,
Até que a correnteza
Decidisse qual o ponto
De assusta-la
Para que a acordasse
Do transe de olha-lo,
Sem poder desviar,
Para retornar a remar
E seguir até a margem.
Porém, a água estava turva,
Ventava forte,
Seus cabelos amparados
Num coque se desprenderam
E voavam para seu rosto,
E o caico seguia muito rápido,
Um deslize
E estaria distante demais
Para ter força suficiente
De voltar ao ponto de partida.
Neste instante,
Enroscou o remo na saia
Esvoaçante amarela,
Praguejou em silêncio,
E percebeu olhando
Para os lábios macios
E bem feitos em frente a ela
Que “voltar ao ponto de partida”
Jamais seria possível.
Então, desenroscou a saia,
Notou um estrago na roupa,
E permitiu ser guiada,
O caico foi rápido para o leito,
Bateu contra o Sarandi
Da barranca e teria derrubado,
O homem másculo,
De músculos torneados
E cabelo escuro e curto
Que não parava de olha-la,
Porém, ele parou,
Desviou o olhar para baixo,
Depois para o galho
Da árvore e segurou-se nele.
-esta com medo?
Ele indagou,
Sem olha-la.
Ela andou cinco passos
Chegou próxima a ele,
E estendeu o braço
Para pegar no dele.
- por quê estaria?
Ela indagou.
- medo de mim.
Ele respondeu,
No mesmo instante
Em que se voltou,
E levou o corpo
Até roçar nos seios fartos
De Nadira,
Fazendo seu peito arfar,
E ela se aproximar
Mais ainda dele.
- não entendi.
Ela respondeu em evasiva.
Ele levou o rosto até o dela,
Tocou seus lábios com a boca.
- de eu desejar te beijar.
Ela falou arfante.
Mantendo um braço
No galho da árvore,
Sem permitir que o caicó
Seguisse para muito longe.
- não.
Ela respondeu,
E tocou seus lábios
Contra o dele,
Tornando o contato
Mais forte e possessivo.
- você é forte e corajosa.
Ele falou,
Levando o braço disponível
Para o contorno da cintura
De Nadira.
- eu ainda não sei seu nome.
Ela continuou.
Mudando dois passos curtos,
Até sentir seu corpo colar
Ao dele,
Nunca agiu assim tão furtuita,
Mas o desejou de maneira
Desconhecida,
E sentiu um calor
Que a afogueou
Como uma espécie de possessão
Que não poderia resistir.
-Mirceu.
Ele respondeu entre
Os lábios dela com doces beijos.
Depois ele a soltou.
Se desvencilhando do galho
Com um empurrão
Para o meio,
Permitindo a ela voltar
A remar.
-eu gosto de você Nadira,
Mas suspeito não ser o único...
Ele falou em tom sério,
Que não admitia equívocos.
- é, você poderia ser
Um dos meus adoradores,
Eu não me oponho.
Ela respondeu,
E virou as costas
Para Mirceu para voltar a remar,
Reordenar o caico
No meio do rio.
- você disse que ouviu
Quando seu cachorro
De estimação latiu
Para estes lados da propriedade?
Ela indagou.
- sim, preciso reencontra-lo,
É meu menino.
Ele disse angustiado,
Se pondo para o meio
Do caico e firmando as vistas
Para ambas as margens.
-não será difícil encontrar.
Ela respondeu,
Depois voltar a olha-lo,
Ficando próxima demais,
Quente demais
Para ver qualquer coisa
Que não fosse Mirceu.
Ele a puxou para seu peito
Sem aviso,
Lhe beijou intenso e ardente.
- gostaria de encontrar
Outra coisa,
Na verdade quero ver você
Mais tarde.
Ele disse entre beijos.
- não sei se é possível.
Nadira concluiu.
- esforce-se.
Mirceu respondeu,
Erguendo a saia de Nadira,
Lhe acariciando as nádegas,
E as cochas,
Então, pondo-a sentada
Sobre o banco do caico,
Enquanto se afastava
Para chamar o cão,
Que punha-se a nadar até ele
Sem aviso.
Mirceu estalou os dedos
Para Milinho
Que parecia sorrir
Da superfície da água,
Nadando rápido
E decidido até o caico.
Mirceu se agachou 
Para esperar o pequeno rottweiler.
Um cardume de peixes
Passou por baixo do caico,
Mirceu baixou os dedos
Para a água 
E pode sentir suas caudas
Enquanto eles subiam
Para algum lugar.

O Sumiço do Boi

Lounise saiu para fora
De casa
Para varrer as folhas do quintal,
Nisto chega sua vizinha
Próxima ao muro e comenta:
- Sumiu um boi do potreiro.
Lounise olha para Carla,
Com seriedade no olhar.
- nossa, já foi procurado
Mas margens do rio
Para ver se não caiu na água?
Indagou.
Parando de rastelar as folhas,
E vendo com apreensão
O problema da vizinha.
- sim, percorremos toda a propriedade,
Gostaríamos de permissão
Para olhar a sua,
Ele pode ter pulado a cerca.
Ela indagou.
- claro, eu chamo meu esposo,
Vocês podem olhar tudo,
No que pudermos ajudar,
Ajudaremos.
Lounise olhou para o lado
De casa e gritou:
-Falicio!
Falicio, amor.
Falicio saiu na área
E olhou na direção de Lounise.
- me chamou?
Indagou, de agachando
Para poder ver melhor
Pois o sol fazia reflexos.
- sim. Sumiu um boi
Do vizinho,
O ajudei a procurar amor!
Ela falou alto,
Voltando a amontoar as folhas
Para recolhe-las através
De um balde.
- ajudo sim.
Falicio respondeu
E saiu para fora
Vindo até Lounise,
E beijando sua testa.
- oi vizinha,
Onde está seu esposo
Pra eu poder ajudar?
Nora o olhou apreensiva,
E chamou o esposo:
-Santos, venha pra cá
Que Falicio te ajuda
A procurar o boi.
Santos saiu para a área
De sua casa,
Depois veio até a cerca,
Estendeu a mão
Em cumprimento para Falicio.
- bom dia?
-bom dia.
Falicio respondeu.
Foram, ambos,
Andar pela propriedade
Em busca do boi,
Ou de algum vestígio
De onde ele tenha ido.
Após ajuntar as folhas
E puxar elas até a estrada
De pedras próxima a propriedade,
Lounise queimou elas
Para impedir que o vento
Espalhasse tudo de volta.
Depois disso,
Foi até o porto ver se
Enxergava algo que pudesse
Ajudar a esclarecer o sumiço.
Lá encontrou uma árvore
De sua propriedade caída,
Ela estava com o tronco
Repleto de orquídeas,
Estava com a metade podre,
O que deve ter ajudado
O vento a derruba-la.
Porém, ela não aceitou
A desculpa com clareza,
Decidiu buscar mais pistas,
Olhar ao redor para ver
O que fazer com as flores,
E o tronco.
Nisto viu no chão,
Uma moita de flores arrancadas,
Como se tivessem sido
Puxadas do chão
Na direção da propriedade.
Próximo a está moita,
Havia um sinal grande
Sobre a terra,
De terra compactada,
Como se algo grande
Tivesse estado sobre ela
Para ela se compactar.
Contudo, ninguém esteve lá,
E a árvore caiu no sentido
Horário para a direita,
E não reto para a frente
Como estava o sinal sobre a terra.
Lounise correu até Falicio,
E lhe contou o que houve.
Falicio não encontrou com Santos
Nada que pudesse esclarecer
O sumiço do boi de Santos.
- não eram pegadas
Deixadas pelo boi, Lounise?
Ele indagou apreensivo,
Retornando para próximo
De casa.
- não.
A árvore caiu
Como se fosse puxada,
Pensei que foi o vento,
Mas isto não explica
O estado da terra
Logo para cima dela.
Ela disse rápida.
- que árvore era?
Ele indagou.
- aquela antiga,
Que tinha orquídeas.
Ela respondeu
Pegando em seu braço.
- nossa, era a que
Você mais admirava.
Ele respondeu.
- sim. Pensei que você
Poderia, com a ajuda do vizinho,
Cortar os galhos
E guardaremos o tronco
Com as orquídeas nele,
Em algum lugar planejado
Para isto.
Ela disse.
- está bem, Santos,
Você me ajuda?
Falicio indagou
Olhando para trás
Onde vinha o vizinho.
- Claro, eu pego a motosserra.
-otimo, então, eu faço
Um canteiro de flores
Aqui mais próximo de casa,
E no meio faço um buraco
 E o colocamos dentro,
Ele é enorme,
Da pra fazer três touceiras de tronco.
Falicio abraçou Lousine,
E beijou seu rosto.
- tá combinado.
Os dois homens desceram
Para o lado do porto,
Enquanto, Lousine capinava
O chão, e escolhia do próprio
Jardim quais flores mudar
Para lá.
Plantou num canteiro redondo,
As flores brancas e azuis
Que tinha em quantidade grandes,
Fez um buraco no meio
E esperou que os homens
Retornassem com os troncos.
Neste período, Santos pegou
A motosserra e passaram
A cortar os galhos
Mais pequenos da árvore
Primeiro, depois os mais grossos,
Tomando cuidado
Para o tronco não rolar
Na água do rio.
Então, assustados com um
Barulho que lhes chamou
A atenção, eles foram olhar
E se depararam com uma
Cobra gigantesca dormindo,
Ao redor do abacateiro.
Dentro dela,
Havia algo muito grande,
Amedrontados,
Pois suas vidas e propriedades
Estavam em risco,
Decidiram matar a cobra.
Falicio iniciou com uma pedra,
E Santos terminou cerrando
O pescoço dela com a motosserra.
A cobra teve tempo
De levantar a cabeça,
E trombar contra Santos,
Derrubando ele deitado
Sobre o barranco,
Porém, esposa de Santos
Pegou um facão e desferiu
Golpes contra a gigantesca.
Falicio continuou a atirar
Pedras até que ela morreu.
Irritados, eles cortaram ela
Ao meio e viram lá o boi.

Te Amo Pra Sempre

Pelos céus da meia noite, Não é cedo, Nem parece tarde, Até vislumbro um céu azul, Baby, prefiro dizer Que vejo você, De v...