sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Areia ao Vento

Se espalhou feito areia ao vento,
A história de uma moça honrada,
Que a segundos do ocaso,
Passeava sozinha em certo lugar,

Quando um rapaz a agarrou,
Sob ameaça despiu sua roupa,
E agressivamente a violentou,
Ignorando suas suplicantes lágrimas.

Mas abriu caminho para o inferno,
Quando em um ímpeto olhou em seus olhos,
E forçou seus lábios para provar do seu beijo ácido,
Se sentiu enfeitiçado,
E da moça indefesa decidiu se apossar,
Indo as últimas consequências para se saciar.

Ao voltar para sua casa,
Não bastasse a tristeza da alma,
Havia ainda a maquiagem borrada que denunciava suas lágrimas,
A roupa amassada que delatava a violência sofrida,
E o cabelo despenteado que gritava a recusa,

Mas os olhos, vozes e ouvidos do lugar,
Se recusaram a oferecer ajuda,
Ouve ainda aqueles que aos sussurros,
Procuraram motivos para lhe culpar,
Não bastasse o medo e o desprezo proveniente do próprio ato,

Agora teria que provar a violência psicológica,
Ao ver a violência se tornar pública,
E ser recusada por alguns como vítima,
E por outros, ser novamente violada ante o olhar de cobiça.

Ao tomar conhecimento dos fatos,
Seu pai permaneceu calado,
Bebendo em pequenas doses o cálice do ódio,
Não demorou a chegar aos seus ouvidos,

Que o inimigo que a violentou,
Agora oferecia qualquer preço
Para tê-la em casamento,
Alegando tratar-se de amor,

Não houve como mensurar a ofensa sofrida,
Ao ver a filha digna e honrada,
Ser tratada como prostituta,

Apenas o fio da espada
Bastaria para solucionar o crime,
E assim, passados três dias extraiu a vida
De todos os homens da cidade.

Dizem que daquele lugar até a vizinhança,
Foi tão grande o desprezo do Senhor,
Que o terror se espalhou no solo feito o pó da terra,
Abrindo uma oportunidade para que renascesse o amor.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

A Voz do Coração

Por sete anos trabalhou naquele chão,
Para conquistar o amor da moça que conquistou seu coração,
O calor lhe consumia de dia,
Mas o meigo olhar da moça o sustentava feito magia,

Não fosse a força do amor que sentia,
Ao frio que o afligia nas noites, não resistiria,
Até mesmo o sono fugia dos seus olhos,
Ante a lembrança do brilho do seu sorriso,

Sua beleza delicada e encantadora,
Transformou anos em segundos pelo tanto que a amava,
Com a força de um tiro certeiro de uma flecha envenenada,
Imensurável feito o pó da terra, ou a areia do mar,

Divino, como se estivesse escrito nas estrelas,
Ou previsto nas linhas da escritura sagrada,
Nobre feito o anjo da salvação,
Suave como cada batida do seu coração,

Até mesmo a chuva que fazia a vida brotar da terra,
Parecia injusta e traiçoeira quando assustava seu olhar,
Ante ao menor temor da sua fala,
Suas mãos se fechavam em garras para protegê-la,

E seus músculos se tornavam um escudo metálico
Para mantê-la no abrigo dos seus braços,
Tendo Deus visto seu sofrimento
E o trabalho das suas mãos,
Se emocionou diante da força deste sentimento
E concedeu seu pedido feito em oração,

Tendo ele conseguido a benção do Divino Salvador,
Alcançou o coração da moça e com ele seu amor,
O tempo passou com o vento
E os anos apenas reforçaram seus sentimentos,


Mas em certo lugar, em hora não sabida,
Um certo alguém próximo da família,
Se embriagou no cálice da intriga,
E veio buscar adenda,

Com olhar compreensivo,
Por ser homem justo e íntegro,
Ele solucionou a intriga através da conversa,
E das pedras que poderiam ter sido usadas como armas,

Fizeram uma coluna para simbolizar a promessa de estima,
A força e o respeito que nutriam em suas afeições,
Por preferirem encontrar a reposta 
Na voz que vinha dos seus corações.

Castelo de Pedras

Conta a lenda, que próximo a algum lugar,
Entre dez e onze horas da manhã,
Um forasteiro teve todos os seus bens saqueados,
E o corpo e alma violados,

Acuado por cinco bandidos,
Que o espancaram com toda força do corpo,
Assustado e inconformado
Ele gritou alto por socorro,

E lágrimas cobriram sua face,
Ao se deparar com a indiferença e ódio dos presentes,
Como se atendessem ao chamado do demônio,
Fecharam olhos e ouvidos ao sofrimento,

O desprezo que sentiu nos olhos daquelas pessoas,
Foi como provar o gosto amargo do beijo de Judas,
Ao longe pode ouvir a palavra de Deus sendo lida,
E um suspiro de esperança alimentou sua alma,

E o fez chorar mais ainda por ver o próprio religioso descumpri-la,
Satisfeitos com as feridas, lucros e sangue derramado,
Os bandidos o abandonaram desacordado,
Já era escuro quando abriu os olhos,
Sob o orvalho frio do firmamento,

Estava vivo, e isto era suficiente para seguir seu caminho,
Andou um pouco adiante, e sentindo-se demasiadamente dolorido,
Encontrou uma pedra e fez dela o travesseiro,
E tendo ele resistido para contemplar o dilúculo,

Acordando com os primeiros raios de sol a afagar seu rosto,
Recordou em seu coração as palavras do Divino,
E decidindo acreditar em seus sonhos,
Arrancou do pescoço o jugo que pretendiam colocar,

E daquela pedra fez o primeiro alicerce da sua casa,
De uma a uma, juntou todas as pedras do lugar,
E nelas trabalhou do chão as colunas da sua morada,

Nisso um amigo, que também havia passado pelo mesmo sofrimento,
Se compadeceu da sua dor,
E juntos, das pedras ergueram um castelo,
Movidos pela força do amor.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Lutar Pela Vida

Alvo encontrado e não identificado,
Mãos ao alto, de joelhos e cara na chão,
Culpado pelo crime não cometido,
E um tiro seco parte em sua direção,

A uma lágrima de distância,
Sinto uma dor profunda no coração,
Sua imagem vem a minha lembrança,
E o vento traz seu beijo suave como uma oração,

Sinto o sangue queimar em minhas veias,
Ao detectar o gosto da morte em minha boca,
Percebi que o diabo andou ocupado,
Em conduzir seres humanos para sacrifício,

Através de impulsos psicológicos e físicos,
Mas cometeu um erro,
Quando não calculou que eu acreditava em sonhos,
E que alcançaria até os anjos do firmamento,
Pelas pessoas que eu amo,

Com sangue no olhar saí para o salvar,
Sob a mira de armas e guerra nuclear,
Enfrentei a areia movediça aos meus pés,
E uma mina terrestre um pouco mais adiante,

Então gritei ao universo pela redenção,
Convoquei os seres humanos a lutarem pela salvação,
Lutar pela condição humana,
E pelo direito a uma vida digna,

Quebrar as algemas que nos prendem ao sistema,
E nos coisifica feito máquinas programadas,
Quando cheguei ao seu encontro,
O encontrei desacordado,

Fiquei de joelhos e o envolvi em meus braços,
Com um beijo suave toquei em seus lábios,
E roguei a Deus que poupasse sua vida,
Ao limpar com lágrimas o sangue da sua roupa,

Transcorridos alguns minutos de desespero,
O vi abrir os olhos e forçar um sorriso,
Então nos levantamos com a coragem daqueles que acreditam em sonhos,
E vozes ecoaram atrás de nós,

 - Ouvimos seu pedido pela raça humana,
E decidimos nos juntar à luta pela vida,
Escolhemos resistir a opressão,
- Então vocês escolheram acreditar na força do coração,

Lhes falei com um sorriso iluminado,
Escolheram lutar por um destino seguro,
Em que a força do coração humano
Seja o imperativo para a construção do nosso futuro,
Sigam conosco!

Chance Única

O futuro não está escrito nas estrelas,
Nenhuma vida humana nasceu em vão na terra,
Mas eu não me sinto seguro,
Porque apesar de ser dono de mim mesmo,

Por vezes, eu me sinto manipulado,
Como se estivesse sendo computadorizado,
E todo meu passado pudesse ser apagado,
E com ele, bilhões de vidas que desfaleceram sob meus olhos,

Em campos organizados para o extermínio,
Ou em guerras maquiadas em vontades sistematizadas,
E eu aqui a espera de ser salvo pelo homem do futuro,
Um ser humano de aço,

Que acredita na raça humana,
E defende o estandarte da vida,
À custa do próprio sangue luta pela família humana,
Por acreditar na escritura sagrada,

E que todo aquele que chora merece uma oportunidade,
Por ser incapaz de fechar os olhos para a maldade,
A distância de um tiro de flecha,
Ou de um mar de lágrimas,

Por sentir Deus pulsar em seu coração,
Permitiu que lhe conduzisse pela mão,
Prolongando através dos tempos,
O acordo firmado nos primórdios com o Deus Eterno,

Por acreditar na voz do anjo sagrado,
Defendeu a liberdade do corpo e do psicológico,
O direito de saciar-se na fonte da vida
A todo o ser humano, inclusive os animais,

Faltando dois minutos para a meia noite parou o relógio,
E no cair da tarde o mundo conheceu a escuridão,
Um eclipse solar envolveu o firmamento,
Fazendo acelerar em um só pulsar cada coração,

A Lua gelada se colocou entre o Sol e a Terra,
A coroa solar aprimorou os olhar das pessoas,
E o vento solar tocou sereno o campo magnético do Planeta,
Dando mais uma chance única à raça humana.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Batalha Pela Vida

Em algum lugar no passado
Os cavalos foram selados,
A espada empunhada
E a armadura vestida,
O estandarte na mão direita
Marcava o início da batalha sangrenta,

Em um espaço longínquo do futuro,
Máquinas se erguiam das cinzas
E agonia do inferno nuclear,
E seres humanos recrudesciam seus corpos
E intelecto pelo resgate da família humana,
Buscando o reconhecimento do seu valor como pessoa,

Passado e futuro unindo seus homens de aço,
Inconformados em viver as margens da sociedade,
Em pagar com a alma o preço pela liberdade,
Justos e ímpios encaminhados aos campos organizados,
Aprisionando sonhos em corações apavorados,

Mentes dormentes em corpos errantes,
Vendo o cálice do direito esvair-se feito o seu sangue,
Sentenciados a miséria da sede e fome,
Inertes e largados a própria sorte,

A eminência do momento do extermínio,
Dois minutos para a meia-noite marca o relógio,
E a justiça divina se avista no horizonte,
Fazendo o fogo romper o azul celeste,
Até a terra arder feito uma fornalha,
Condenados pelo pecado da ganância e indiferença,

- Mãos ao alto, de joelhos e cara no chão,
Grita o ser endeusado e sem coração,
- Vamos lutar para romper as cercas,
Fala a voz emudecida pelo olhar da injustiça,

- Apostar o sangue se o preço for a alma,
Correr risco de vida,
Quebrar as algemas,
Romper o sistema,
Pelo direito de salvar o pensamento
E o corpo de serem violados.

Sentimentos

A noite havia descido sobre a terra,
E a lua iluminava entre as estrelas,
Quando aconteceu uma história real,
Que retrata o instante em que um jovem casal,

Tomava uma cerveja e brindava a vida,
Ela, uma moça linda e delicada,
Ele, um rapaz honrado e íntegro,
Seus olhares apaixonados retratavam sonhos

Tão intensos quanto o brilho dos seus sorrisos,
Sentados em um bar, um de frente para o outro,
Com as mãos entrelaçadas á luz do luar,
Mesmo o som da música que abraçava o ar,

Não era tão belo quanto suas juras que acolhiam a alma,
Não demorou para despertarem o olhar
Da inveja e cobiça alheia,
E assim que a moça se dirigiu ao banheiro,
Foi alvo de elogios desrespeitosos,

Ignorados, dois homens levantaram de suas mesas,
E mostraram armas em suas cinturas,
Neste momento seu namorado já estava ao seu lado,
Engoliu em seco o desrespeito,

Sentindo as palavras rasgar a garganta,
E perguntou qual era o motivo da ameaça,
Porque mostrar armas a uma moça pura
Que possuía em seu corpo o dom da vida?

Uma arma fria que jamais poderia ser utilizada para promessas vazias,
Feita por embriagados que escondiam o medo no escudo do fogo,
Ele, por ter as mãos limpas se agarrava a honra,
E ignorando a raiva da injustiça que endurecia o olhar

Pediu que se desculpassem em respeito ao Deus do impossível,
Aquele que pediu que o ato dos justos
Fosse conforme as palavras sopradas aos seus ouvidos
E eternizadas na escritura sagrada,
Aquele que fazia o homem curvar-se a terra em sua presença,

O Divino que com um sopro, gerou a vida humana,
Que em seis dias fez o planeta Terra para abriga-la,
Fez o universo para inspiração,
Por acreditar no amor de cada coração,

Embriagados pelo cálice da violência,
E surdos ás palavras,
Os dois homens investiram contra o casal,
Usando na briga, inclusive, as cadeiras,

Sem saída, o casal aceitou as investidas,
E unidos, com movimentos rápidos,
Jogaram os malfeitores contra as janelas de vidro,

Condenando-os fatalmente á cegueira,
E a impropriedade de portar uma arma,
Ser deselegante com uma moça,
Ou descrente aos sentimentos da alma.

Eu Sou Uma Danada

Sem o troféu “A melhor” Nem a miss mundo, Ou a garota modinha, Simplesmente, Datada “a perfeita” Intitulada “A grande g...