quinta-feira, 24 de agosto de 2017

2:30 Horas da Madrugada

Ocorrência de violência doméstica,
As duas horas e meia da madrugada,
Ao chegar a casa uma linda mulher sai a porta,
Em pânico e com lágrimas no olhar,

Acuada maquiou um pouco os fatos,
Com medo da repercussão que teria o caso,
Mas ainda assim, relatou o assédio e desrespeito por parte dos vizinhos,
Acompanhados pelo descaso e agressividade do esposo,

Os policiais ofereceram ajuda através de rondas ostensivas,
Mas em troca ela teria que se sujeitar ao estado de prostituta,
Deveria entregar o corpo se desejasse receber socorro,
Trêmula de medo ela rejeitou-se ao favor,

E as ameaças e perseguições passaram a ser de toda ordem,
E o maior alvo passou a ser seus familiares,
Não tardou e ela, acuada, aceitou as investidas,
Cedeu sua inocência pela proteção da família,

Sofreu violências no corpo e no psicológico,
Feito uma máquina programada,
Vítima de um sistema que não segue regras,
Alvo de toda espécie de corrupto,

Do rei ao ladrão,
Todos queriam um pouco da sua atenção,
Mas negando-se a fazer sentido,
Aos poucos ela se soltou das algemas,
E afastou a faca da garganta,

Escapou da prisão psicológica,
Recusando a ser violada como pessoa humana,
Não tardou e o homem de farda bateu a sua porta,
E ao receber a recusa,

Tirou a arma de dentro do cós da calça,
E lhe ceifou a vida com um tiro na cabeça,
Então pegou o rádio comunicador,
E passou a relatar a ocorrência,
Respirando contra a justiça,

Alegou que chegou no dever de ofício,
E ao encontrar a entrada lacrada com sistema de segurança,
Disse que sem violência não seria possível a entrada,
Pois a porta estava fechada por dentro,

Por isso se viu obrigado a usar a força,
E com o tiro que rompeu as defesas,
Acabou, também, por desfalecer a vítima,
Sem testemunhas e insatisfeito com as audiências,

O marido se sentiu no dever de honrar a morte da esposa,
E assim a notícia ganhou repercussão mundial,
A polícia esta no local, noticiava o telejornal,
E se aproxima do suspeito,

Não se sabe precisar o início da perseguição,
A polícia responde por ameaça e assassinato,
Refém, o filho de um policial da região,
Alvo encontrado, suspeito não identificado,

Vejo que suspeito e refém estão caídos,
Mas espere, parece que agora o policial esta sangrando,
Ora vejam, mais um policial foi morto em trabalho,
E assim da vítima ao herói bandido,
Três corpos foram ao solo, desfalecidos.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Amor, você torna o amor humano

Amor, eu te amo,
Na quantidade de estrelas do firmamento,
Somado ao pó da terra,
Multiplicado pela areia do mar,

Te amo ao infinito e com todo o ar que eu respiro,
E um segundo além do meu último suspiro,
Amor eu te amo,
Pelos ideais em que você acredita,
Por injetar em minha boca árida,
O fluído da vida,

Por olhar em meus olhos,
E penetrar além do meu corpo,
Conhecer minha alma
E cuidar dos meus traumas,

Amor, eu te amo por você me respeitar,
Amor, obrigada por me ver como uma pessoa humana,
Amor eu te amo,
Por me acorrentar em seu abraço,

E me abrigar de todo o perigo,
Amor, eu te amo,
Pelo tempo do eterno e mais um pouco,
Amor, você torna o amor humano,

No sonho do seu olhar,
No encanto do seu sorriso,
No calor da sua pele a me afagar,
No néctar do seu beijo,

No vigor do seu corpo,
Na ternura da sua fala,
Na magia da música,
No filme que passa na tela,
No poema que acaricia a alma,

Amor, você torna o amor humano,
Amor, você é único,

Amor, você torna o amor humano,
Amor, você é único,
Amor, você torna o amor humano...

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

A Aliança

O povo que construiu aliança com o Divino,
Enfrentou a sede por três dias no deserto,
E a fé humana foi testada,
Ali o Senhor apresentou a Moisés seu servo,

A direção através de leis e ordenanças sagradas,
Mostrando que em Deus está a cura da alma,
Com um arbusto Moisés fez o milagre
De tornar águas amargas potáveis,

E quando chegaram à próxima cidade,
Encontraram doze fontes para saciar a sede,
Doze é o número que condiz com o tamanho de um coração adulto,
E setenta palmeiras para sentarem-se a sombra,
Número que multiplicado por sete representa o perdão para Jesus Cristo,

E quando a fome os provou,
Deus trouxe pássaros para alimento,
E fez o pão surgir do orvalho frio do deserto,
E mais adiante ao precisar de água,
Moisés, seu servo, fez a água brotar da rocha,

Por ser frio e duro o coração humano,
Que por todo o caminho descreditou do amor Divino,
Um pouco adiante, um povo os atacou,
E do alto da colina,
Moisés mantinha a vitória em suas mãos erguidas,

Mas quando suas mãos cansaram,
Dois amigos (Arão e Hur), um a sua direita e outro a esquerda,
Lhe deram forças para mantê-las levantadas,
No fio da espada Josué derrotou o exército inimigo,

Mas somente se fosse levantado ao alto à bandeira do Senhor,
Como prova de que a raça humana apenas prevalecerá,
Enquanto o amor e a fé guiarem as pessoas humanas.

A Travessia

O povo escravizado por quatrocentos e trinta anos,
Vitorioso, partiu para o deserto,
Rumo ao Mar Vermelho,
O qual é rico em vida submarina,
Suas águas termohalinas

São mais frias e densas
E possuem maior concentração de salinidade,
Fato este que remete as lágrimas da raça humana,
E apesar da sua coloração ser azul celeste,

Suas águas possuem manchas avermelhadas,
Como um lembrete eterno à humanidade,
De todo o sangue e sofrimento humano que foi derramado sobre a terra,
Até que o próprio Deus viesse trazer a vitória,

Deus seguia a frente
Sobre uma coluna de nuvem,
Durante o dia para guiar o caminho,
E no frio da noite,
Deus seguia numa coluna de fogo,
Para iluminar o destino,

Porém o exército do império,
Perseguiu o povo libertado,
Este ao ver-se acuado,
Recusou-se ao claustro do túmulo,

E amedrontados clamaram auxílio ao Divino,
Com medo do fio da espada do perseguidor,
O temor foi suficiente para abalar sua fé,
E descrerem da proteção de Moisés,

Moisés, porém, em nenhum instante temeu,
Por acreditar fielmente no amor de Deus,
E quando o mar os deixou sem saída,
E o exército egípcio os cercou,

Moisés levantou a mão sobre as águas
E com um sopro de Deus o mar se abriu,
Fazendo terra seca,
E uma nuvem do Senhor fez sombra sobre o inimigo,
Mas trouxe luz ao povo libertado

Por uma noite inteira, até que fizessem a travessia,
Tendo uma coluna de mar à direita e outra a esquerda,
Ao raiar do dia o mar voltou para o seu lugar,
Ao sinal de Moisés Deus soprou,
E o mar que se abriu, também se fechou,

Levando consigo o exército egípcio,
Que entre as colunas de água, vagava confuso,
Até hoje ventos sopram sobre estas águas,
Como uma lembrança da aliança Divina,
Que a raça humana construiu em confiança.

domingo, 20 de agosto de 2017

Amor à Raça Humana

Quem o nomeou líder e juiz sobre nós?
Perguntou o escravo no gemido do seu suplício,
Assim iniciou a história,
Escrita em agonia nas estrelas,

Mas Moisés sentiu medo, e fugiu para pedir auxílio,
E ao ajudar sete moças próximas a uma fonte,
Uma delas lhe arrepiou a pele,
E ele sentiu indagar em sua pulsação:
Acaso já amaste coração?

Ao avistar a moça mais linda e delicada,
Como se estivesse suspensa na noite,
De longe lembrava a luz da lua,
De perto, nem todas as estrelas

Alcançariam o fulgor do seu rosto,
Seus olhos possuíam o brilho do amor,
Tão puro e cristalino quanto a bondade do Senhor,
Seus lábios imaculados, lembravam um templo sagrado,

Que em um beijo terno libertaria de todo pecado,
Seu corpo virtuoso poderia ser comparado a um santuário,
Que em prece se curvava para exaltar o divino,
E agora por amor, se entregaria ao peregrino,

Deste enlace amoroso nasceram dois meninos,
Mas o gemido e lamento do povo escravizado,
Foi tão desesperador que chegou aos ouvidos do Senhor,
E o anjo do Senhor apareceu para Moisés,

Através do fogo que tocava a sarça, mas não queimava,
E pediu que ele procurasse as autoridades,
Para que juntos libertassem o povo escravizado,
Avisando que seu jugo foi visto pelo Divino,

E seus gritos de sofrimento foram ouvidos,
Agora o povo seria salvo pela vara e mão de Moisés,
Através dos quais, Deus operaria seus milagres,
Com seu irmão a cuidar das palavras
E Moisés dos sinais.

O povo oprimido ao saber que o próprio Deus vinha ao seu auxílio,
Curvou-se em adoração,
Mas não foi capaz de se posicionar contra o império,
Descrentes quanto ao poder dos seus corações.

Já o monarca impiedoso, se negou a vontade do Divino,
E através do açoite e o fio da espada, manteve os trabalhos forçados,
Mas Deus recordou da aliança com a raça humana,
E com braço forte mandou resgatar a esperança em suas almas,

Com poderosos atos do juízo final,
O exército do Senhor marcharia para a vitória final,
Assim se fez e perante a majestade,
Ocorreu o primeiro milagre,

Quando a vara de Moisés virou uma serpente,
E engoliu as serpentes deles,
Sendo o gesto insuficiente
Para penetrar a dureza do coração reinante,

Em um ato clamante pela dor do semelhante,
Toda água do lugar virou sangue,
Como a dor que se esvaia na lágrima
E no suor da face da pessoa humana escravizada,

Na primeira praga, por sete dias o sangue tomou a terra,
Visando amolecer os corações de pedra,
Incrédulo, o rei se fechou em seu palácio,
Então vieram as rãs e tomaram, por um dia, todo o solo,

Por terceiro ato, todo o pó virou piolho,
E atacou todos os seres com vida,
Desde o animal até o mais sofrido escravo,
Em quarta praga, por um dia as moscas tomaram a terra do Egito,

A partir de então, o Divino fez distinção e poupou o povo israelita,
A quinta praga desfaleceu todo o rebanho,
As sexta praga, fez as chagas da alma
Ficarem aparentes,
Ao apodrecer em feridas toda e qualquer pele,

Moisés espalhou pelo ar,
Um punhado de cinzas da fornalha,
A qual caiu feito um pó fino sobre a terra,
Como se a própria pele humana estivesse sendo queimada,

Mas nem isso acalorou o coração do monarca,
Deus piedoso por suas vidas,
Preferindo salvar através da fé,
Fez raios, trovões e granizo cortarem o azul celeste,

Desfalecendo tudo que estivesse a deriva,
Sobrou apenas a comida e as árvores quebradas,
As quais foram consumidas pela oitava praga,
Que com gafanhotos cobriu toda a face da terra,

Até que o solo ficasse oculto aos olhos,
Do sopro do Senhor os gafanhotos surgiram,
E através do seu sopro partiram,
Veio então a nona praga,
E as trevas tornaram-se palpáveis na terra,

Por três dias só se ouvia o palpitar do coração
Da raça humana perdida na escuridão,
Para que unissem seus batimentos,
E respeitassem uns aos outros como seres humanos,

A décima praga levou todos os filhos primogênitos,
Dos animais, do monarca e dos escravos,
Neste dia comemorou-se a Páscoa do Senhor,
O dia em que a raça humana conheceu o poder do Salvador,
Apenas sobraram os que sangraram a dor do próximo,
E acreditaram no amor do Divino e dos seres humanos.

sábado, 19 de agosto de 2017

Valor do Amor

Havia um rei vestido à prata e ouro,
Que nas pedras preciosas escondia o seu tormento,
Por nunca ter encontrado um coração,
Que desse vida à sua emoção,

Suas horas se arrastavam pesadas feito ferro,
Seu dormir insone refletia o brilho do ouro gelado,
Solitário, afogava o pranto no fundo do peito,
Ao manter os olhos eternamente vendados ao amor,

Névoa que se eleva ao vapor dos suspiros,
Purgado é o beijo dos apaixonados
E aos seus lábios, um sabor desconhecido.

Com a mesma intensidade do seu sofrimento,
Por sete anos a fome perseguiu seu povo,
Fazendo toda a prata se acumular nas mãos do soberano,
Comerciada por alimento,

Em sua falta foi negociado o patrimônio,
E em sua ausência foi vendido o próprio corpo,
Coisificando os seres humanos ao estado de escravo,
Reduzidos à mercadoria nas mãos do monarca.

Porém, certo dia,
Seu olhar cruzou com o de uma moça,
Definitivo como o fio da espada,
E a vida palpitou em seu coração,
Tão genuína quanto a delicadeza da sua expressão,

Um último pedido pendente nas estrelas,
A chama de uma vela que ensina a alma a brilhar,
Mais valiosa que qualquer de suas joias,
Tão linda que o significado da beleza não a alcançava,

Como uma página guardada no caderno do destino,
Seus lábios etéreos e delicados, abertos em um sorriso,
Absorviam seus pecados na pureza dos seus beijos,
Para todo o sempre ele jurou seu amor,

E ao tê-la como esposa,
Conheceu o valor da raça humana,
E por acreditar em sonhos,
Juntos lutaram por um mundo mais humano,
E ao conhecer o significado da vida,
Buscou também, respeitar e proteger a família humana.

Sonhos

Conta a história que certa família religiosa,
Cultuava a prata e o ouro,
Corrompida pelo pecado da inveja e ganância,
Não demorou muito para que o próprio solo,

Já não os sustentasse sobre a mesma terra,
Por ser insuficiente para alimentar seus objetivos,
Assim, irmãos de sangue se separaram,
Ergueram os olhos ao firmamento,
E estrelas diferentes os guiaram,

E a raça humana mais uma vez padeceu,
Por se recusar a viver no amor de Deus,
Preferiram fazer distinção entre seus semelhantes,
Por acreditar que cada coração é diferente,

Mas houve aquele que acreditou no poder dos sonhos,
E ao percorrer a areia do deserto,
Encontrou água para saciar a sede,
E na luz que iluminava o azul celeste,

Encontrou forças para acreditar na vida,
E lutar pela raça humana,
Lá vem aquele sonhador,
Diziam uns aos outros,

Mas como um amuleto dos anjos,
Avistou ao longe a face do amor,
E viu seus erros e pecados consumirem-se pelo vento,
E nunca seus sonhos foram tão intensos,

Quanto o instante em que encontrou valor
Naquele coração humano,
E nos olhos da mulher amada,
Viu seu futuro se materializar

No desejo de constituir família.
Sua fala rouca e macia,
Pronunciava em cada palavra,
Pequenas doses de alegria,

Foi como se a cura para a alma
Se encontrasse em seus lábios,
Nunca sua garganta ficou tão árida,
Quanto o instante em que desejou seu beijo,

Foi como avistar o luar na noite escura,
Dançar ao som da música mais linda,
O sussurro que precede o arrepio,
O afago que antecede o suspiro,
O sorriso que acompanha o beijo,

O calor que irradia do abraço,
O para sempre escondido no eu te amo,
E quando seus dedos afagaram seu rosto,
Viu em seus olhos a face dos seus sonhos
E juntos acreditaram em um futuro mais humano.

Eu Sou Uma Danada

Sem o troféu “A melhor” Nem a miss mundo, Ou a garota modinha, Simplesmente, Datada “a perfeita” Intitulada “A grande g...