quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Como na Primeira Vez

A lua brilhava apaixonada,
E nós saímos passear de mãos dadas,
Apaixonados como na primeira vez,
Passeando por entre as flores,

Atentos ao canto dos animais noturnos,
E à brisa fria que aproximava nossos corpos,
Enquanto o luar brilhava em nossos olhos,
E o amor refletia em nossos atos,

Brincávamos com nossas sombras,
E com a entonação das nossas falas,
Então colhemos algumas rosas,
E cobrimos o chão com suas pétalas,

Depois nos deitamos sobre elas,
Abraçados, olhando as estrelas,
Traçamos desenhos na constelação,
Conforme os sonhos falavam ao coração,

Então usando uma rosa e a ponta dos meus dedos,
Desenhei o contorno de todo o seu corpo,
Iniciei no cabelo raspado, passei para o rosto,
Os olhos, o nariz, os lábios, o queixo,

Como as roupas se tornaram desnecessárias,
Tirei peça a peça, e continuei o caminho de carícias,
Regressei no pescoço, deslizei para os ombros 
E depois percorri os braços musculosos,
Voltei dos braços e acariciei o peito,

Fiz traços delicados em toda a sua pele,
Até chegar aos dedos dos pés,
Depois voltei pelo mesmo caminho,
Desta vez com beijos, mordidinhas e afagos,

Aceitei o convite ao paraíso,
Quando me permiti derreter em desejo,
Conforme regressava com os carinhos,
Me deitava carinhosamente sobre o seu corpo,

Então, quando enfim, retornei aos seus lábios,
Percorri com a língua o seu contorno,
E penetrei sua boca com ternura,
Me saciando em sua doçura,
Nossos corações pulsaram juntos,
No ritmo dos nossos corpos unidos.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Ato de honra

Há rumores de que a flecha de aviso,
Servia de lembrete,
De que chegavam ao fim os dias de inferno,
Mesmo que se recusem a verdade,
E continuem a lutar sem estandarte,

Pois se estou condenado à morte,
Morrerei como uma pessoa livre,
Defendendo minha terra e meu lar,
Para alguns, visto como um sacrifício pela raça humana,
No meu entender, um ato de honra,

Pois seja qual for o sangue,
Todos merecem vida,
Não para mera existência,
Mas para usufruir de dignidade,

Há uma lua maligna esta noite,
Com um brilho que estimula a liberdade,
Ou fui eu que cansei de ser prisioneiro,
Escravizado por este sistema corrupto?

Não suporto que queiram controlar meu destino,
Eu preciso tentar, há uma chance única de êxito,
Já vi maldade suficiente por duas vidas,
De corações ignorantes, fechados em suas feridas,

Cegados pela ambição sem limites,
Juro pelo meu sangue,
Em nome do amor e das rosas,
Com a força que ninguém pode pagar,

Que lutarei por este sonho que se revela,
Por amor à raça humana,
Mesmo com a lança na garganta,
Então vesti minha armadura metálica,
Peguei minha espada e saí para a batalha.

Em Nome do Amor

Vou deixar meu testemunho,
Neste pergaminho,
No ano do Senhor de 2008,
Reavivo o passado,

Impresso em retratos rasgados,
E outros envelhecidos pelo tempo,
Lembrei de histórias sobre o espírito Divino,
De milagres acontecendo à luz dos olhos,

De bons corações sendo tentados e atrapalhados
Por artifícios do demônio,
Então levantei os olhos para o céu,
E percebi que o mal está entre nós,
Mas que maior é o poder de Deus,

Percebi, também, que somos prisioneiros,
Dentro do muro do individualismo,
Sobrevivendo em meio a um povo corrupto,
Que vive de ouro a custa do suor do outro,

Mas de que me serve falar em dignidade,
Se o próprio povo não quer a verdade,
O piso do seu chão é de sangue,
Seu coração é envolto pela neve,

Mas mesmo assim, levanto meu estandarte pela vida,
E sigo adiante movido pelo amor à raça humana,
Afinal ao se percorrer um caminho,
Seus passos marcam o destino,

O que nos serve como um autógrafo,
Marcas que identificam, inclusive, o criminoso,
Então com os olhos lacrimejantes,
Troquei a foto,
E me deparei com pessoas agindo feito vermes,
Se alimentando de erros humanos,

Mas entre os retratos apagados,
Me deparei com o seu olhar sonhador,
Então acreditei que o futuro poderia ser reinventado,
Em nome do amor,

Por isso queimei alguns retratos,
Que gritavam um futuro proibido,
Sonhos sobre os quais alimentei meu viver,
E vi o papel ser consumido por primeiro pelo fogo,
E apenas depois derreter a imagem,

Como se dissesse que rostos podem pertencer ao passado,
Mas seus feitos guardarão vivos os seus sonhos,
Por longos anos ou além do eterno,
Com força suficiente para estimular a vida,

Esse foi o dia que mais me influenciou,
A lutar por nossa história,
Com força e honra
Em nome do amor.

domingo, 10 de setembro de 2017

Guerra Sangrenta

Espalhou-se pelo povoado,
A história de um povo antigo,
Em que o rei dormia sobre o ouro,
Comia e vestia-se com o mais caro,

Por não saber amar,
Adornava-se em pedras preciosas,
Na tentativa de preencher o vazio,
Que se apossava de seu peito frio,

Cercado por muros de bronze,
Fazia do povo um exército de escravos,
Que se alimentava do pó do deserto,
Recrutava da criança ao adulto,

Vivia a custa de sangue humano,
Fazia das mulheres mero objeto,
Disponíveis para satisfazer os seus caprichos,
Reduzindo-as a escravas genitoras,
Meras reprodutoras da raça humana,

Contam ainda, que este rei teve setecentas esposas,
E mais trezentas concubinas,
Mas conforme remetem indícios,
Ele nunca conheceu o apreço, o brio ou o respeito,

Em razão de sua essência tirânica,
E de sua conduta indigna,
Que regrava suas conquistas conforme sua própria escolha,
Através de ameaças e do fio da espada,

E o povo que resistisse, era reduzido as cinzas,
Salvando apenas as mulheres virgens,
Para servirem de possíveis genitoras de seus combatentes,
Pois a guerra era cotidiana, em suas vidas sangrentas,

Suas vinganças eram públicas e desumanas,
Para que o medo controlasse suas cabeças,
E o povo não se rebelasse contra o rei tirano,
Nem se colocasse contra seus planos,

Até mesmo a ideia de Deus era desvirtuada,
E seu altar era erguido através de sacrifícios humanos,
Alimentando o medo e o ódio em seus juízos,
Era como se o amor fosse algo proibido,
Uma miragem na areia do deserto,

Mas aconteceu que em meio ao nada,
Emergiam falsos profetas,
Buscando tomar o lugar do monarca,
Estes falsos profetas se baseavam em eventos da natureza,

Que aprendiam a reconhecer através da percepção,
Como a exemplo das épocas de chuva ou de seca,
E por estarem espalhados e irreconhecidos entre a multidão,
Conseguiam distinguir algumas peculiaridades
Relacionadas a majestade,

Por isso nem sempre suas ideias eram carentes de sentido,
Mas para evitarem possível condenação pelos erros,
E buscarem reconhecimento,
Alegavam que suas ideias eram de ordem Divina,
E ao ganharem a confiança do monarca,

Tornavam-se seus conselheiros
E ganhavam um aposento no castelo,
Mas nem por isso deixavam de espionar as ideias do público,
Assim, com passagem livre em ambos os espaços,

Atuavam, também, através de sussurros não identificados,
Para causar-lhe pânico, convencer-lhe de suas ideias e destroná-lo,
Em busca do ouro, a custa do choro do povo,
Que continuava entre os muros esquecidos,

Abandonados a própria sorte,
As margens da sociedade,
Com um povo composto por filhos,
Havia sempre um filho para suceder o soberano,

Por isso a história permanecia a mesma,
Mas como toda história tem um final feliz,
Sucedeu que este tormento teve fim,
E certo dia, quando o rei foi falar ao povo,
Um tiro de flecha o atingiu no peito,

Entre os encaixes de sua vestimenta,
E seu sangue escorreu pela terra,
Enquanto lágrimas alcançaram seu olhar,
A hora certa ficou indeterminada,

Mas sabe-se que era próximo ao ocaso,
Então o povo gritou em alta voz,
Finalmente podemos avistar a paz,
E a possibilidade de uma vida digna,

Em que as pessoas venham a se respeitar
Por fazerem parte da mesma raça humana,
Estamos livre, como prova de que Deus vive.

Adeus

Me apaixonei pela pessoa errada,
E meu coração sangrou,
Verteu lágrimas que molham meu olhar,
És tão falso o amor,

Ou fui eu que não soube amar?
Por acaso há perdão para a mentira,
Ou calor que acalenta o vazio
De promessas frias,

Acreditei que sem você eu não existiria,
Mas veja, estou sofrendo,
Exposta feito uma flor em meio a uma tempestade,
Seu coração metálico,
É glorioso demais para alguém como eu, tão simples,

Seu beijo verte ácido,
Consumiu meu peito em um vazio doentio,
Disse que me ama,
Mas nunca vi isso em seu olhar,

Colocou em risco minha vida,
Não se importa com meu bem-estar,
Porque veio atrás de mim,
Se era pouco o que eu tinha para oferecer,
Porque me magoa assim,
Se enfeitei com amor o seu viver,

Sem lágrimas ou drama,
Este é o fim do nosso relacionamento,
Desculpa, mas prefiro que não sejamos amigos,
Você com suas mentiras, não me inspira confiança,

Apague as promessas,
Rasgue as cartas,
O adeus é o melhor caminho,
Nós fomos um erro,
Desculpa, não sobrevivo de palavras vazias.

sábado, 9 de setembro de 2017

Vitória

Levante suas mãos para o céu,
E agradeça a Deus,
Por ser nosso Divino Salvador,
E nos abrigar em seu amor,

Cumprindo com Sua promessa de aliança,
Ao nos proteger com a confiança,
D’aquele que acredita em nossas ações,
E no bom uso de nossos corações,

Por sermos habitantes da mesma terra,
E pertencermos a mesma raça humana,
Então vamos juntos, na mesma voz,
Dar Glórias ao Senhor, nosso Divino Salvador,

E cantar Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia,
Agradecemos Deus, por estar presente em nossas vidas,
E secar nossas lágrimas,
Com o manto da vitória,
Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia,

Porque não existem muros tão sólidos,
Quanto o Seu escudo protetor,
Nem lança mais poderosa,
Do que Sua palavra que alimenta a alma
E conduz à vida,

Por isso cantamos Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia,
Agradecemos Deus, por estar presente em nossas vidas,
E secar nossas lágrimas,
Com o manto da vitória,
Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia,

Nas estrelas fez Sua habitação,
E na terra cuida de cada coração,
És luz no dia e na noite,
Que com Seu braço forte,
Coloca o oprimido em pé,
Para que em alta voz possa dizer,

Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia,
Agradecemos Deus, 
Por estar presente em nossas vidas,
E secar nossas lágrimas,
Com o manto da vitória,
Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Aleluia

Eu soube que existe um acorde secreto,
Que os anjos tocam para louvar o Senhor,
E que os homens cantam em busca de amor,
Com palavras sagradas de um sonho libertador,

Onde Deus constrói na rocha nossa fortaleza,
E no escudo da sua força,
Encontramos abrigo, encontramos refúgio,
E nós cantamos Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia,
Glórias ao Senhor Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia,

Através da oração nós clamamos ao Senhor,
Do seu templo Ele ouve nossa voz,
Nosso pranto sofrido alcança seus ouvidos,
Porque Deus vive e vem ao nosso amparo,

Do Seu sopro Ele fez a vida,
Nas sombras Ele é nossa lâmpada,
E nós cantamos Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia,
Glórias ao Senhor Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia,

Ele fez a estrela que mostra o caminho,
Transbordou Seu amor para nos dar amparo,
Nas palavras sagradas encontramos a salvação,
E nos casos de dúvida, indagamos ao coração,

Porque, em parte, conhecemos e em parte profetizamos,
Mas o amor nunca falha,
E por isso é o amuleto da raça humana,
E nós cantamos Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia,
Glórias ao Senhor Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia,

Ele é alimento para a alma,
Força que gere a vida,
E mesmo a imagem do paraíso,
Não passa de um reflexo apagado,
De sua infinita majestade e glória,
E nós cantamos Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia,
Glórias ao Senhor Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia. 

Comida do Leito do Rio

E, Houve fome no rio, Os peixes Que nasceram aos montes, Sentiam fome. Masharey o galo Sofria em ver os peixes sofrerem, ...