O relógio soou meia-noite,
Enquanto a lua solitária iluminava o horizonte,
E o silêncio do apartamento me envolvia,
Com nossas lembranças a me fazer companhia,
Trazendo sua voz de veludo aos meus ouvidos,
Como uma sinfonia a embalar meus sonhos,
E na lembrança do seu sorriso,
Encontrei suas palavras proféticas a encaminhar meus passos,
E ao recordar seus olhos profundos e cristalinos,
Que se irradiavam sobre mim feito fogo líquido,
A aquecer o sangue em minhas veias,
Como um convite para despertar para a vida,
Me sentia como uma refém do destino,
E no espaço do quarto frio,
Ansiava por nosso reencontro,
E saber que a força bruta do seu corpo,
Com uma precisão minuciosa me assegurava em seu abraço,
Mas era incapaz de denunciar o doce suave dos seus beijos,
E mesmo o melhor dos meus sonhos proféticos,
Faria justiça a sua beleza,
Ou a satisfação que é estar ao seu lado,
Como um monumento em homenagem a um deus grego,
Seu rosto de anjo se destacava por sua inocência,
E sempre que seu hálito doce soprava em meu rosto,
E o amor tomava seu semblante perfeito,
Sentia meu coração a um passo além de mim,
Como se estivesse dentro do seu enfim,
E neste instante já não tinha nada mais para desejar,
A não ser uma criança com o infinito do seu olhar.