Mais um mês se passa longe do seu abraço,
E eu sobrevivo, mesmo com o sol brilhando
Na cor dos seus
olhos,
Mas nesta manhã, como por compadecimento,
O céu acordou nublado,
E a primeira gota de chuva caiu em meu rosto,
Feito a lágrima que permanecia escondida em meus olhos,
E com a visão turva pela neblina,
E o coração ansioso pelo reencontro,
Te via em cada pessoa que transitava pela rua,
Ao dar voz ao meu sentimento,
Podia sentir seu cheiro no vento que acariciava meus
cabelos,
Até meus sonhos estavam vazios,
Por acordar e não ter você ao meu lado,
Sinto o sofrimento de uma dor sem fim,
O inverso do sentimento que enquanto me conquistava,
afastou você de mim,
Fecho meus olhos para trazer você para perto,
E ao dar voz ao desejo que consume meu peito,
Penso que deveria ser proibido um amor tão puro não ser
correspondido,
E um sorriso se forma em meus lábios,
Mas ferido, seu brilho se recusa a tocar meus olhos,
E pensar que o doce de seu olhar,
Um dia simplesmente iria partir,
E se recusar a eternidade do meu sentir,
Deixando no espaço do meu abraço,
O vazio de um tempo suspenso,
Em que sempre retorno a reviver nosso começo.