quinta-feira, 1 de junho de 2017

Noite de Amor

Adormecida em um sono profundo,
Envolta pelo manto de um sonho intenso,
Parecia avistar seu vulto no escuro do quarto,

Tamanha a vontade que sentia por sua proximidade,
Sentia seu cheiro adocicado penetrar minha pele,
Fazendo meu sangue esquentar e acelerar meu pulsar,
Ao som da sua voz calorosa que me fazia estremecer,

Como um sussurro a acariciar meu ouvido,
E na ânsia por te tocar, afagava o ar para te alcançar,
Sentindo a voz rouca pela emoção,
Pela saudade que assaltava o coração,

Murmurei seu nome com a pureza de uma prece silenciosa,
E estendi a mão em um gesto de afeto,
Ou uma promessa de amor eterno,
A depender da virtude do seu sentimento,

Com a finalidade de que entendesse,
Que invadir minha noite sem que eu o tocasse,
Alcançava do insensato ao desumano,

Pois apenas aguçava minha afeição,
Mas não trazia segurança quanto a sua paixão,
Então, como se ouvisse as súplicas do meu coração,
Seu vulto se afastou da escuridão,

Que apenas permaneceu no tom escuro do seu cabelo,
E uma luz tênue pareceu irradiar de sua pele,
Enquanto a cor bronze resplandecia em seus olhos cintilantes,
E refletia na beleza de suas sobrancelhas e face,

E com um olhar meigo, se agachou ao meu lado,
Oferecendo carinho ao tocar meus dedos,
Fazendo-os roçar em seu rosto,
Enquanto sussurrava com a voz rouca: Eu te Amo!
E quando o Sol acordou pode contemplar o nosso amor.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Promessa de Amor

No calor da discussão,
Como se fosse possível arrancar o amor do coração,
Ela abre a porta e o manda ir embora,
Diz que está nervosa e que prefere ficar sozinha,
Com a expressão tristonha, ele envolve sua mão com ternura,

E se encaminha para a saída,
Segurando seus dedos em um gesto silencioso de quem quer ficar,
E com lágrimas nos olhos, sente seus dedos se soltar,
Enquanto a porta é fechada às suas costas,

Desolado ele se encosta na parede do apartamento e fica a esperar,
Consternada, ela se recosta na mesma parede,
Permitindo que as lágrimas deslizem por sua face
E sem forças sente o corpo resvalar até o porcelanato,

E ao sentir o piso frio congelar seus sonhos,
Que partidos em mil pedaços, voltam-se contra seu peito,
Levanta os joelhos e os abraça,
Como se desta forma, pudesse amenizar a angústia,

Do lado de fora, ainda inerte a pensar,
Sentindo uma dor aguda no peito,
Ele força a porta e entra, e ao encontrá-la no chão,
Acolhe-a em seus braços, apertando-a em um abraço,

Junto ao coração, como se fizesse dela sua pulsação,
Dizendo sem palavras que é ali o seu lugar,
Acalma seu choro e em prantos jura que a ama,
Segura de seu sentimento, 
Ela o contempla por um momento,

Toca seu rosto, fecha os olhos e desliza a boca do rosto ao queixo,
Parando na maciez dos seus lábios,
E em um beijo apaixonado, 
cela a promessa inaudita de que o ama.

A Farda Que Não Serviu

Acordei e percebi que a farda não servia mais,
Olhei no espelho e procurei ver o que o reflexo escondia,
Recordei as honras da formatura e o que o uniforme militar significava,

Lembrei do heroísmo do juramento
De exercer o ofício mesmo com o risco da própria vida,
Relembrei que era reconhecido por um número na corporação,
Treinado na hierarquia e disciplina para agir com precisão,
Um ser humano a mais, sem face ou identidade,

O braço forte do estado, armado para seguir comandos,
Revivi os combates que seguiam ordens superiores de eliminar testemunhas,
Feito peças em um tabuleiro,
Apanhei minha espada que representava a patente de liderança que alcancei,

Toquei as estrelas da farda, as medalhas,
Símbolos auferidos por me prestar como um joguete a disposição,
Um oficial armado a chumbo, mas sem feição,
Guardei a farda com seus símbolos, tirei as armas e o colete balístico,

E dei voz a minha raiva,
Me apresentei ao superior e pedi dispensa do comando,
Ele quis saber a razão, apenas dei como explicação,
Que agora estava à procura do direito,

Avisei que havia cansado de treinar golpes,
Quando na prática tudo se resolvia com um chute entre as pernas,
E que cansei de dar voz de prisão, do cheiro fétido de sangue e de sujar as mãos,
E sem mais a declarar, apenas virei às costas

E procurei a saída em busca da minha própria vida,
E para finalizar este relato, apenas para esclarecer os fatos,
Contei a história de um amigo na primeira pessoa.

sábado, 27 de maio de 2017

Beijo na Chuva

Com o peito aos saltos por ele caminhar ao meu lado,
Vejo o vento quente e úmido a brincar com seus cabelos,
Como se lesse meus pensamentos,
Ele me olha quase no mesmo instante em que uma chuva 
delicada molha nossos rostos,

Estremeço, estarrecida com a beleza de seu corpo másculo,
Inebriada ao ver a chuva acariciar sua pele e molhar sua roupa,
Com o peito apertado por seu encanto,
Imagino que deveria haver imunidade para proteger-me 
de seu jeito altruísta e seu efeito arrebatador,

Afinal, ele é a soma de toda beleza masculina!
Não sei se pelo brilho intenso e firme de seus olhos,
Ou por ser alto e forte, mas ao fitá-lo tenho a sensação,
De que seus braços poderiam me fazer tocar o céu,
Ou bem próximo a isso, tamanho magnetismo seu,

Uma sombra de um sorriso paira em seus lábios,
E meu coração acelera iluminando minha feição,
Assustada com um trovão, tropeço e caio rumo ao chão,

Instante em que ele envolve meu corpo 
E me ampara de encontro ao seu peito,
Sua voz quente e encorpada feito chocolate derretido,
Faz uma brincadeira ao meu ouvido,

E quando sorri enigmático, 
Seus olhos brilham intensos, como se guardassem um segredo,
Em algum lugar profundo a espera de ser desvendado,
Com a fala rouca e trêmula apenas sorrio a contemplá-lo,

Seu corpo quente e tão próximo,
Faz uma corrente elétrica percorrer meu corpo,
E com um gemido involuntário pronuncio seu nome,
Em resposta ele beija minha boca docemente,
E pude constatar que o calor e abrigo de seu abraço
Era muito melhor que tocar o infinito.

A Face do Amor

Sentara ao sol da área de lazer de um hotel,
Cuja localidade preferira ocultar,
Sob a beleza tangível do céu,
Rascunhara em um papel algo que quisera guardar,

Instante em que um olhar lhe chamara a atenção,
Exitante o fitara em desafio, e percebera a sombra de um sorriso roçar sua feição,
Formando um traço encantador,
Que refletira nos olhos dele um lampejo sedutor,

Acometido de certa frieza enigmática em seus olhos sombrios e penetrantes,
Seu jeito impassível a deixara com a alma inebriante,
E no rosto um riso incontido a tocara levemente os lábios e iluminara seus olhos,

Ao queimar sob seu olhar, um tanto nervosa sentira seu sangue acelerar,
Pouco antes de seu peito parar, ao percebê-lo se aproximar,
Trêmula ela arrumara com os dedos o cabelo,

E levara um dedo junto a boca, Indecisa sobre como agir,
Então, simplesmente, o provocara a sorrir,
E com um tom macio na fala mortalmente calma,
Ele a cumprimentara e pedira para lhe fazer companhia,

Sobressaltada, ela respondera, rouca e súbita, em afirmativa,
Sem conseguir pensar devido a sua presença dominadora,
Ou por efeito de seus sentimentos que tornavam insensatos os seus pensamentos,
E ao contemplar um sorriso brincar em seus lábios, 
Repentino, ele a toca no rosto,

Deixando-a arrepiada à suprimir um grito pelo contato inesperado,
Seu jeito enervante, a tocara de uma forma radiante,
De maneira inovadora, como nunca antes se permitira sentir,
E no fascínio do seu olhar, vira a tarde passar,

Tão mélica quanto seu suco de açaí,
Mesmo contra a sua vontade, 
contemplara o sol se pôr,
Enquanto diante de si contemplava a eternidade, 
Ao reconhecer a face de seu amor.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Se Libertar em Deus

Deus prometeu sua luz aos puros de coração,
Por isso fez a oração,
E consagrou suas palavras na escritura sagrada,
Para que todo ser humano se libertasse do profano,

E se livrasse de toda inveja e maldade,
E ao se apegar na aliança divina,
Pudesse viver em conformidade com Sua fala,

Consciente de que tudo que for mau,
Não pertence ao reino dos céus,
E por ser contrário a Deus,
Não traz retorno benéfico e nem produz luz,

Por isso deve ser retirado do peito
E preenchido o espaço com bons sentimentos,
Pois sendo uma centelha do Deus soberano,
O ser humano foi feito para levar amor ao próximo,

Respeitar sua liberdade e viver em fraternidade,
E ao ter uma vida digna e honrada
Poder contribuir para uma sociedade mais harmônica e amorosa,
Onde o respeito seja mais que um direito,

E por isso, seja posto em prática,
Pois tudo que é contrário a palavra divina
Apenas aprisiona ao invés de libertar.

Jesus o Amor Maior

Certa pessoa vivia em aflição,
No desespero do medo que consumia seu coração,
Até que ao passar em frente a uma igreja,
Em seu último suspiro de crença,

Prostrou-se em lágrimas aos pés da cruz,
Arrumou as mãos em súplicas e aceitou Jesus,
E no clamor de sua oração,
Sentiu O Próprio amor genuíno tocar sua feição,

O Deus em pessoa desceu a terra,
Fez luz em sua alma e lhe trouxe segurança divina,
E ao se deixar inundar com seu amor,
Em seu peito não houve mais espaço para o temor,

Pois o Deus da verdade a libertou da dor,
E por estar protegida com a armadura divina,
Esta pessoa de todo mal se viu livre,

Preencheu seu peito com bondade,
Para que pudesse espalhar felicidade,
E por ter sido forjada no fogo divino,
Deus fez de seu destino, um caminho vitorioso,

Afastou com Suas palavras,
Descritas na escritura sagrada,
Todos os pensamentos negativos,
E ao se libertar da descrença, foi salva de toda maledicência,

Porque no caminho da redenção, só alcançará a salvação,
Quem proceder retamente e andar com dignidade,
Pois só alcançará a paz do Senhor e Sua luz,
Aquele que se livrar de todas as palavras e ações 
contrárias ao nome do amor maior que é Jesus.

Eu Sou Uma Danada

Sem o troféu “A melhor” Nem a miss mundo, Ou a garota modinha, Simplesmente, Datada “a perfeita” Intitulada “A grande g...