Tão lindo quanto um anjo exterminador,
Com os punhos cerrados,
E o mistério em seus passos,
Seguia seu caminho de um jeito amortizador,
Com uma beleza inumana,
E uma elegância perturbadora,
Além de um brilho intenso no olhar fatal,
Desde o físico másculo a alma bondosa,
Exercia um fascínio letal,
Que mais que conquistar, aprisionava,
Escravizava a alma,
Feito uma miragem, perfeito demais para ser real,
Como pedra kryptonita para donzelas indefesas,
Ou bala de prata em criaturas sanguinárias,
E mesmo parecendo escárnio,
Ou obra do imaginário,
Ao sorrir, ele parecia despir,
Me deixando desarmada,
Com sua fala aveludada,
E entre o melodiosa e o brutal,
Eu já nem conseguia mais lembrar
De como se respirava,
E sempre que um sorriso
Brincava em seus lábios,
E ele se utilizava da beleza de seus estonteantes
Olhos escuros e ardentes,
Exercia um magnetismo sem precedentes,
Que parecia dilacerar com seu charme imponente,
Era como se o céu se perdesse em seu olhar,
E não houve escolha a não ser me apaixonar.