segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Juro, Em Deus, Meu Amor

 

Oh, querido Deus, que me falhem as estrelas do céu,

E juntem-se as do oceano rumo ao infinito,

Se por um segundo que for,

Eu possa estar mentindo,


O amo, como a nenhum outro,

Sim, eu sei que ele sabe disso,

Apenas peço a este querido amor, importe-se comigo,

As palavras saem secas dos meus lábios trêmulos,


Me sinto desprovida das suas carícias,

Desesperada já não sei mais o que digo,

Falta um incentivo ou seria um antídoto?

Estou carente do seu abraço,


Perdida por entre os vazios de um coração quebrado,

Se estou hesitando?

Ora, por favor, não seja capaz de dizer isso,

Me ofende de modo pleno e a tudo que acredito,


Juro em Deus, que seria capaz de desviar o olhar,

E por uma única vez, não me permitir te encarar,

Então, te peço, por favor, não faça isso comigo,

Estou tentando te trazer de volta,


Gostaria de ao menos outra chance para nós,

Pare por um instante e pense nas nossas promessas,

De todas elas, não há uma sequer a unir-nos?

Como eu fiz da outra vez que você se demorou,


Você acha que seria capaz de suportar agora?

Não, meu amor, me entenda já não o sou,

Vivemos daquele tempo para cá, muita coisa,

Apenas o que me faz viver é o nosso amor,


Talvez, você tenha se acostumado a distância,

Ah, como me fere pensar desta forma,

Melhor reprimir esta ideia,

E você, querido amor, o que acha:

De tudo que falo não há nada que te faça desejar voltar?


Minha Oração é Você


Amor – sussurrei num sonido rouco,

Ainda torpe pelo sono e um sonho bom,

Sim, você estava aqui comigo,

Em meus braços, acho até que o beijava,

Passo a língua nos lábios quero sorver o gosto,

De alguma forma manter seu sabor na boca,

A verdade é que queria consumi-lo,


De alguma forma trazer você para dentro,

Arraigado a minha alma,

Disposto a viver este sonho de amor ao meu lado,

Não busco olhar para o lado – sinto medo,

O medo de perdê-lo me fere de novo,


Sei que se me virar posso não encontra-lo,

Então, o que poderia fazer depois de tudo que vivemos?

Sem perceber ao certo o que faço,

Reúno minhas mãos em oração,

E o pedido que sai dos meus lábios,

Ressoa o seu nome do fundo do coração,


Sim, você está em mim muito mais do que sabe,

Muito menos do que eu gostaria que estivesse,

Não ouso separar minhas mãos, não agora,

Ai de mim te buscar sem encontrar-te,

Quedaria em ruína nesta mesma hora,

Talvez, até mesmo preferisse o sono dos justos,

Daqueles que de tanto amor foram embora,


Não porque fosse pouco o que tinham,

Simplesmente, porque o dono dos seus sonhos

Não os sentem da mesma forma,

Sim, o amo, digo a Deus antes de mais nada,

Sussurro o seu nome feito um mantra,

O amo como nunca imaginei amar,


Dessa vez, estava me referindo a terra,

Baixo o meu olhar quase a fechá-los,

Fugi dos céus ou sei lá,

Poderia dizer que falava com o vento ou outra coisa,


Uma lágrima percorre meu rosto rumo a boca,

Molha-a enquanto contorna os meus lábios,

Será que nunca poderei sentir seu gosto?

Não ouso perguntar em voz alta,


Mas levanto os olhos em direção aos céus,

Não ouço resposta,

Por Deus, meu coração me indaga:

Será que algum dia ele receberá minha mensagem?

- Deus eu o amo para todo o sempre. Amém;

Encerro a oração e respondo-me.

sábado, 19 de fevereiro de 2022

Gostaria do Seu Beijo

 

Olhei para o seu olhar,

Sim, fui um pouco além da cor dos seus olhos,

Azuis um tanto acastanhados, sei lá,

Queria ver algo mais profundo de nós,


O sol refletia em sua pele num tom perfeito,

Nunca o vi mais bonito, o sol, me refiro,

Quanto a você, só tenho a falar

Que melhora a cada dia,


Bem, é o que penso, por isso falo,

Espero que entenda a minha ousadia,

Ou as palavras, caso estejam mal colocadas,

Diante de ti, o dia se ofusca mesmo,


Não poderia dizer coisa diferente dessa,

Mas, olho para o sol ainda assim,

Tento, ao menos um pouco fugir de ti,

É que este seu fascínio que você exerce

Ele me deixa sem saber como reagir,

Creio que você me entenda, bem, espero que sim,


Dou um passo adiante, e aí está você,

Desde antes sentia o seu cheiro, mas agora,

Bem, ele está um pouco mais inebriante,

Há um mistura de sentimentos nisso tudo,

Não sei se seria clara o bastante se o dissesse: amor,


Por isso, me perdoa mas nem o tento dizê-lo,

Há algo no seu interior que me chama,

Me puxa com certo magnetismo,

O fato dos seus braços parecerem perfeitos,


Acredite em mim, não muda nada quanto ao que eu penso,

É certo que já me imaginei encaixada neles,

Um pouco mais de uma vez,

Devo confessar,

Este seu interior ofusca o que há lá fora,


Ou afasta o que não é bom,

Quanto a este fato eu não poderia dizer outra coisa,

Sinto uma certa segurança ao seu lado,

Poderia até mesmo definir conforto,

De imediato o digo: amor – sim, não resisto,


O digo e se precisar eu repito,

Amor, meu querido, é tudo que sinto,

Não olho para nenhum outro lugar,

Apenas encaro-o no fundo dos seus olhos,


Penso como seria estar em sua alma,

Sei que não iria querer sair de lá,

Me indago será que haveria chances de estar nela mesmo?

Não ouso indagar em alta voz, me calo,


Bem ali, diante dos seus olhos, o encaro silenciosa,

Ele me indaga um tanto repentino,

- Bem querida, o que você gostaria de aprender-,

Sacana, acho que sabe bem o que sinto,


- O caminho da sua vida é o bastante –

Mordo o lábio trêmulo, queria contê-lo,

Mas, percebo que é o coração que está no comando,

Então, não há mesmo o que ser feito-,

Um segundo ao seu lado é meu horizonte,

Quem seria eu para pedir um beijo seu?-


Dou um segundo passo para frente,

Me encosto nele a ponto de senti-lo,

Mas, não ainda tocá-lo,

Apenas sinto mais forte o seu calor, seu cheiro imponente,

- Mas, querido, não se ofenda com o que digo,


Faça silêncio, caso discorde,

Não mais que isso,

Sobre o beijo, não o pedindo: você me daria?


Querido Amor

Amor, não me veja agora,

Te peço apenas isso nada mais,

Olhe para o outro lado, lá atrás,

Qualquer coisa que te impeça de me ver,

Sim, você olhou, eu disse amor, não,

Estou de joelhos o que irá fazer?


Quedar-se ao meu lado esquerdo?

Ou então, irá por acaso me dar a mão,

Mesmo tendo passado por tudo que me culpo

De tê-la feito passar em vão,

Querida, não significa que seja pouco o que sinto,


Não por favor, não me olhe agora,

Também não seja dessa forma tão compreensiva,

Se me cansei de lutar sozinho por nós?

Sim, estou de joelhos cabeça inclinada,

Perdoe-me por não poder olhar em seus olhos,

Me deixaram dessa forma, ora veja –jogado,


Estendo uma mão ou devo escondê-la?

Se desejo vê-la entrelaçada a sua,

Oh, por Deus, o quanto desejo, então você imagina?

O rubor de sua face escorria por entre os dedos,

Vermelhos e trêmulos como o medo que sentia,

Que, pouco a pouco se esvaia,


Mas, nem por isso o erguia – inclinado,

Impassível? Não, isso não o definiria,

Voltou a si, parado e incontido,

Tinha uma chance agora, diria tudo,

Sem esconder vírgula ou ponto,

Mas, ousar erguer-se e encará-la,


Será que teria forças para tanto?

De mãos vazias, porém, cheias,

Cheias do tanto que andaram escondidas,

Sem ter as dela entre as suas – desprotegidas,

Havia um grito a ecoar por entre os seus lábios,

Mas, este grito seria guardado – última alternativa,


Suado e trêmulo, talvez, um tanto gélido,

Disse para si, com um pequeno sussurro – amo-a,

Repetiu outra vez, então, ergueu o olhar,

Ela o olhava de frente agora – parada,

Como se não soubesse como reagir,

Ou apenas não esperasse por tudo isso,

- Sim, meu amor eu a amo e nunca a esqueci,


Não ouviu o tremor na voz que saiu junto,

Nem mesmo se o sonido ficou bom,

Mas, falou tudo o que mantinha guardado,

A mão ainda estendida e sozinha,

Agora tinha a dela solta feito uma carícia,

Segurou-a firma, de joelhos e arrependido,


Algum tempo depois do longo beijo,

Foi que percebeu que juntou forças para se levantar,

E que a tinha por entre os seus braços,

Enquanto todos os sentidos estavam inquietos,

Sussurros diziam o quanto a amavam,

Depois que voltou a si,

Despediu-se sem saber porquê,


Apenas não estava preparado,

O medo havia se dissipado,

O amor voltou à tona como nunca imaginou,

Mas, havia algo que o distanciava,

Algo que o levava para um outro lugar,

Pelo menos, por aquele momento,


Limpou um resquício de poeira dos olhos,

Agachado por tempo demais naquele chão,

Não cuidara quando o sol se pôs,

Mas tinha certeza sobre o quanto amava seu coração.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Abraço Apertado

Ele olhou direto em seus olhos,

Decidiu que não iria perdê-la,

Um rubor tomou levemente o seu rosto,

Se a culpa pertencia a alguém - assumi-la-ia,


Onde houve sua carícia pairava a lembrança

Daquela que tanto ama a centímetros de distância

De ser, ainda, sua ou então perdê-la,

- Eu te amo, preciso de você comigo, agora,


Não digo amanhã ou depois, mas nesta hora,

E se possível, meu amor, por toda a vida,

Concluiu a voz mais macia que pretendia,

Não sabia o motivo mas queria ser comedido,


Acreditava que pecava pelo exagero,

Que em algum dos passos que dera a ela,

Um destes, ao menos um, fosse em falso,

Tocou seu rosto uma, depois segunda vez,


Queria manter seu toque ali para sempre,

Senti-la na carícia dos seus dedos – minha,

A lentidão com que a trouxe para si

Disse muito, mas pouco do que pretendia,


Sentiu seu cheiro, o calor que emanava,

Com os lábios trêmulos aproximou-a de sua boca,

Um roçar de lábios e um eu te amo foi derramado

A iniciar por uma lambida a contorná-los,


A encerrar por penetrar sua língua até o fundo,

Não queria menos que sua alma,

Tomava para si, muito mais do que pretendia,

Ela entregou-se a curva do seu corpo – um apenas,


O abraço que a contornou a desenhava,

Moldava-se a ela com perfeição desmedida,

Você pode fugir de tudo que sente,

Pode até jurar amor em falso,


Mas, não consegue fingir quando o rubor toca a face,

Quando mãos hábeis a puxam para si mesmo,

Sem jura alguma, mas com força suficiente

Para sentir em si mesma – não ser solta,

Não desprender-se nunca.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Porta Aberta

 

A casa estava vazia,

Mas, algo a observava,

Talvez, fosse o que sentia,

Aquela vontade de buscar que não se sacia,


Com pouco custo admitiria,

Não sabia nem ao menos o que buscava,

Mas, algo dentro de si não estava bom,

Havia um quê de insatisfeito,


E algo precisava ser feito,

Não usou a escada,

Pulou a janela, era baixa,

Não tinha um motivo, mas, o fez,


Ela parecia levar a algum lugar,

A um passo de tocar o céu e nada mais,

Quem sabe, fosse apenas isso,

Tocar um ponto mais alto,


Que não podia, não ainda.

Ignorou por completo a porta aberta.

Não fora medo o que via em seus olhos,

Nada do que disse a convenceria disso,


Mesmo que refletisse por toda a sua vida,

Que mil vezes repensasse o mesmo assunto,

Não avistaria nada disso, era outra coisa,

Quase que uma segurança desmedida,


De quem tem controle sobre todo o redor,

E isso me incluía e eu não via com bons olhos,

Havia uma emoção escondida,

Claro que havia,


Contava com uma carta na manga,

Ou ignorava tudo que eu sentia e mais nada,

A princípio. Alguns passos após,

Longa conversa depois, mesmo que em monossílabos,


E havia algo, um tanto mais palpável,

Mais perceptível, mas, não comentado em alta voz,

Porém, quanto mais gastava seu tempo

Com este assunto, mais se sentia exausta,


Mais parecia andar a esmo,

Sem um caminho ou ponto de chegada,

Não imaginava que fosse fingimento,

Não considerava isso para nenhuma das promessas,


Mesmo aquelas já esquecidas no tempo,

Nutrir amor não esbarrava em castigo,

Não quando sempre exista uma alternativa,

Ama-se pelo gosto do beijo que fica na boca,


Pela companhia de estar com quem se gosta,

Na ausência do beijo, o diálogo até o encontro,

Afinal de contas ele havia lhe jurado amor,

E isso não poderia ser negado de forma alguma,


Ainda podia lembrar enquanto contava os passos,

Andando por entre uma calçada e outra,

Eu te amo ele dissera,

E daquele tempo não transcorrera muito.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Mãos Dadas

 

Apalpei sua mão, estava escorregadia,

Seus olhos incertos em outro lugar,

Ele parecia incapaz de se esquivar,

Mas fugia de nós, parecia não querer estar,

 

Segurei-a firme, a trouxe para os meus lábios,

Beijei um beijo delicado e molhado,

Um tanto indigesto ou deliberativo,

Como se o quisesse dizer fala algo,

Seja, repulsivo ou impulsivo, mas não cala,

Qualquer coisa que me traga a calma,

 

Isso em pensamento, porque em verdade,

Não fiz nada, apenas a segurei firme,

Tentei afastar o pensamento do inseguro,

Pôr uma tranca naquilo que o afastava,

Puxei sua mão para o meu colo,

A coloquei de encontro com minha perna,

 

Quis dizê-lo, amor me sente ainda,

Com isso, não fui capaz de conter o suspiro

Que trouxe uma lágrima serena no meu olhar,

Não a deixei cair você não merecia isso,

Vê-lo sofrer não me faria ficar melhor,

Te aproximar por meios sórdidos não parece uma saída,

 

Depois de tanto tempo juntos,

Não saber como nos aproximar,

Levantei o olhar para o alto,

Com um sutil virar de cabeça,

Encontrei seu olhar,

Mas apenas depois de dizer, meu amor eu o amo,

 

Senti o seu impulso de resistência,

Mantive a firmeza das palavras ao te encontrar,

O amo como nunca pensei que amaria,

Coloquei uma mão na janela da porta,

Tranquei aquela que já estava trancada,

Não queria sair dali, deixá-lo sozinho: nunca,

 

Encontrei dificuldade em sustentar algo verdadeiro,

Pareceu-me que o falso sempre foi mais convidativo,

Talvez, fosse porque vivi de enganos por uma vida,

Afirmar meu amor e sustentá-lo em seu olhar

Não era nada fácil, tive medo do que poderia vir,

Como reagir depois de se entregar de alma nua?

 

Haviam riscos, sempre há. Tive medo com todo o coração,

Mas, acima de tudo amo-o com sôfrega paixão,

Do tipo que sufoca-se em dor, mas não sabe dizer não,

Aquela que entrega seu último suspiro pela emoção,

De simplesmente estar ali, tê-lo naquele segundo,

E fim, sabê-lo, fora meu e o terei para sempre no coração,

 

Pisquei buscando as palavras,

Uma infinidade de frases cruzou meu caminho,

Mas, nenhuma sabia o que dizer para trazê-lo,

Sim, o amo, repeti: te amo e te amo,

Baixei o olhar para o coração que respondeu num pulo,

Te amo e não sei o que fazer para dizê-lo,

 

No desfile de frases mil pareciam bonitas,

Mas, nenhuma adequava-se. Todo esforço e nada.

Trouxe sua mão aos meus lábios, beijei-a,

Quente e úmida, o amo saiba sempre disso,

Seria pouco dizê-lo que preciso de você comigo,

Ele apertou minha mão e respondeu: amor, basta isso.


A Cobra Rosa

Houve invasão na chácara, De repente, Todos os bichinhos Correram assustados. Masharey subiu na pedra Mais alta, Que há a...