quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Um Cara Burro

Não importa como a coisa funciona,
Palavras perdem o contexto, 
Sentia medo, muito medo,
Nem o que disse foi bonito,

Porém, o que fez foi pior,
Não. Ele não gostou de mim,
Apenas isso,
Contudo como me interagir?

Isso mesmo.
Dizer para eu que
Apenas não sou o bastante, 
Ter a preferência dele esfregada na cara.

Era ele,
Não era bem o tipo dele.
Era ele.
Para quê?

Disfarçar ou mentir
Seria considerado enganar, 
Então, ele foi simpático, 
Se recusou ao beijo- 
Nada pragmático. 

Sem interesse e desmotivador, 
Foi bonito isso.
Ele, de início, não quis interpretar,
A questão foi quando a outra cobrou,

Procurou disfarces e exigiu atitude,
Aí ele decidiu se abrigar,
Eram tantos os homens,
E eu bela e dedicada,
Me usar.
Até quê...
(Tapa na cara).

Eu deveria te-lo acertado, 
Mas também, para quê?
Ele nunca ficou sabendo 
De todas as vezes que fui violentada,

Não parecia do seu perfil
Conviver com moças 
Cujos pais usam de quebraduras e forças...
Mas quis quebrar seu antebraço, 
E vi que eu não servia.

Saí. 
A forma como fugi foi boa,
Procurei um abraço, 
Um beijo onde me assegurar,
Quis ser protegida
E isso foi muito bom.

Eu confiava em ambos,
Não sabia que teria motivos sólidos
Para qualquer outra coisa.
Era eu. Não. Não era eu.
Quis me encontrar.

Algo passou a trabalhar dentro de mim, 
E as coisas pareceram se elucidar
Sem tanto esforço ou esmero,
Os sonhos de outra me buscaram,
E eu tentei. Querido. Tentei.
Vale o esforço. 

Que força, 
A força que sempre me segurou,
Me ergueu e fez seguir.
Ninguém além de mim sentiu isso.
Quando retornei ao lugar de antes,
Com todas as aproximações e pegas possíveis. 
Não foi notada ausência ou nada. 

Talvez ele tenha notado meus olhos trêmulos,
De repente viu o sorriso forçado, 
O rosto tristonho, 
Mas a aproximação do beijo dela
Lhe soou efeito devastador,
Havia um quê de ácido até no chegar perto.
Ri disso.
Teria sido divertido.

Vê-lo corroer por água abaixo,
Choro lânguido e mecânico, 
Não saberia de mim,
Então seria apenas o líquido lhe corroendo.
Que feio.
Feri-o.

Me senti obrigada a deferir o tapa.
A esmo vejo outro interesse, 
Nada traiçoeiro ou arredio. 
Não me remeti a força cruel,
Mas lhe vi o efeito devastador.

Meu amigo puxou-o,
Para mostrar-me mais longe,
Cara burro!
Estupidamente burro,
Dizem as línguas que me procura 
Ou sente falta.
Pouco acredito nisso.
Mas e quanto ao ácido?

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