Embora.
-Está bem.
-então, o que acha?
-ora, não destranque a porta!
Ela respondeu de saída,
Sem olhar para trás,
Conhecedora de suas lágrimas,
Sabendo que iria voltar,
Sem ter lugar algum para ficar,
Porém, por ser fraca,
Preferia o recostar da porta fechada
E que está nunca mais lhe fosse aberta,
Uma vez fechada,
Assim ficasse por toda a vida,
Homens precisam refletir decisões
E uma vez tomadas
Que não lhes houvesse rebeliões
De sentimentos transversos,
Arrependimentos ou outra coisa.
-retrógrado.
Ela disse a passos largos.
Algum tempo após recebe uma mensagem:
-?
“interrogação”.
Ora, ele já não tinha suas certezas,
Fosse quais fossem,
Queria sanar dúvidas.
“celular bloqueado”.
Tarde, tarde demais agora.
Falsa inocência de um otário,
-Caramba, não cansa de levar na cara?
A cada passo seguido adiante,
Um “aí meu Deus”
Parece implorar por perdão
“Como? É tão burra que se faz incapaz de entender?
Será que comem cérebros?”
Mas eu confiava em mim para calar,
Olhos adiante,
O que aconteceu ficou para trás,
Adotava o clássico comportamento
Das mulheres decididas e maduras,
Sabia perder assim como ganhar,
“Estúpida inocência daquela que implora”.
Perdedora.
Grande perdedora.
Destruída.
Dilacerada.
Um nada que não sabe pensar.
Estúpida perdedora.
Ela sabia ignorar tudo que um homem fala ou faz.
Melhor escutar sua consciência.
Acabou e não teria volta.
Entendia seus sonhos passados.
“Comigo Será diferente”.
E nisso, perdoava a entrega do primeiro beijo.
Mas o tempo trouxe a verdade,
E agora a relação parecia desgastada,
Era como se fosse longa demais.
Desmedida.
Então, tentava não se culpar.
A culpa não traria um recomeço,
Nem impediria o voltar atrás.
É sabido que culpa cria fantasias,
Colore o que houve,
E finge.
A culpa.
A culpa é sempre falsa.
Mas lágrimas quentes e idiotas
Não podem ser contidas.
E escorriam pelo rosto estúpidas.
E isso o que ocorre quando
Se permite intimidade a alguém,
Dor, lágrimas e arrependimento.
A depressão idolatra a dor e a saudade
A culpa.
A culpa é sempre idiota.
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