Como pôde destruir os sonhos de uma vida,
Como consegue condenar nosso amor a ruína,
Mas meu amor arrumou as malas e saiu,
Pedi que ficasse, mas não ouviu,
Com os soluços sufocando minha voz,
Me recostei na parede e permiti chorar este amor,
Como se as lágrimas diminuíssem a dor do coração,
Deixei a dor transbordar, endurecendo minha feição,
Decidi seguir em frente, sem olhar para traz nenhuma vez,
Se assim decidistes, espero então que consigas me esquecer,
O tempo passou e eu simplesmente me mantive distante,
Porém, meu coração inquieto me acordava em tristes noites insones,
Em um choro silencioso ele a gritava: eu preciso de você,
Em sonho ela fechava a porta sem nada responder,
O coração insistia que era medo de entregar-se,
Precisava tomar cuidado senão acreditaria nele,
Perdido nestas lembranças, nem sei se era sonho ou realidade,
Mas sou obrigado a vê-la partindo mais uma vez,
Perdê-la da minha vida sem nada poder dizer,
As lembranças eram tão reais que me faziam prender a respiração,
Fazendo nossas súplicas de amor ecoarem no coração,
Por Deus sabia como era o toque das mãos dela,
E como sua pele era macia e delicada acima da camisa,
Queria muito beijá-la, sentia muita saudade,
O mais tudo perdia a importância,
Mas prometeu que não haveria uma próxima vez,
Afinal, ela partiu o que poderia fazer?
Suplicar para que voltasse,
Usando sonhos de amor como argumentos?
O amor que foi insuficiente para fazê-la ficar,
Porquê seria suficiente para fazer retroceder,
Ah coração antes fosse mudo e impedido de falar,
Porém pulsa inquieto, suplicante por teu olhar,
Eu a amo isso é verdadeiro,
Então meu rosto se iluminou com algo novo,
Decidi dar voz a fala que ecoava em meu peito,
E tirava o sono e parti para o seu encontro,
Prometi a mim mesmo que ficaria ao longe,
De onde olharia em seus olhos verdes,
E se meu coração pedisse para me aproximar,
Apenas assim declararia o amor da minha vida.