Doce tortura,
Ela atendeu o celular,
E na tela,
O carinha,
Aquele de quem fugia,
Peito nu, a mostra,
Sorriso fácil na boca,
Língua de fora.
- você parece que brinca!
Ela conseguiu dizer,
Peito arfante,
Mamilos em busca,
Respiração difícil,
Lábios sedentos,
Corpo árido de desejo.
A barba perfeita,
Negra cobria o rosto magro,
Ossos definidos,
Orelhas macias e lindas,
Maldito vocabulário simplista,
Parece fugir do pensamento,
E só restar seu rosto,
Sorrindo, falando, buscando.
Lindos pelos macios
A contornar perfeitos detalhes,
Menino, homem másculo,
Parece arte,
Que não se contenta em ver,
Precisa o tracejar dos dedos,
O sentir da pele quente,
E pulsante.
- doce ciúme,
Me toma por veneno.
Ela disse
Com saliva tocando os lábios,
Frágil com a visão inesperada,
Só desejou tocar seus cabelos,
Negros, fartos e macios,
Sentir a pele morena
Delineada em 3B
Por um sombreado perfeito!
Para quem nega que nariz é ambição de desejo,
Desconhece aquele
Que simplesmente foi colocado nele,
Como se fosse um meio de satisfação,
Elevada perfeição,
Cabe em cada carinho,
Sabe-se que em arte pronta
Nada se acrescenta,
Assim ele veio e está,
Não ao dispor,
Mas em elevada colocação,
Apto,
E lindo.
Com um sorriso grande e fácil.
Lábios que roseiam-se,
Não sei se é pecado
Mas eu morro de ciúmes,
Meu coração fica lento,
E meu corpo pára para vê-lo,
Eu não faço mais que contemplar
E me imaginar próxima,
Tocando-o e sentindo-o.
Digo a ele tenho medo.
Caramba,
Ele explode em esplendor
E magnificência.
Eu abriria mão de tudo
Crença, ideais e o mais.
Disposto sem dispor,
Perfeito, o menino homem tentador.
Sobrancelhas espessas e escuras,
Desenho aquele rosto
Sem moldura,
Simplesmente, pronto!
Minha mão parece toca-lo,
Sentir seu calor,
Está nesta tela e tão perto,
Quase sinto sua barba farta,
O estremecer de sua boca
Entre meus dedos,
Sua doçura,
Seu cheiro,
A forma como ela se abre
Pronta para ser minha,
A maneira como quero que seja,
E minhas inseguranças
Me guiando.
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