Alcança-se o obscuro,
O ideal é ficar no seguro,
Agarre-se,
Proteja-se,
Somos poucos,
De milhões,
Hoje conta-se nos dedos,
E estamos a cair,
Despencar no abismo
Do desconhecido
De onde não há retorno.
Ora, mas, se não houver reação,
Não nos mostrarmos,
Optar pelo silêncio,
Olhos cegos diante da multidão
Que se abre
E predispõe,
Ainda que sobrevivamos
Estaremos mortos.
É isto que estou te mostrando,
Veja,
É mais que destino,
É questão de tempo,
Muito pouco tempo.
Será?
É tudo tão certo
Quanto se acredita,
Tão ordenado
Quanto se queira.
Veja,
Já não há segurança,
O escuro ilumina-se,
Queiramos ou não
Estamos expostos.
Diante disso,
A melhor maneira é reagir,
Sair das sombras,
Enfrentar o inevitável.
Mas, eu não quero perder,
Eu não vou enfraquecer,
Demonstrar fragilidade
Aos olhos de todos?
Me recuso,
Eu sou o que não cai,
Sou o superior
E mais que isso,
Há nisto tudo um erro.
Então, note,
Cadê o erro?
Podemos sair juntos,
Unir esforços,
Entregarmo-nos.
Contudo, você tem seu grupo,
E eu o conheço
O bastante...
Assegure-se,
Nos assegure,
Há aqui,
E só aqui,
O meio.
Não trata-se de facção,
É questão
De tempo,
Números,
Um relógio que corre
Os ponteiros,
Fração,
Só isso.
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