Pela eternidade ou por uma pulsação? Por tempo suficiente para tocar o coração! (Aline Oliveira Mendes de Medeiros)
quarta-feira, 9 de outubro de 2024
Esquecido
quinta-feira, 3 de outubro de 2024
Calcula!
Então, chegou mensagem,
Meses hein?
Você voltou,
De saudade a saudade,
Retornou.
Não me contou o que fez,
Eu não pedi ambages.
Quanto tempo,
Eu nem lembro!
Eu segui o trabalho,
Vivo de beijo a beijo,
Esqueci de você por completo.
Então, abro a mensagem e o vejo.
Respondo.
Claro,
No começo sou raivosa,
Não escondo,
Não é por rancor,
É efúgio.
Você chega todo educado.
Tudo certo.
Perdoado.
Em outubro,
Dia 01,
Eu acho.
A noite chega cedo.
As ruas estão escuras
Quando você se despe
De príncipe
E abandona o Palácio.
Fico feliz por a noite ter caído,
Imaginar você tirar o sapato,
Calçar botas de barro,
Mas logo inicia mesmo papo,
Conversa antiga,
Teor melodioso,
Dispendioso,
Amparativo.
O que você me pede
Está além do meu alcance,
Já foi repetido tanto
O desenlace
Do que você fala,
Eu escuto e lhe respondo,
Que imagino que você sabia
Ou então descobriu,
Eu não tinha mesmo
Tal poderio.
E você,
De repente,
Não tinha outra desculpa
Para usar de conversa.
Ok.
Podíamos falar da lua,
Do sol, da terra e outras coisas,
Mas você prefere falar de emprego,
Da dificuldade de encontra-lo,
Do prazer de exercer função,
Receber salário,
Ser independente,
Me diz que é bom com os números,
A cada salário,
Sabe bem o que fazer,
Nisto combinamos.
Ok.
As vezes, eu extrapolo gastos,
Preciso realmente de um amparo,
Você entra e resolve,
Cálculo e cálculo.
Ok.
Cidades distantes,
Coisa chata de se viver,
Vamos calcular quilômetros,
Números considerados em gastos,
Perfeito.
De repente, a parcela de um terreno,
O sonho de ter nosso filho.
Ótimo.
Você é lindo.
Perfeito.
Bom nos números.
Então, calcula nossa chance juntos.
terça-feira, 1 de outubro de 2024
Seu Idiota
Sua
Sombras
domingo, 29 de setembro de 2024
Foi Você
Pica!
Vamos a um passeio,
Te convido a galgar comigo,
Você fica no alto do morro,
Eu subo a colina,
Lá do alto pode-se ver
Um pequeno lago,
De águas limpas e doces,
Sabor de frutas frescas,
Caso você resvalar,
Eu te asseguro por entre
As estrias de terras mornas,
Caso você caia:
Pica!
As vezes,
O olhar daqui de cima,
Embora,
Não seja tão terno
Feito o mergulho
Em águas serenas,
Valem os buracos de seu casaco,
Que você se esquiva ao subir,
Valem o tirar da roupa,
Expor o peito nu,
Sentir o suor escorrer
Até penetrar o chão,
Ver o resvalar do chinelo,
O molhar de cada dedo,
O cheiro que exala,
Vale tudo isso e mais.
Agarrar-se a este sentimento
É aceitar sentar,
Se acomodar por suas espécies,
Ficar.
Mexer-se sobre terra morna,
Até formar um sinal
De onde você esteve,
Deixar sua marca,
Sair e permanecer,
Nunca querer desistir de estar.
Espichar os pés,
Sentir cada músculo,
Agarrar-se a vegetação,
E não ter razão,
De tanto estar tão bem,
E ainda no raso,
Porém,
O afundar-se nestas águas,
Não vale o mergulho louco,
Que é isso?
Exige o cuidado,
O conhecimento da decida,
Mas se der pica,
Apenas se prenda a este fio,
Solte-o com cuidado,
E permita-se,
Entre e saia quantas vezes quiser,
Fiquei e deixe sua marca,
Aprofunde-se com tudo que tiver,
Sinta-se molhar e ser convidado.
Quando se mergulha em águas doces,
Não há tanta cerimônia,
Gemidos e carinhos incontidos,
Tantos quanto forem os cuidados,
Tantos serão as horas para se estar,
Verão, inverno ou primavera,
É destino certo,
É pica!
E esquecer de seu peso
A mergulhar
Sem querer voltar,
Ser convidado a ficar,
Desejado,
Entregue,
Submerso me diga
Quanto tempo você pode ainda?
Aguenta,
Por favor, aguenta,
Veja o tanto que vale a subida,
O desenrolar da descida,
Esteja, cara,
Permanece muitas horas,
Entenda,
Deu pica!
Simplesmente, fica!
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