quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Tempo Fracionando-se

Alcança-se o obscuro,
O ideal é ficar no seguro,
Agarre-se,
Proteja-se,
Somos poucos,
De milhões,
Hoje conta-se nos dedos,
E estamos a cair,
Despencar no abismo
Do desconhecido
De onde não há retorno.

Ora, mas, se não houver reação,
Não nos mostrarmos,
Optar pelo silêncio,
Olhos cegos diante da multidão
Que se abre
E predispõe,
Ainda que sobrevivamos
Estaremos mortos.

É isto que estou te mostrando,
Veja,
É mais que destino,
É questão de tempo,
Muito pouco tempo.

Será?
É tudo tão certo
Quanto se acredita,
Tão ordenado
Quanto se queira.

Veja,
Já não há segurança,
O escuro ilumina-se,
Queiramos ou não
Estamos expostos.

Diante disso,
A melhor maneira é reagir,
Sair das sombras,
Enfrentar o inevitável.

Mas, eu não quero perder,
Eu não vou enfraquecer,
Demonstrar fragilidade
Aos olhos de todos?

Me recuso,
Eu sou o que não cai,
Sou o superior
E mais que isso,
Há nisto tudo um erro.

Então, note,
Cadê o erro?
Podemos sair juntos,
Unir esforços,
Entregarmo-nos.

Contudo, você tem seu grupo,
E eu o conheço
O bastante...

Assegure-se,
Nos assegure,
Há aqui,
E só aqui,
O meio.

Não trata-se de facção,
É questão
De tempo,
Números,
Um relógio que corre
Os ponteiros,
Fração,
Só isso.

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