quinta-feira, 11 de março de 2021

Movimentos Certeiros

Devagar, com passos decididos ela deixava a incerteza para trás,

Subindo cada degrau da escada, até parar na abertura da porta,

Olhara para trás, e o avistara, lançando um olhar terno a ele,

Ele ultrapassara ela, tentara evitar o contato que queimava a pele,

Com um sobressalto, ela o deixara passar, com um suspiro de alívio,

Conseguira resistir a jogar-se em seus braços, apesar do esforço,

 

Se houvesse algo que impedisse sua entrada, ele o havia rompido,

Qualquer coisa que a deixasse queixosa, não teria mais respaldo,

Sentira uma força única e encantadora em seu jeito másculo,

Seus olhos escuros apesar de tentarem omitir os fatos, amavam muito,

Ela entrara tremula, sua presença mexera demais com ela,

Era algo intenso o suficiente para que não conseguisse controlar,

 

Um homem íntegro e seguro de si, parecia conhecer cada passo,

Certeiro em cada um dos seus atos, a tomara forte em seus braços,

Quebrando qualquer forma de resistência que pudesse existir entre os dois,

De uma a uma as roupas foram deixadas de lado, almas e corpos desnudos,

Ela tentara evitar o momento em que ele abrira o colete, despedindo-se dele,

Já não haviam barreiras que os mantivessem separados, gestos fogueados,

 

Movimentos rápidos e certeiros, o vira sacar a arma, movendo-a entre os dedos,

Seus dedos perfeitos colavam-se a ela, como se fossem uma única forma,

Estava municiado, prestes a atirar, e ela amava mais que nunca ser seu alvo,

Ele andava de forma metálica, como se estivesse sendo difícil controlar o que sentia,

Posição ereta, porte seguro, estava a postos para agrada-la e ser servido,

Ela removia a correntes que a prendiam em ideias errôneas e vazias,

 

De frente para ele, não sabia precisar o que sentia, tremula e ansiosa,

Queria o seu toque, queria cada afago dele percorrendo seu corpo inteiro,

Era como se o cheiro dele a envolvesse e a impedisse de pensar direito,

Ela apenas desejava ser sua, com uma urgência que queima a garganta,

Estava a postos para o que ele quisesse dela, ser sua presa, sua caça,

Segura em seus dedos, feita de objeto aos seus caprichos,

 

Aproximara-se, com os lábios trêmulos de desejos e passos seguros,

Corpos nus, nada os impediriam de pertencerem um ao outro,

A centímetros do seu corpo, ela estendeu a mão em um gesto de carinho,

Antes mesmo de toca-lo, teve seu movimento contido por um punho de aço,

Vira-se presa, e virada de costas, com um único movimento brusco estratégico,

Sentiu o braço ser conduzido até a altura da cintura, sentindo a própria pele nua,

 

Na outra mão ele portava a arma, municiada, engatilhada entre seus dedos,

Suas pernas bambearam, teria caído no chão frio, se não estivesse segura,

Com um único movimento ele aproximara-se do seu corpo, quase colando-se,

Ela podia sentir o calor dele a percorrendo, seu cheiro embriagando-a,

O coração saltava até a garganta e implorava pelo nome dele, mas ela o deteve,

Sentia que a qualquer instante a arma gélida tocaria sua pele, mas estaria quente,

 

Era como se o calor que os unia derretesse o aço da insegurança ao seu redor,

Quase implorando por contato, o sentira soltar seu braço, mas permanecera inerte,

Sentira que o calor dele subia para o seu cabelo, em gesto instintivo e ansioso,

Seus braços o acompanharam, fazendo com que ficassem levantados e separados,

Assim que o sentiu prende-la pelos cabelos, soltara um grito de susto,

Enquanto abria as pernas para sentir o contato em seu íntimo, estava presa,

 

Sentia sua mão forte tocando sua nuca, e puxando-a ao seu encontro,

Buscando-o e evitando, deixando-a tremula e segura ante o seu corpo vigoroso,

Sua boca abrira extintiva, queria o beijo, desejava o contato, mas ele resistira,

Ela não desejava se soltar nunca, a arma, de repente parara de fazer diferença,

Queria que seu outro braço pudesse sentir seu coração agitado,

Tocasse-a, invadisse-a com aquele quê meticuloso de vigor masculino,

 

As veias dela pulsavam seu nome, em uma vibração que entregava seus movimentos,

Quando decidira tocá-lo, em uma tentativa frustrada de levar a mão para trás,

Vira-se jogada sobre a cama, de costas e estagnada em razão de paixão desenfreada,

Desejava seu toque, gemera seu nome de maneira sôfrega e tremula,

Um movimento brusco e certeiro, a tirara de sua posição de forçada resistência,

O jogo em que ela era campeã, se invertera, mas naquela hora, ninguém perdia,

 

Tudo acontecera rápido demais para conseguir pronunciar algo,

Só o que fazia sentido, era ser tomada por ele, até ver-se completa,

Embora, não soubesse mais precisar o significado de completa, ele era único,

Tudo se inovava aos seus carinhos, se expandiam dentro dela,

Virara o rosto para o lado, com a boca aberta à espera do beijo,

Sentira a arma ser deixada no chão com um estalo,

Era como se ele quisesse ganhar tempo,

 

Pensara que ele queria que implorasse, então, implorara por seu afago,

Sentira seu corpo queimar em movimentos involuntários,

Conforme ele se posicionava tomando seu corpo entre as mãos gélidas,

Acreditara que ele soltara a arma apenas para sentir o frio entre os dedos,

E isso em contato ao seu corpo quente, era bom, de um jeito desmedido,

Seu corpo fora coberto pelo dele, sem escapar um único vestígio,

Paulo, pronunciaram os seus lábios, A..., gemera a sua alma,

Embora soubesse bem o que sentia, não conseguia falar tudo,

 

Carinhos derramavam-se sobre ela, o calor derretia seus suspiros no ar,

Investidas potentes, seguras e que ela nunca sentira a dominavam,

Ela fechara os olhos e apenas desejara que nunca tivessem final,

Pareciam sido feitos um para o outro, gemidos rompiam o ar trêmulos,

Nada resistia aos seus carinhos, ele a dominava, com carinhos que penetravam,

Em cada parte do seu corpo, podia senti-lo, invadindo-a, tomando-a,

 

Ele, decididamente, era o tipo de homem que fica para sempre,

Aquele em que, você o sente e não permite-se mais soltar,

Aquele que toca a pele e ganha a alma por garantia,

Aquele que penetra onde nunca outro alguém fora capaz de chegar,

Aquele que faz você transpirar o cheiro dele, para guardar,

Para lembrar de cada momento, negando-se a acabar,

 

Seu jeito másculo, meticuloso e forte sobre ela, a deixava incontida,

Tomada por um sentimento que duraria a vida inteira,

As horas transcorriam lá fora, e os carinhos percorriam ali dentro,

Seus beijos sôfregos silenciavam os ponteiros do relógio,

Os afagos que percorriam seus corpos queimavam a ideia do tempo,

Reconheciam-se um no outro, encontravam-se em um desejo perfeito,

Em um sinal emudecido de que todo o tempo seria pouco para os dois.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Busca aos Peixes

Masharey acordou, Subiu na alta cadeira Feita de pneu usados, E cantou alto: - estou no terreiroooo! Em forma de canto. Após iss...