Aconteceu que certa moça,
Saiu de uma festa,
E se dirigia a sua casa,
Mas ao dobrar a esquina,
Em um local mal iluminado,
Se atentou a gritos indistintos,
Seguido por choro e xingamentos,
Então se aproximou mordaz,
Defrontando-se com uma cena de estupro,
De um homem contra uma garota,
- Basta – ela gritou sem receio.
Logo, o homem libertou a garota
Que se encolheu assustada, escondendo o rosto,
Tateando no chão a roupa,
- O quê? Quem você pensa que é?-
Ele indagou ameaçador.
- Não se preocupe é minha primeira vez
A estar de frente com um estuprador –
Ela respondeu com um sorriso maligno.
- Tão felina, quanto louca?
Enquanto a indagava,
Ele se aproximava e empunhava uma faca,
- Louca não, apenas confusa;
Aliás, estou lembrando o dia
Em que não usei calcinha na escola;
O nome do menino que notou era...;
Esqueci, e o problema é que ele esta morto agora;
Mas estar presente nesta cena;
Me fez sentir ainda mais confusa;
Não é de matar? –
- Felina, louca e linda. –
Respondeu com malícia.
- Ocorre que as mesmas mãos que acariciam
Se tornam garras em nossa defesa,
E os mesmos lábios que beijam
Se tornam ácidos sobre sua presa,
Prazer sou a mulher gato,
Ouça o meu rugido! –
Mal encerrou a resposta,
Deu vida a ira que queimava em suas veias,
Atacando-o com violência,
Com um chute derrubou a faca
E desferiu uma série de socos,
Então a outra garota se lançou sobre a arma,
E alcançando-a golpeou o estuprador,
Ferindo-o pelas costas,
Com um golpe fatal
Que encerrou sua vida
Naquele mesmo lugar.