Às três horas de uma quarta-feira ensolarada,
Vejo você chegar irradiante em sua moto esportiva,
Com a beleza e a singularidade de uma estrela cadente,
Com a diferença de que a ela entrego meus pedidos
E a você concedo meus sonhos,
E por lhe considerar como um guardião,
Lhe confio meu coração.
Parado a minha frente, a tirar o capacete,
Contemplo seu sorriso mordaz,
Um riso tão expressivo que chega a ser corrosivo,
Pois ao chegar de mansinho, dissolvendo-se em carinho,
Quebra a resistência por fazer a diferença,
Seus olhos profundos na cor azul celeste,
Com salpicados metálicos denunciavam o vigor de um
cavalheiro valente,
Que apenas com um olhar formigava a pele,
Sentença de condenação imediata que leva qualquer coração
às grades,
Com capacidade letal e profundidade vital,
Pena de fuzilamento devido à irreversibilidade do
sentimento,
E ao me aproximar silenciosa,
Perto o suficiente para sentir seu hálito quente e a
doçura dos seus lábios,
Vi minhas incertezas se reduzirem as lágrimas,
Tão logo me envolveu em seus braços,
E como um sinal de Deus,
Em seu abraço me sinto tão única quanto um troféu,
Vestido de negro, não há nada mais encantador,
E se você tivesse outro nome,
Não pairaria dúvidas que se chamaria amor,
Magnetizada em seu olhar e seu jeito dominador,
Nada foi mais único quanto o momento
Em que sua boca abriu meus lábios em um beijo sedento,
E me entregou sua doçura em gestos de ternura
Que alcançou e conquistou minha alma.