domingo, 4 de junho de 2017

O Mistério em Seus Passos

Tão lindo quanto um anjo exterminador,
Com os punhos cerrados,
E o mistério em seus passos,
Seguia seu caminho de um jeito amortizador,

Com uma beleza inumana,
E uma elegância perturbadora,
Além de um brilho intenso no olhar fatal,

Desde o físico másculo a alma bondosa,
Exercia um fascínio letal,
Que mais que conquistar, aprisionava,
Escravizava a alma,

Feito uma miragem, perfeito demais para ser real,
Como pedra kryptonita para donzelas indefesas,
Ou bala de prata em criaturas sanguinárias,
E mesmo parecendo escárnio,
Ou obra do imaginário,

Ao sorrir, ele parecia despir,
Me deixando desarmada,
Com sua fala aveludada,
E entre o melodiosa e o brutal,
Eu já nem conseguia mais lembrar
De como se respirava,

E sempre que um sorriso
Brincava em seus lábios,
E ele se utilizava da beleza de seus estonteantes
Olhos escuros e ardentes,

Exercia um magnetismo sem precedentes,
Que parecia dilacerar com seu charme imponente,
Era como se o céu se perdesse em seu olhar,
E não houve escolha a não ser me apaixonar.

Na Proteção do Amor

Tão logo avistou ela,
Com um brilho no olhar,
Caminhou ao seu encontro,
Por entre os carros,

Arrumou a armadura,
Alinhou o cinturão da arma,
E sentiu o coração
Bater mais alto que o som da bota,

E ao se aproximar,
Descontraiu os punhos e abriu um sorriso,
Estendendo-lhe as mãos protetoras,

Tomando-a nos braços,
Rodopiando-a em um abraço,
Agarrando-a com força,
Como a uma donzela em perigo,
Fazendo de seu corpo um abrigo,

-Sem sangue, sem crime -
Disse ele, com um sorriso encantador.
Sem pronunciar uma única palavra,
Ela simplesmente se moldou ao seu corpo protetor,

Inebriada com seu cheiro,
E com a ternura que sentia em seu peito,
- Eu te amo – disse ela, sem jeito,
Com uma voz melodiosa,
E uma carinha dengosa.

- Eu te amo mais – disse ele,
Com um brilho nos olhos
E um sorriso nos lábios,

- E por onde quer que andes,
Não importa o que acontecer,
Sempre estarei a lhe proteger.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Amor que Desafia a Gravidade

Sob a beleza do sol, 
Imponente no horizonte,
Ao longe avistei sua figura elegante,
Com um rosto tão deslumbrante 
quanto simpático,
Vi seus lindos lábios se curvarem
em um sorriso impecável,

Com um andar suave e um jeito encantador,
Como um anjo, reconheci em você a face do amor,

E ao avistar seu olhar,
Não consegui me desvencilhar,
Tamanho esplendor que irradiava de seu corpo sedutor,
Seus olhos dourados, brilhavam na cor ocre castanho,

Dando um leve destaque a sua pele macia e clara,
E ao tom castanho avermelhado de seus cabelos,
E quando nos envolvemos em um abraço apertado,
Uma descarga elétrica percorreu nossos corpos,

E atingiu a litosfera
Movimentando as doze principais placas tectônicas da Terra,
Formando terremotos de sua majestosa imponência,
Alcançando a rotação do planeta ao tocar no eixo da Terra,
Explodindo vulcões no pulsar de nossos corações,

E feito lava derretida, suas carícias
Marcavam meu corpo com suas digitais,
Deixando em mim os seus sinais,
Como uma fagulha a demarcar
O lugar certo a se tocar,

E o sabor de seu beijo suave,
Soou como um desafio às leis da gravidade,
Ao nos fazer levitar,
Na mais pura expressão do verbo amar.

Noite sem Lua

Com a sorte a me acompanhar,
Ao entrar pela porta do grande salão,
Olhei fixamente em seus lindos olhos sem respirar,
E no espaço de segundos nem senti minha pulsação,

Perdida no escuro dos seus olhos felinos de caçador,
Que com um mero olhar parecia me cegar sem fazer dor,
E pelo espaço de um instante, me vi envolta pela noite,
Me senti imobilizada, tal qual uma presa indefesa,
A vagar pela noite sem lua,

E feito uma estrela guia que surgia ao fundo,
Uma luz intensa brilhou em seu olhar profundo,
Como um chamado a me guiar para o seu lado,
Um forte impulso que aquecia o sangue em meu peito,

E que, com o encanto e fascínio da noite me incitava até você,
E ao me aproximar, o azul do céu tomou seu olhar,
Em um tom intenso e puro que afastava o dia nublado,
E que alcançava a beleza e profundeza do mar,

Tão lindo e genuíno que parecia afogar,
Ou trazer vida,
Como um mistério a ser desvendado,
Tão perfeito que gerava o efeito
De um golpe na autoestima de qualquer pessoa,

Como se fosse pintado por um antigo mestre,
Uma cópia fidedigna do rosto de um anjo
Tão inumano que parecia falar comigo,
Mesmo sem pronunciar uma palavra,

E ao lhe tocar, a luz branca do Sol tomou seu olhar,
E lhe deu uma tonalidade castanha, feito o Sol do horizonte,
Em uma cópia perfeita da cor dos meus olhos,
Denotando nossa sintonia,
Feito uma espécie de prenúncio de que você seria meu destino.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Noite de Amor

Adormecida em um sono profundo,
Envolta pelo manto de um sonho intenso,
Parecia avistar seu vulto no escuro do quarto,

Tamanha a vontade que sentia por sua proximidade,
Sentia seu cheiro adocicado penetrar minha pele,
Fazendo meu sangue esquentar e acelerar meu pulsar,
Ao som da sua voz calorosa que me fazia estremecer,

Como um sussurro a acariciar meu ouvido,
E na ânsia por te tocar, afagava o ar para te alcançar,
Sentindo a voz rouca pela emoção,
Pela saudade que assaltava o coração,

Murmurei seu nome com a pureza de uma prece silenciosa,
E estendi a mão em um gesto de afeto,
Ou uma promessa de amor eterno,
A depender da virtude do seu sentimento,

Com a finalidade de que entendesse,
Que invadir minha noite sem que eu o tocasse,
Alcançava do insensato ao desumano,

Pois apenas aguçava minha afeição,
Mas não trazia segurança quanto a sua paixão,
Então, como se ouvisse as súplicas do meu coração,
Seu vulto se afastou da escuridão,

Que apenas permaneceu no tom escuro do seu cabelo,
E uma luz tênue pareceu irradiar de sua pele,
Enquanto a cor bronze resplandecia em seus olhos cintilantes,
E refletia na beleza de suas sobrancelhas e face,

E com um olhar meigo, se agachou ao meu lado,
Oferecendo carinho ao tocar meus dedos,
Fazendo-os roçar em seu rosto,
Enquanto sussurrava com a voz rouca: Eu te Amo!
E quando o Sol acordou pode contemplar o nosso amor.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Promessa de Amor

No calor da discussão,
Como se fosse possível arrancar o amor do coração,
Ela abre a porta e o manda ir embora,
Diz que está nervosa e que prefere ficar sozinha,
Com a expressão tristonha, ele envolve sua mão com ternura,

E se encaminha para a saída,
Segurando seus dedos em um gesto silencioso de quem quer ficar,
E com lágrimas nos olhos, sente seus dedos se soltar,
Enquanto a porta é fechada às suas costas,

Desolado ele se encosta na parede do apartamento e fica a esperar,
Consternada, ela se recosta na mesma parede,
Permitindo que as lágrimas deslizem por sua face
E sem forças sente o corpo resvalar até o porcelanato,

E ao sentir o piso frio congelar seus sonhos,
Que partidos em mil pedaços, voltam-se contra seu peito,
Levanta os joelhos e os abraça,
Como se desta forma, pudesse amenizar a angústia,

Do lado de fora, ainda inerte a pensar,
Sentindo uma dor aguda no peito,
Ele força a porta e entra, e ao encontrá-la no chão,
Acolhe-a em seus braços, apertando-a em um abraço,

Junto ao coração, como se fizesse dela sua pulsação,
Dizendo sem palavras que é ali o seu lugar,
Acalma seu choro e em prantos jura que a ama,
Segura de seu sentimento, 
Ela o contempla por um momento,

Toca seu rosto, fecha os olhos e desliza a boca do rosto ao queixo,
Parando na maciez dos seus lábios,
E em um beijo apaixonado, 
cela a promessa inaudita de que o ama.

A Farda Que Não Serviu

Acordei e percebi que a farda não servia mais,
Olhei no espelho e procurei ver o que o reflexo escondia,
Recordei as honras da formatura e o que o uniforme militar significava,

Lembrei do heroísmo do juramento
De exercer o ofício mesmo com o risco da própria vida,
Relembrei que era reconhecido por um número na corporação,
Treinado na hierarquia e disciplina para agir com precisão,
Um ser humano a mais, sem face ou identidade,

O braço forte do estado, armado para seguir comandos,
Revivi os combates que seguiam ordens superiores de eliminar testemunhas,
Feito peças em um tabuleiro,
Apanhei minha espada que representava a patente de liderança que alcancei,

Toquei as estrelas da farda, as medalhas,
Símbolos auferidos por me prestar como um joguete a disposição,
Um oficial armado a chumbo, mas sem feição,
Guardei a farda com seus símbolos, tirei as armas e o colete balístico,

E dei voz a minha raiva,
Me apresentei ao superior e pedi dispensa do comando,
Ele quis saber a razão, apenas dei como explicação,
Que agora estava à procura do direito,

Avisei que havia cansado de treinar golpes,
Quando na prática tudo se resolvia com um chute entre as pernas,
E que cansei de dar voz de prisão, do cheiro fétido de sangue e de sujar as mãos,
E sem mais a declarar, apenas virei às costas

E procurei a saída em busca da minha própria vida,
E para finalizar este relato, apenas para esclarecer os fatos,
Contei a história de um amigo na primeira pessoa.

Eu Sou Uma Danada

Sem o troféu “A melhor” Nem a miss mundo, Ou a garota modinha, Simplesmente, Datada “a perfeita” Intitulada “A grande g...