quinta-feira, 30 de novembro de 2023

E Outras Coisas

Com suas pernas torneadas
E seu peitoral a mostra,
Ele mantinha os dois últimos
Botões da camisa social branca fechados.

Um boné escondendo os cabelos,
E um calção nada esportivo.
De longe via-se o botão brilhar,
Possuía zíper.
Sim, tive certeza.
Mas quis ver mais,
Bem mais que isso.

Senti as pernas bambas.
Teria caído de joelhos, 
Estivesse mais perto,
Pouco mais perto,
Daria muito por um esbarrao,
Aquele botão pedia para ser aberto.

Pedi a Deus para me proteger 
Dos meus próprios pensamentos,
Desejo, paixão e entusiasmo.
Seu nariz longo e bem-feito,
O queixo empinado é bronzeado,
Sim. Eu queria muito toca-lo.

Homem bonito é coisa boa de se ver,
Mas aquele tinha mais,
Muito mais a oferecer,
Bem,
Rezei por um pênis grande, duro e ereto.
De mãos juntas e unidas,
Rezei quase em voz alta.

Oh, Deus, entre minhas mãos outra coisa!
Há instantes que por mais que nos
Sintamos bem e autossuficiente,
A gente por si só não basta!
Como gostei daquele botão!
Como me vi bem em sua direção.

Confesso que sua aproximação
Mexia em demasia com minhas ideias,
Queria em minha boca outra coisa,
Oh, Deus, que visão bem-vinda!
O dia provava ser promissor,
Desejos, paixão e outras coisas.

-tem cheiro de verão!
Eu lhe disse em tom rouco,
Traiçoeiro quanto a meu querer,
Sedenta não tive como esconder.
-O quê?
Ele disse com lábios graciosos.

-Sua roupa, parece quase excessiva,
Ou então, é sua presença...
Convidativa, sedutora...
Ele passava e mantinha o olhar,
Eu queria muito fazer sexo,
Desejava-o.
E sentia estalar o chão, 
-Onde você está indo?
Ele indaga e eu respondo.

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